MULHERES REALIZAM GREVE GERAL NA ESPANHA PARA REIVINDICAR DIREITOS.

#Espanha tem tido destaque na luta feminista em razão de uma lei contra a violência sexista adotada em 2004.


Milhões de mulheres na Espanha participavam nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, de uma greve geral sem precedentes convocada em defesa de seus direitos e marcada por marchas, piquetes e cancelamentos de trens.

Segundo os dois maiores sindicatos do país, CCOO (Comisiones Obreras, da sigla em espanhol) e UGT, 5,3 milhões de pessoas aderiram à greve na manhã com paralisações de duas horas por turno de trabalho. Outros dez sindicatos menores convocaram uma greve de 24 horas.

Milhares de pessoas com bandeiras e roupas na cor violeta estavam reunidas na Praça Cibeles de Madri, enquanto que, em outra praça central, a de Callao, mulheres jornalistas se preparavam para outra mobilização. Às 19h (15h de Brasília), são convocadas passeatas nas principais cidades do país.

A Espanha tem tido destaque na luta feminista em razão de uma lei contra a violência sexista adotada em 2004, que foi pioneira e celebrada pelo Conselho da Europa como "um modelo". No ano passado, 49 mulheres foram mortas por seus parceiros, ou ex-parceiros, cinco a mais do que em 2016.

O dia de protesto foi precedido por uma polêmica interna no PP de Rajoy. A ministra da Agricultura, Isabel García Tejerina, e a presidente da região de Madri, Cristina Cifuentes, disseram que fariam uma "greve japonesa" nesta quinta-feira (8), consistindo em trabalhar mais. Rajoy não as autorizou, dizendo que não se reconhece nessa iniciativa.

As mobilizações acontecem em todo o mundo, com inúmeros atos, greves e marchas planejadas na América Latina (México, Chile, Argentina, Brasil, Colômbia, entre outros países). No Twitter, a hashtag #DiadaMulher em vários idiomas liderava os "trending topics".

Espanha tem greve geral realizada por mulheres

Nenhum comentário