GIRO DA NOTÍCIA

NÚMERO DE MILIONÁRIOS DEVE CRESCER 81% NO BRASIL ATÉ 2022.

#Brasil deve registrar um total de  296 mil milionários até 2022 e apresentar uma das taxas de crescimento mais aceleradas entre economias mundiaial


O Brasil deve reunir cerca de 296 mil milionários até 2022 e apresentar uma das taxas de crescimento mais aceleradas entre economias selecionadas, conforme mapeamento do Credit Suisse. Pelas estimativas, em cinco anos o país pode contribuir com US$ 1,6 trilhão para engordar o bolo de riqueza mundial e atingir cerca de US$ 4 trilhões em ativos em termos reais.

Os dados constam da oitava edição do "Global Wealth Report 2017", que atualiza anualmente os dados de distribuição de riqueza no mundo e faz projeções para o segmento num horizonte de cinco anos à frente. O levantamento considera, separadamente, ativos financeiros e não financeiros usando as estimativas de PIB e inflação presentes no "World Economic Outlook", do Fundo Monetário Internacional (FMI), além da capitalização do mercado de ações para os agregados financeiros. O critério para medir a quantidade de milionários considera as cifras na moeda americana.

A expectativa é que em 2022 a riqueza global atinja US$ 341 trilhões, com o número de milionários subindo 22%, para 44 milhões. Na dianteira, os Estados Unidos terão então 17,8 milhões de milionários, ante os 15,4 milhões atuais, com 43% do bolo mundial. Na segunda posição ficará o Japão, com 3,8 milhões de milionários em cinco anos. A China pode ver o seu número de milionários aumentar 41%, para 2,7 milhões de pessoas, passando a ocupar a terceira posição no ranking global.

Entre as economias emergentes, aquelas entre o segmento médio de riqueza e que atualmente detêm 15% do conjunto global, a expectativa é que contribuam com um quarto da expansão nos próximos cinco anos e representem 17% do total. A China, sozinha, pode adicionar US$ 10 trilhões ao estoque global, com um crescimento de 33%.

Para o Brasil, a análise dos pesquisadores no relatório do Credit Suisse é que o país vai se recuperar da recente queda da atividade econômica, com o número de milionários aumentando 81% em cinco anos. Será o segundo melhor ritmo entre os países observados, com a Argentina na liderança, com uma taxa de crescimento de 127%, para 68 mil milionários. Na foto por região, a América Latina terá um incremento de 54%, para 706 mil milionários, enquanto a África crescerá 73%, com 210 mil pessoas no grupo dos mais ricos.

Entre 2016 e 2017:
De meados de 2016 para 2017, a riqueza das famílias mundo afora teve um incremento de 6,4%, para US$ 280,3 trilhões. O estudo aponta que nesse intervalo a riqueza cresceu no passo mais acelerado dos anos recentes, refletindo ganhos generalizados nos mercados de ações, combinados com performance similar nos preços de ativos não financeiros, como imóveis.

Os Estados Unidos continuaram no seu inquebrável ritmo de crescimento desde a crise, adicionando quase US$ 8,5 trilhões ao estoque de riqueza global. China (US$ 1,7 trilhão), Índia (US$ 451 bilhões) e a zona do euro (mais US$ 3,1 trilhões) também deram a maior contribuição para o novo recorde de riqueza, de US$ 56,540 mil por adulto. A América Latina apresentou avanço de 3,9%, uma boa performance comparada aos anos recentes, mas abaixo do padrão dos seus pares no ano.

Afetado por uma crise dupla, política e econômica, o Brasil enfrentou sérias dificuldades nos anos recentes. Sob esse pano de fundo, a riqueza por adulto caiu 35% desde 2011 em dólar, a US$ 17,4 mil. No registro anterior, entre 2000 e 2011, a média de riqueza tinha triplicado, subindo de US$ 8 mil por adulto para US$ 26,8 mil. Até meados de 2017, a soma da riqueza brasileira era de US$ 2,5 trilhões.

Pelas estimativas do Credit Suisse, os ativos financeiros compreendiam 41% da riqueza bruta das famílias brasileiras, em comparação a 36% do período entre 2009 e 2015. Tradicionalmente, o brasileiro tem um especial apreço para ativos reais, como o investimento em terras, usado como um tipo de proteção contra a inflação. As obrigações das famílias representavam 20% dos ativos brutos, mais do que 18% no ano passado, o que coloca o endividamento em um nível preocupante, aponta o estudo.

Assim como em outras economias latino-americanas, o Brasil tem mais pessoas na faixa entre US$ 10 mil e US$ 100 mil de riqueza. A estimativa é que 1% dos brasileiros sejam donos de 44% da riqueza no país.

A desigualdade na distribuição replica o conjunto avaliado pelo Credit Suisse. Há 3,5 bilhões de pessoas no mundo com menos de US$ 10 mil ou 2,7% da riqueza global. Em contraste, os 36 milhões de milionários, que compreendem menos de 1% da população, detêm 46% da riqueza das famílias.
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