YAMOTO EXPLORA A SUSTENTABILIDADE NO SPFW.
#Desfile foi aplaudida de pé ao explorar a moda japonesa conteporânea.
Fundada na década de 1930 pelo japonês Isamu Yuba, a comunidade é de todos: lá, a circulação de dinheiro não existe e arte e trabalho possuem o mesmo valor. Os habitantes têm rotina diária definida pelo cultivo de alimentos durante o dia e a prática de atividades artísticas após o trabalho — teatro, balé, dança, cerâmica e bordado são algumas delas.
"Fiquei bastante sensibilizada pela simbiose entre a lavoura e as artes, e como essas atividades podem se influenciar mutuamente: a delicadeza com o que se toca um instrumento pode também ser percebida no momento de tratar um alimento. Da mesma forma, a dureza e o peso de um trabalho braçal na roça são suavizados com a sutileza das artes", explica Fernanda.
O ponto de partida da criação das peças parte de formas simples como o círculo, o quadrado e o triângulo, resultando em roupas tridimensionais com construção trabalhosa e sofisticada. Todas as cores dos tecidos foram obtidas por processos de tingimento natural, a partir de plantas da própria comunidade, como urucum, folha de caju e flor de cosmos.
A passarela é de todos: Seguindo o ritmo da nova identidade da moda, Fernanda Yamamoto mesclou o casting de modelos com habitantes da comunidade Yuba e artistas, como bailarinos músicos, que se identificam com a filosofia do local e que têm a arte presente no dia a dia. Mulheres de várias idades e biotipos atravessaram a passarela abrindo espaço, mais uma vez, para a democratização da moda.
A 45ª edição da SPFW vai até a próxima quinta-feira (26/4), no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera. Acompanhe a cobertura da Revista do Correio pelo site e pelo perfil no Instagram @revistadocorreio.
Moda japonesa é aplaudida no SPFW |
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