CRISE: PERU ESPERA 20 MIL IMIGRANTES DA VENEZUELA NAS PRÓXIMAS 48 HORAS.
#Governo da província de Pinchincha, onde fica a capital do Equador, Quito, decidiu criar um "corredor humanitário" e fretou seis ônibus para levar imigrantes venezuelanos da fronteira com a Colômbia até o território peruano até antes de sábado.
O governo da província de Pinchincha, onde fica a capital do Equador, Quito, decidiu criar um "corredor humanitário" e fretou seis ônibus para levar imigrantes venezuelanos da fronteira com a Colômbia até o território peruano até antes de sábado.
A decisão de permitir apenas a entrada de venezuelanos que tenham passaporte foi anunciada na última sexta-feira pelo primeiro-ministro do Peru, César Villanueva. O governo alegou razões de segurança, afirmando que o documento de identidade da Venezuela é facilmente falsificável e carece de dados básicos.
Além disso, o governo peruano antecipou, de 31 de dezembro para 31 de outubro, o prazo que os venezuelanos têm para solicitar a Permissão Temporária de Permanência (PTP), um documento que autoriza que residam e trabalhem legalmente no país.
As medidas restritivas foram tomadas poucos dias depois de a Polícia Nacional do Peru (PNP) ter informado que 15 membros de uma organização criminosa venezuelana tinham entrado no país usando documentos falsos. Um deles, após ser detido, revelou o esquema e confessou ter cometido seis assassinatos na Venezuela.
A União Venezuelana no Peru, uma organização não governamental (ONG) que defende os interesses dos imigrantes, enviou carta ao Ministério de Relações Exteriores para que o governo estude a possibilidade de crianças, mulheres grávidas, adolescentes, idosos e doentes crônicos cruzarem a fronteira sem precisar apresentar o passaporte.
Outra medida implementada pelas autoridades peruanas foi o Registro Fotográfico e Digital de Estrangeiros. O sistema foi inaugurado nesta quinta-feira (23) em Tumbes, na fronteira com o Equador.
O Posto de Verificação Migratória de Zarumilla, também em Tumbes, analisará de maneira aleatória os documentos trazidos pelos estrangeiros que entrarem no país, com exceção de equatorianos.
O chanceler do Peru, Néstor Popolizio, afirmou na quarta-feira que o governo não tem intenção de impedir a entrada dos venezuelanos, nem de deportar os imigrantes ilegais. "O Peru está aberto a receber os imigrantes de forma permanente. As medidas anunciadas nos últimos dias só buscam tornar a imigração ordenada e segura", afirmou o ministro.
Mais de 400 mil venezuelanos cruzaram a fronteira peruana nos últimos anos, 80% deles portando passaporte. O país só perde para a Colômbia, que recebeu mais de 1 milhão de imigrantes que fugiram da crise provocada na Venezuela.
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