GIRO DA NOTÍCIA

BRASIL LIDEROU ÁS VENDAS DE CARNES EM 2017 MESMO COM A OPERAÇÃO "CARNE FRACA".

#Brasiil terminou o ano com alta de 13% nas exportações bovinas.


As exportações brasileiras de carne bovina devem terminar 2017 com alta de 13% no faturamento e 9,8% no volume, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) divulgados nesta quinta-feira (14).

Em 2016, o faturamento foi de US$ 5,5 bilhões e neste ano deve chegar a US$ 6,2 bilhões. Em volume, isso correspondeu a 1,4 milhões de toneladas no ano passado e deverá corresponder a 1,53 milhões de toneladas em 2017.

O ponto baixo do ano foi em abril, época em que foi deflagrada a Operação “Carne Fraca”, que apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.

Em consequência da investigação, houve a suspensão da importação por parte de alguns países como o Japão, o que se refletiu em quedas: no mês, foram US$ 378.446 mil de faturamento e 93.153 de toneladas, respectivamente 25% a menos em faturamento e 26% a menos em volume do que o mês de março.

“Todo esse processo de reconstrução em cima de um problema finaliza o ano com uma perspectiva excelente e um fechamento”, afirmou em coletiva Antonio Camardelli, presidente da Abiec.

Segundo ele, nenhum concorrente conseguiu atender as demandas durante as restrições da “Carne Fraca”, o que sustentou o aumento das exportações juntamente com o crescimento das exportações nos principais países parceiros, como Hong Kong, China e Rússia, que compraram respectivamente 20%, 26% e 16% a mais de Carne do Brasil (em volume).

“Hoje o mundo não tem quem reponha a carne do Brasil. O processo de “Carne Fraca”, a gente transformou em uma ‘limonada’ por conta da necessidade de se adequar ao ambiente novo de negócios. Isso forçou que a gente fizesse uma revisão conceitual de todos os passos”, avalia Camardelli.

Para 2018, a Associação segue com expectativas positivas: estima-se uma alta de 9,8% no volume e 10,5% no faturamento para o final do ano seguinte.

A sustentação para tal otimismo vem, dentre outros fatores, da perspectiva de retomada da venda de carne in natura para os EUA, ou aumento do número de plantas produtoras aptas a exportar para a China e o possível aumento na cota de importação do Mercosul pela União Europeia.

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