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VEJA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES DA 60ª EDIÇÃO DO GRAMMY.

#Grammy consagrou a música festeira do cantor havaiano Bruno Mars, o grande vencedor da noite, com sete prêmios.


Em sua edição dos 60 anos, o Grammy consagrou a música festeira do cantor havaiano Bruno Mars, o grande vencedor da noite, com sete prêmios: álbum e disco do ano, melhor álbum de r&b e melhor engenharia de som (todos por "24k magic"), melhor canção e performance de r&b, e canção do ano (por "That's what I like"). Mas a cerimônia, de tom altamente político, foi dominada pelo rapper Kendrick Lamar, o segundo grande vencedor, com cinco prêmios: melhor álbum de rap (por "DAMN."), melhor performance, melhor canção e melhor vídeo musical (todos por "HUMBLE.") e melhor performance de rap cantado (por "LOYALTY.", com Rihanna). O rapper Jay Z, que liderava as indicações em 2018 (oito ao todo) não ganhou nenhum prêmio.

Kendrick abriu a noite de forma desafiadora, com a canção "XXX", de "DAMN.", cercado por dançarinos em uniformes militares, com uma bandeira americana ao fundo. Logo, apareceram Bono e Edge, do U2, antes que ele emendasse em “DNA.”, do mesmo álbum. Um momento forte da performance foi quando seus dançarinos, já vestidos de vermelho, foram abatidos por tiros, dos quais só se ouviu o barulho, e depois voltaram à vida. Em sua intervenção como apresentador, o comediante Dave Chapelle aumentou a temperatura ao dizer, ao longo da apresentação do rapper: "A única coisa mais assustadora que ver um homem negro ser um homem negro na América é ser um homem negro na América".

Kendrick Lamar não foi o único a falar dos problemas da América na cerimônia, que aconteceu no Madison Square Garden, em Nova York (depois de 15 anos em Los Angeles). Coube à cantora Janelle Monae introduzir na noite o assunto Time's Up, movimento que denuncia casos de abuso e assédio sexual contra mulheres — e que se fez sentir com força em premiações recentes de Hollywood.

"Para aqueles que se atrevem a tentar nos silenciar, oferecemos-lhe duas palavras: tempo acabado. Nós dizemos tempo acabado para a desigualdade salarial, a discriminação ou o assédio de qualquer tipo e o abuso de poder", disse Janelle. "Não está acontecendo apenas em Hollywood, ou em Washington, também está aqui na nossa indústria (...) Então, vamos trabalhar juntos, mulheres e homens, como uma indústria da música unida empenhada em criar ambientes de trabalho mais seguros, pagamento igual e acesso para todas as mulheres."

A fala introduziu a apresentação da cantora Kesha, que cantou, com muita intensidade, a balada “Praying”, canção que fala, supostamente, do produtor Dr. Luke, de quem ela diz ter sofrido violência sexual e abuso emocional durante o tempo em que trabalharam juntos. Junto com Kesha, estavam as cantoras Bebe Rexha, Cyndi Lauper, Camila Cabello, Andra Day e Julia Michaels, que, em solidariedade ao Time's Up, foram todas à cerimônia portando o símbolo do movimento: uma rosa branca. Ao fim da música, elas abraçaram Kesha, que estava às lágrimas.

Veja abaixo os principais vencedores.

Bruno Mars foi o grande homenageado na noite Grammy

Canção do ano: "That's what I like", de Bruno Mars.
Gravação do ano:
"24k magic", de Bruno Mars
Álbum do ano: "24 magic", de Bruno Mars
Melhor artista novo:
Alessia Cara.
Melhor álbum vocal de pop: "÷ (divide)", de Ed Sheeran.
Melhor performance solo pop: Ed Sheeran, por "The shape of you".
Melhor performance de duo ou grupo pop: "Feel It Still", de Portugal. The Man.
Melhor gravação de dance music: "Tonite", de LCD Sounsdystem.
Melhor álbum de eletrônico/dance music: "3-D The Catalogue", do Kraftwerk.
Melhor álbum de pop vocal tradicional: "Tony Bennett Celebrates 90", vários artistas.
Melhor performance de rock: "You want It darker", de Leonard Cohen.
Melhor canção de rock: "Run", dos Foo Fighters.
Melhor álbum de rock: "A deeper understanding", do War On Drugs.
Melhor performance de metal: "Sultan’s Curse", do Mastodon.
Melhor álbum de música alternativa: "Sleep well beast", do National
Melhor performance de r&b tradicional: "Redbone", de Childish Gambino
Melhor performance de r&b: "That's what I like", de Bruno Mars.
Melhor canção de r&b: "That's what I like", de Bruno Mars.
Melhor canção urbana contemporânea: "Starboy" de Weeknd
Melhor álbum de r&b: "24K magic", de Bruno Mars.
Melhor álbum de rap: "DAMN.", de Kendrick Lamar.
Melhor performance de rap: "HUMBLE.", de Kendrick Lamar.
Melhor canção de rap: "HUMBLE.", de Kendrick Lamar.
Melhor performance de rap cantada: "LOYALY.", de Kendrick Lamar e Rihanna.
Melhor álbum de jazz latino: "Jazz Tango", do Pablo Ziegler Trio.
Melhor álbum de pop latino: "El Dorado", de Shakira.
Melhor álbum latino de rock, urbano ou alternativo: "Residente", de Residente.
Melhor performance de música de raiz americana: "Killer driller blues", do Alabama Shakes.
Melhor álbum de reggae: "Stony hill", de Damian "Jr. Gong" Marley.
Melhor álbum de world music: "Shaka Zulu revisited: 30th anniversary celebration", do Ladysmith Black Mambazo.
Melhor álbum de spoken word: "The princess diarist", de Carrie Fisher.
Melhor engenharia de som, não-clássico: "24K magic", de Bruno Mars.
Produtor do ano, não-clássico: Greg Kurstin.
Melhor gravação remixada: "You move (Latroit remix)", do Depeche Mode.
Melhor vídeo musical: "HUMBLE.", de Kendrick Lamar.

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