GIRO DA NOTÍCIA

CRESCE EM 60% CASOS DE FEMINICÍDIO EM BRASÍLIA.

#Crime aumentou em 60% no Distrito Federal. Em 2017, dez mulheres perderam a vida e outras 37 não morreram por circunstâncias alheias à vontade do agressor.


Segundo levantamento do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) no primeiro semestre de 2018, 16 mulheres foram vítimas de feminicídio. Metade delas tinha menos de 40 anos. Neste mesmo período, outras 37 mulheres sobreviveram a tentativas de assassinato.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, o crime aumentou em 60% no Distrito Federal. Em 2017, dez mulheres perderam a vida e outras 37 não morreram por circunstâncias alheias à vontade do agressor. Ceilândia, Santa Maria, Planaltina, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas e Gama lideraram o ranking de vítimas do primeiro semestre do ano.

Soluções Possíveis: "O diagnóstico da violência contra a mulher deve orientar o trabalho preventivo nas regiões de maior incidência. Os promotores de Justiça que atuam na defesa das mulheres nas cidades participam das reuniões da rede local e fiscalizam os estabelecimentos que oferecem serviços às vítimas. Além disso, o sistema de Justiça se vale do questionário de avaliação de riscos para promover medidas protetivas mais eficientes para preservar a integridade física e emocional da mulher. Monitoramento eletrônico do autor, aplicativo de segurança para as mulheres, acompanhamento psicossocial e ronda da polícia militar têm sido algumas das medidas importantes para preservar vidas", explica a coordenadora do Núcleo de Gênero do MPDFT, Liz-Elainne Mendes.

Segundo Liz-Elainne, é preciso investir em redes locais de acolhimento das mulheres, integração das políticas públicas e aumento de campanhas e programas educativos para se pensar em prevenção. "Desde o fechamento da Casa da Mulher Brasileira, não existe no Distrito Federal nenhum equipamento em funcionamento para atendimento integral das mulheres. É importante que a sociedade civil também se mobilize para exigir ampliação dos programas voltados para atendimento de mulheres em situação de violência, inclusive fiscalizando o próximo plano plurianual e a reserva de recursos no orçamento", comenta.

Relembre os últimos casos de feminicídio: Em 14 de julho Janaína Romão, de 30 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido, na frente das filhas, em Santa Maria. Já em agosto, o taxista Edilson Januário de Souto, 61 anos, matou a mulher, Marília Jane de Sousa Silva, 58, na noite do dia 5.

No fim da tarde do dia 6 do mesmo mês, o corpo de Graziele Zandoná foi encontrado embaixo do prédio em que morava na Asa Sul. Logo em seguida, no dia 7, por volta das 10h, Adriana Castro Rosa Santos, 40 anos, foi morta pelo marido, o policial militar Epaminondas Silva Santos, 51. O crime ocorreu em frente à casa da mãe da vítima, no Riacho Fundo II.

Cresce em 60% casos de feminicídios em Brasília

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