MEIRELLES FALA SOBRE A ECONOMIA DO BRASIL EM REUNIÃO EM DAVOS.
#Meirelles discursou sobre a retomada do crescimento brasileiro e a credibilidade do país no exterior.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (23) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil poderá superar os 3% previstos pelo governo para 2018. "Estamos em uma situação em que se consolidou a trajetória de recuperação, de crescimento do Brasil", afirmou. O ministro participa, em Davos, na Suíça, do Fórum Econômico Mundial, onde concedeu entrevista após palestra no Itaú Private Lunch.
Na última segunda (22), o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou estimativa de que o PIB brasileiro - soma de todas as riquezas produzidas pelo país - deve crescer 1,9% neste ano, o que representa aumento de 0,4 ponto percentual em relação à projeção anterior, divulgada em outubro pela instituição.
"O FMI sempre é mais conservador, como deve ser, normal. Mas, evidentemente, os analistas brasileiros têm mais informação a respeito. Acredito que o crescimento [do PIB] vai estar mais próximo de 3% ou até superar os 3%", ressaltou. A projeção do mercado é de crescimento de 2,7%.
Segundo Meirelles, há crescente interesse de estrangeiros em investir no Brasil, apesar de investidores verem isso com cautela, devido às eleições. "É normal que, em período eleitoral, momento em que o país vai entrar em um processo importante de discussão eleitoral, muitos passem a ter um pouco mais de cautela, aguardando o desenrolar dos acontecimentos", disse. "Mas o interesse é muito grande. O investimento direto no Brasil é grande e tende a crescer, esse ano pode superar o ano passado."
Ao ser indagado se seria favorável a uma possível privatização da Petrobras, o ministro afirmou que, por princípio, é a favor da privatização. "Tenho expressado essa posição já há muitos anos. Evidentemente que tudo isso tem que ser feito paulatinamente. Nós temos um desafio enorme, agora, que é a privatização da Eletrobras, que já está sendo questionada no Congresso. Vai ser um desafio muito grande. Não acho momento adequado para criar ruído sobre esse aspecto [Petrobras]."
Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que propõe regras para a privatização da Eletrobras. Pelo texto, a operação se dará por meio de aumento do capital social da empresa, que o governo considera "democratização do capital da Eletrobras".
Pela proposta, nenhum acionista poderá ter mais de 10% de poder do voto. O projeto também prevê que a União tenha ações especiais na Eletrobras após a privatização, chamadas de golden shares, que dão a seu detentor direitos como garantia de indicação de um membro do conselho de administração. "A [privatização da] Eletrobras é tão ou mais importante que a privatização da telefonia na década de 1990. Eu acho que vai ser aprovada, mas é uma luta grande. Vamos vencer essa batalha", disse.
O Fórum Econômico Mundial prossegue até o dia 26. De acordo com os organizadores, a edição de 2018 tem a participação recorde de chefes de Estado e de representantes de organizações internacionais, além de lideranças das áreas de negócios, sociedade civil, mundo acadêmico, artes e mídia. (ANSA)
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (23) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil poderá superar os 3% previstos pelo governo para 2018. "Estamos em uma situação em que se consolidou a trajetória de recuperação, de crescimento do Brasil", afirmou. O ministro participa, em Davos, na Suíça, do Fórum Econômico Mundial, onde concedeu entrevista após palestra no Itaú Private Lunch.
Na última segunda (22), o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou estimativa de que o PIB brasileiro - soma de todas as riquezas produzidas pelo país - deve crescer 1,9% neste ano, o que representa aumento de 0,4 ponto percentual em relação à projeção anterior, divulgada em outubro pela instituição.
"O FMI sempre é mais conservador, como deve ser, normal. Mas, evidentemente, os analistas brasileiros têm mais informação a respeito. Acredito que o crescimento [do PIB] vai estar mais próximo de 3% ou até superar os 3%", ressaltou. A projeção do mercado é de crescimento de 2,7%.
Segundo Meirelles, há crescente interesse de estrangeiros em investir no Brasil, apesar de investidores verem isso com cautela, devido às eleições. "É normal que, em período eleitoral, momento em que o país vai entrar em um processo importante de discussão eleitoral, muitos passem a ter um pouco mais de cautela, aguardando o desenrolar dos acontecimentos", disse. "Mas o interesse é muito grande. O investimento direto no Brasil é grande e tende a crescer, esse ano pode superar o ano passado."
Ao ser indagado se seria favorável a uma possível privatização da Petrobras, o ministro afirmou que, por princípio, é a favor da privatização. "Tenho expressado essa posição já há muitos anos. Evidentemente que tudo isso tem que ser feito paulatinamente. Nós temos um desafio enorme, agora, que é a privatização da Eletrobras, que já está sendo questionada no Congresso. Vai ser um desafio muito grande. Não acho momento adequado para criar ruído sobre esse aspecto [Petrobras]."
Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que propõe regras para a privatização da Eletrobras. Pelo texto, a operação se dará por meio de aumento do capital social da empresa, que o governo considera "democratização do capital da Eletrobras".
Pela proposta, nenhum acionista poderá ter mais de 10% de poder do voto. O projeto também prevê que a União tenha ações especiais na Eletrobras após a privatização, chamadas de golden shares, que dão a seu detentor direitos como garantia de indicação de um membro do conselho de administração. "A [privatização da] Eletrobras é tão ou mais importante que a privatização da telefonia na década de 1990. Eu acho que vai ser aprovada, mas é uma luta grande. Vamos vencer essa batalha", disse.
O Fórum Econômico Mundial prossegue até o dia 26. De acordo com os organizadores, a edição de 2018 tem a participação recorde de chefes de Estado e de representantes de organizações internacionais, além de lideranças das áreas de negócios, sociedade civil, mundo acadêmico, artes e mídia. (ANSA)
Meirelles discursa em Davos sobre a retoamada do crescimento brasileiro |
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