GIRO DA NOTÍCIA

GREVE DOS CAMINHONEIROS EM PORTUGAL AFETA ABASTECIMENTO DE FORMA GERAL.

#Greve dos caminhoneiros portugueses ressaltou em desabastecimento em mercados, postos de gasolina e aeroportos.




Nesta quarta-feira (17), o ministro da Economia de Portugal, Siza Vieira, decidiu comentar sobre a crise de abastecimento de combustíveis que o país vem enfrentando por causa da greve dos motoristas.

O ministro alertou que até o momento estão sendo cumpridos os serviços mínimos de abastecimento. "Nos aeroportos de Lisboa e de Faro, não foram assegurados o abastecimento, atingimos níveis críticos de reservas de combustível de abastecimento dos aviões", afirmou Siza Vieira em coletiva de imprensa realizada no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.

"Houve um cancelamento de um voo em Faro e de um voo em Lisboa exclusivamente por questões de gestão de rotas, mas não quero esconder que, se não for retomado o abastecimento nas próximas horas, podemos vir a ter perturbações das operações aéreas".

Segundo explicou, existem voos que estão fazendo escalas técnicas para abastecer noutros aeroportos. Apesar de não haver problemas com os voos até ao momento, "o nível de reserva [de combustível] é crítico", acrescentou o ministro.

Siza Vieira garantiu que o Governo português está acompanhando a situação e está avaliando como será retomado o abastecimento "a estas infraestruturas críticas" e também estudando "alternativas" caso a situação venha a piorar.

O governo de Portugal declarou, nesta terça (16), situação de alerta por conta da crise energética no país — provocada pela greve de transportadoras que começou na segunda-feira. A medida permite ao governo mobilizar militares e forças de segurança para garantir o abastecimento. Segundo o jornal local "Público", 40% dos postos estão sem combustível.

A declaração de alerta também obriga os motoristas de veículos pesados a ajudarem com o transporte de combustíveis, se forem solicitados pelas autoridades, e dá prioridade às forças de emergência e segurança na hora de reabastecer.

A greve, que começou na segunda e se prolongará por tempo indeterminado, de acordo com a EFE, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Transportadoras de Mercadorias Perigosas. O sindicato exige a criação de uma categoria profissional específica para estes trabalhadores. De acordo com o "Público", todos os 800 motoristas do setor aderiram à paralisação.

Antes das medidas excepcionais, o governo português já havia aprovado, em conselho de ministros, a chamada "requisição civil" — um instrumento legal que permite "blindar" operações mínimas para garantir o funcionamento dos serviços essenciais.

Esse recurso só havia sido usado uma vez em cerca de três anos e meio do governo socialista de António Costa, durante uma greve de enfermeiros. A justificativa, alegou o governo, era que os serviços mínimos decretados antes da greve não estavam sendo cumpridos. Milhares de veículos fizeram fila nos postos de gasolina de Lisboa que ainda têm combustível.

Segundo o "Público", os "representantes dos motoristas e dos empregadores" começaram, na tarde de quarta (17), "a discutir com o Governo o alargamento dos serviços mínimos a todo o país".


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