GIRO DA NOTÍCIA

EMPRESAS TESTAM MERCADO DE CARROS ELÉTRICOS NO BRASIL.

#Carros elétricos no Brasil podem oferecer preço mínimo de R$ 55 mil.


Enquanto o governo não define uma política para carros elétricos e híbridos, novas empresas do ramo chegam para testar o mercado brasileiro. A Hitech Electric, do brasileiro Rodrigo Contin, iniciou em maio deste ano a importação de compactos das chinesas Aoxin e Lgao, movidos a bateria, que custam a partir de R$ 55 mil (menor valor para elétricos cobrado no país).

Expostos no Salão Latino-Americano de Veículos Híbridos-Elétricos, que começou na última quinta-feira (21) e termina neste sábado (23), no Expo Center Norte, em São Paulo, os modelos chamam atenção pelo design. Um deles, para dois passageiros, se parece com um carrinho de golfe.

E.coTech
Chamado de e.coTech, o carro só pode rodar na cidade e atinge velocidade máxima de 60 km/h. Com bateria cheia percorre até 120 quilômetros. Também há uma versão para quatro passageiros e dois pequenos caminhões.

Segundo o diretor comercial da Hitech, Guilherme Barbosa, foram vendidas 20 unidades para empresas como Algar, Cetel e a Prefeitura de São José dos Campos (SP). “Ainda não abrimos venda para pessoas físicas, o que deve ocorrer em breve”.

Os veículos chegam quase prontos da China e, na sede da Hitech, em Curitiba (PR), são finalizados. Por enquanto ogrupo tem quatro concessionárias, em São Paulo, Maringá, Brasília e Joinville, e deve chegar a 20 filiais até 2019, quando espera vender mil unidades por ano.

Urbano
Outra empresa que iniciará operações em outubro deste ano, a Urbano, vai operar com o sistema de carro compartilhado (carsharing) em São Paulo. Pertencente ao grupo LDS, que atua na locação de veículos para hotéis de luxo e para executivos, terá frota de 77 veículos dos quais 20 do elétrico BMW i3 e os demais do Smart, marca da Mercedes-Benz que em breve também terá versões elétricas no Brasil.

Até 2019 a Urbano terá 200 carros na frota, mais da metade deles elétricos. “Vamos atuar em oito regiões e nosso diferencial é que o usuário poderá pegar e deixar o carro em qualquer local, afirma Vini Romano, diretor de marketing da empresa.

O investimento na compra dos veículos e do aplicativo francês Vulog, deve somar R$ 29 milhões. A locação custa a partir de R$ 1,20 por minuto. São Paulo já tem um serviço de carsharing, o Zazcar, com 80 carros, mas nenhum elétrico. O automóvel alugado tem de ser devolvido no mesmo local da retirada.

Outros modelos
O salão, organizado pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos e Híbridos (ABVE), também tem modelos da Tesla, opção para quem quer um elétrico de luxo. Os carros da marca são vendidos por preços entre R$ 750 mil e R$ 1,28 milhão pela importadora Ekectra. A loja na Avenida Europa, na Zona Oeste da capital paulista, inaugurada no fim de 2016, vendeu até agora cinco carros, informa a diretora Monique Angeli.

Outros carros na mostra são BYD e6 e e5, Toyota Prius, Lexus CT200h, BMW i3, Audi Q7, Renault Zoe e Twizy, e Volvo C9. Também há ônibus da Eletra e da BYD, motos e bicicletas.

Incentivo
Em seminário promovido paralelamente à exposição, o analista do Ministério da Indústria (Mdic), Ricardo Zomer, disse que o governo pode, futuramente, incentivar a produção de veículos elétricos e adotar medidas como a redução do IPI para esses modelos. Segundo ele, hoje “o espaço para financiar a infraestrutura para carros elétricos é inexistente”.

O diretor da Toyota, Ricardo Bastos, não descartou trazer para o país, “no futuro próximo” o híbrido plug-in Prius, que poderá ser carregado na tomada e usar etanol como indutor de bateria. Atualmente a empresa importa o Prius híbrido, com motor elétrico e a combustão (gasolina).

Empresas continuam investindo em carros elétricos no Brasil

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