GIRO DA NOTÍCIA

PERIFERIA DE FORTALEZA TERÁ BICICLETÁRIOS.

#Fortaleza, no Ceará, que virou case de sucesso da mobilidade urbana, principalmente a ativa, teve essa visão dois anos atrás com o Bicicleta Integrada, que permite ao ciclista permanecer com a bike por 14 horas.


Que os sistemas de compartilhamento de bicicletas públicas são um sucesso, não há mais dúvidas. Agora, o desafio é ampliá-los não só nas áreas de classe média e centrais, mas levá-lo a outras centralidades mais afastadas do Centro das cidades. Fazê-lo sair do mundo da classe A e B e chegar à periferia. E, o que é principal, de forma que a população consiga usar. Fortaleza, no Ceará, que virou case de sucesso da mobilidade urbana, principalmente a ativa, teve essa visão dois anos atrás com o Bicicleta Integrada, que permite ao ciclista permanecer com a bike por 14 horas. Agora, mais um projeto semelhante foi lançado, dessa vez em São Paulo, o Estação Bike, que também estimula a última perna do deslocamento da população: o percurso trabalho-casa. Na Região Metropolitana do Recife, entretanto, nada previsto por enquanto.

Os dois sistemas estão instalados em terminais integrados de ônibus, premissa para o caráter social e operacional dos projetos. A ideia é que os ciclistas possam levar as bikes para casa e devolvê-las no outro dia. No modelo tradicional dos sistemas de bike sharing, o prazo de 1h (ou de 2h, no caso do Bike PE aos domingos e feriados) é insuficiente para o deslocamento na periferia e, o que é fundamental, não funciona porque não existem estações para devolução das bicicletas.

O Estação Bike, lançado na semana passada em São Paulo com patrocínio do Banco Itaú Unibanco e operado pela Tembici, tem um prazo de permanência com a bicicleta menor do que o de Fortaleza. São 12 horas, duas a menos do que o dos cearenses. Mas, mesmo assim, é um intervalo que permite opções aos trabalhadores. A concepção de descentralizar o compartilhamento das bicicletas públicas se confirma no fato de que o projeto-piloto paulistano foi instalado no Terminal Cidade Tiradentes, localizado no extremo da Zona Leste de São Paulo, a 40 km do Centro.

O bairro de Cidade Tiradentes é caracterizado pelo uso intenso da bicicleta para deslocamentos locais. Além disso, a região é populosa e grande parte de seus moradores utiliza os ônibus que saem do terminal para ir ao trabalho e voltar para casa. “É o lado social visto com prioridade. Quando estimulamos a integração entre os modais estamos atendendo a essas pessoas que residem distante do Centro. É a última perna do deslocamento para elas. O bike sharing, geralmente, é a primeira perna”, explica Maurício Villar, diretor de operações da Tembici. No Terminal Cidade Tiradentes existem 140 vagas para bicicletas: 70 do programa Bike Sampa, na cor laranja, e 70 para ciclistas que já têm sua bike própria.

Periferia de Fortaleza terá bicicletarios

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