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CANTAREIRA ESTÁ ABAIXO DO NÍVEL NORMAL - MENOR ÍNDICE DESDE A CRISE.

#Sabesp afirma que as obras feitas durante a crise garantem o fornecimento de água ao menos até o fim de 2019, caso a falta de chuva persista.


Dois anos após São Paulo decretar o fim da crise hídrica, um novo período de seca intensa baixou o nível do Sistema Cantareira a um índice menor do que o de junho de 2013, período que antecedeu a escassez de 2014/2015. Os outros cinco reservatórios da Sabesp também estão em patamar abaixo ao daquela época. A companhia afirma que as obras feitas durante a crise garantem o fornecimento de água ao menos até o fim de 2019, caso a falta de chuva persista. Especialistas dizem que o quadro não é de desespero, mas defendem controlar ainda mais o consumo.

“A entrada de água está bem abaixo das médias históricas, realmente. Só que isso não se transforma em condição pior de abastecimento”, diz o superintendente de produção da água da Sabesp, Marco Antonio Lopez Barros. Com as obras, afirma, é possível fazer remanejamento de água entre os sistemas. São duas as principais obras: a que permite transferir água entre as Bacias do Jacareí e do Atibainha e o Sistema São Lourenço, que passou a tratar volume de 6,4 mil litros de água por segundo, o consumo de uma cidade como Curitiba.

“Os cenários que a gente tem trabalhado apontam que, mesmo com situações como a que tem acontecido nos últimos três meses, de uma seca maior do que o normal, a gente tem uma condição de atendimento praticamente até o final de 2019 sem necessidade de mudar as condições da atendimento que estão hoje", afirma o superintendente.

Nessa terça-feira, 12, o Cantareira operava com 45,7% do volume útil. Em 12 de junho de 2013, era 58,1%. Além do volume, a vazão – quantidade de água que entrou no sistema – está abaixo da média há 17 meses seguidos. Em maio, foi de cerca de um terço do esperado, 13,7 mil l/s – a média histórica do mês é de 37,5 mil l/s. O valor do mês passado é próximo ao de maio de 2014, no meio da crise, quando o volume foi de 10,1 mil /s. Os últimos três meses tiveram vazão próxima às de 2014, no auge da seca.

Outra diferença no cenário é que o consumo de água na Grande São Paulo, após medidas de combate ao desperdício e racionamento, é menor do que há cinco anos. No 1.º bimestre de 2018, a Sabesp produziu 60,9 mil l/s para atender 21 milhões de pessoas na região. No início da crise, a demanda era de 71,4 mil l/s.

Cantareira está abaixo do nível normal podendo bater novo recorde

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