BRASIL E RÚSSIA LIDERAM REVISÕES DE CRESCIMENTOS ECONÔMICO DA ONU.
#Brasil deve crescer 2,5% em 2019 e fechar 2017 com 0,7%.
Para o professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas do Rio (FGV-Rio) Mauro Rochlin, apesar de positiva, a estimativa da ONU é até conservadora, uma vez que está abaixo das projeções do mercado financeiro, colhidas pelo Relatório Focus do Banco Central, que reúne, semanalmente, as perspectivas para diversos indicadores junto as 100 maiores instituições financeiras do país. Em agosto, a pesquisa Focus apontava para uma alta de 0,3% do PIB este ano. Com a melhora dos índices — como redução da inflação, das taxas de juros, retomada da indústria e do varejo — agora começa a sinalizar para algo em torno de 1%.
Quanto à divulgação da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 7,5% para 7%, a menor desde 1986, Rochlin faz uma observação: a autoridade monetária terá que se explicar ao Ministério da Fazenda sobre a mão pesada que adotou este ano na política de redução dos juros. Isso porque, com o corte das taxas, a inflação deve fechar o ano abaixo de 3%, ficando inferior ao próprio piso estimado de inflação, algo inédito na história recente do Brasil. Em vários anos, o Banco Central teve que se justificar por ter estourado o teto da meta da inflação.
A ata do Copom sinaliza uma possível nova redução da Selic, na próxima reunião em fevereiro, o que poderia levar a taxa dos atuais 7% para 6,75%. Para Rochlin, o que vai definir ou não um novo corte será o comportamento da inflação de janeiro que, historicamente, tende a ser maior, uma vez que o comércio precisa renovar estoques após as festas de fim de ano, e a indústria aproveita para tentar correções maiores de preço.
A notícia divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) dando conta de uma redução de 4,7% na próxima safra agrícola, apesar do aumento de 0,9% na área plantada, não preocupa o professor da FGV-Rio, apesar de a supersafra desse ano ter tido contribuição decisiva na queda dos índices de inflação.
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Brasil e Rússia devem ter bom crescimento diz ONU |
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