GIRO DA NOTÍCIA

LIDERES DA AMÉRICA LATINA EXPRESSAM PREOCUPAÇÃO COM PRISÃO DE LULA.

#Líderes latinos optaram por não opinar sobre o caso que repercutiu ao redor do mundo.


Líderes políticos de países da América do Sul expressaram, nesta quinta-feira (5), solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante do provável cenário de uma prisão, após o STF (Supremo Tribunal Federal) negar habeas corpus ao petista. A decisão da corte provocou reação dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro; e dos ex-presidentes Pepe Mujica (2010-2015), do Uruguai, Ricardo Lagos (2000-2006), do Chile, e Cristina Kirchner, hoje senadora na Argentina. Alguns, como Cristina e Maduro, enfrentam denúncias de corrupção dentro e fora de seus países. As informações são do jornal O Globo.

Ao contrário dos ex-presidentes, todos próximos de Lula, a maioria dos governos do continente optou por não emitir opinião sobre a decisão do STF. O governo de Maurício Macri acompanha com atenção a situação política brasileira, sobretudo pelo impacto imediato que qualquer crise no Brasil tem na Argentina. Questionada sobre o caso Lula, uma alta fonte da Casa Rosada assegurou que “a Argentina respeita as instituições do Brasil”.

“Esperamos ansiosamente que a eleição presidencial seja realizada e concluída de forma positiva e que isso nos permita entrar numa etapa mais estável”, disse a fonte do governo Macri.

Para Cristina, as notícias que chegam do Brasil são devastadoras. Apesar de já ter sido condenada e indiciada em vários casos de corrupção, ela pensa numa eventual candidatura à reeleição em 2019.

“Hoje algo ficou definitivamente claro no Brasil. Lula vai ganhar as próximas eleições presidenciais e as elites do poder, que nunca se interessaram pela Justiça nem pela democracia, utilizam o aparelho judicial para conseguir sua proscrição”, escreveu a senadora em sua conta na rede social Twitter.

A preocupação entre parceiros políticos do ex-presidente é grande. No Uruguai, a atual vice-presidente, Lucia Topolansky, mulher de Mujica, declarou que “é tremendo [o que acontece no Brasil]. Temos uma presidente [em referência a Dilma Rousseff] destituída sem acusações e agora aparece um julgamento [contra Lula] no qual não existem provas”.

Já Mujica disse que “imaginava” qual seria a decisão do STF: “Se foram capazes de dar o passo que deram com Dilma, aplicar este pacote de medidas conservadoras, esse projeto não ficaria só nisso, com o perigo de que Lula possa participar nas eleições e vencer”.

Para Evo Morales, “a verdadeira razão da condenação do irmão Lula é impedir que volte a ser presidente do Brasil. A oligarquia não está interessada em democracia ou justiça”.

Mais cauteloso, o chileno Lagos apontou que “Lula é a liderança com maior apoio popular e espero e confio em que as instituições democráticas dessa grande nação corrijam estas graves decisões”.

Em Caracas, o presidente Nicolás Maduro afirmou que “a direita, diante de sua incapacidade de vencer democraticamente, escolheu o caminho judicial para amedrontar as forças populares”.

Parte dos lideres latinos expressam preocupação com prisão de Lula

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