GIRO DA NOTÍCIA

GREVE DE FERROVIÁRIOS DEIXA PARIS EM CAOS.

#Sindicatos rejeitam os planos para acabar com os privilégios especiais dos ferroviários, como empregos vitalícios e aposentadorias antecipadas.


Milhões de usuários dos transportes intermunicipais na França enfrentaram um segundo dia consecutivo de caos nesta quarta-feira (4) devido à greve de ferroviários do país contra a proposta do presidente Emmanuel Macronpara abolir um sistema de benefícios que dá aos condutores e a outros trabalhadores direito a emprego vitalício.

Passageiros de Paris e arredores se espremiam nos poucos trens em funcionamento durante o horário de pico, enquanto muitas plataformas das estações mais movimentadas da capital francesa permaneceram vazias.

Macron quer transformar a estatal Société Nationale des Chemins de fer Français (Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro da França, SNCF, na sigla em francês), autoridade ferroviária do país altamente endividada, em um serviço público lucrativo, capaz de suportar a concorrência estrangeira quando seu monopólio terminar em 2020, em consonância com as leis da União Europeia. Atualmente, a empresa perde cerca de 3,7 milhões de dólares por ano.

Os sindicatos rejeitam os planos para acabar com os privilégios especiais dos ferroviários, como empregos vitalícios e aposentadorias antecipadas, e se queixam de que o governo está abrindo caminho para a privatização da SNCF.

Macron, um ex-banqueiro de investimento, estabeleceu um prazo para a finalização da reforma até o verão europeu, em junho. “Não entendo a greve. Alguns dizem que queremos acabar com os serviços públicos, e isso está simplesmente errado”, disse Julien Denormandie, secretário do governo Macron, à rede BFM TV.

Ao enfrentar os poderosos sindicatos de ferroviários, Macron está trilhando um caminho evitado –ou até fracassado– por outros ex-presidentes franceses, consolidando sua imagem de modernizador da economia francesa.

O desfecho da batalha pode definir sua Presidência — os sindicatos ainda estão abalados com o sucesso de Macron na liberalização das regras trabalhistas no outono passado e estão pressionados pela obtenção de uma vitória política.

Outros movimentos de protesto também estão emergindo, já que universitários, servidores públicos, coletores de lixo e pensionistas também estão revoltados com a agenda de reformas sociais e econômicas promovidas por Macron. Até agora, esses grupos deram poucos sinais de que se aglutinarão em um movimento único e mais poderoso.

Greve gera no transporte ferroviário provoca caos em Paris

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