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ESTAGNADA - VENDA DE IMÓVEIS CRESCE 17.3% NO SEGUNDO TRIMESTRE.

#Lançamentos de imóveis tiveram alta de 119,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve elevação de 19,9%.


A venda de imóveis no Brasil aumentou 17,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de 32,1%. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), e consideram 21 cidades e regiões metropolitanas.

Por regiões, o Norte se destaca, com aumento de 40,7% nas vendas, seguido pelo Nordeste (34,7%). O Sudeste teve alta de 16,4% e o Centro-Oeste, de 6,7%. O Sul foi o único a apresentar queda: 1,1%.

Os lançamentos de imóveis tiveram alta de 119,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve elevação de 19,9%. A região Centro-Oeste acusou aumento de 697,7% nos lançamentos, o Sul apresentou alta de 234,1%, o Sudeste registrou aumento de 144%, o Nordeste teve queda de 4,7%, e o Norte não anotou variação.

Um resultado positivo foi a redução nos estoques nos últimos três anos. Em dezembro de 2016, considerado o "fundo do poço" para a comercialização de imóveis, o estoque era de 21 meses. Um ano depois, caiu para 17 meses. Neste levantamento, de junho de 2018, os estoques recuaram para 12 meses.

"As vendas estão maiores que os lançamentos, que subiram bastante, mas não são suficientes para repor o que está sendo vendido", disse o presidente da Cbic, José Carlos Martins. A projeção para o acumulado até o final do ano, em relação a 2017, é avanço de 5% a 10% nos lançamentos e alta de 10% a 20% nas vendas.

O presidente da Cbic demonstrou preocupação quanto ao uso de recursos do FGTS. Para ele, houve uma "sangria grande de recursos nos últimos anos" com os saques de contas inativas e a reforma trabalhista, que permitiu a demissão por acordo.

Martins sugeriu a criação de um seguro específico para o término de obras, o que poderia aliviar os riscos de construtoras que enfrentam dificuldades financeiras durante o período de construção dos empreendimentos. Outro ponto é a necessidade de garantir que não haja desvios de recursos de empreendimentos que têm patrimônio afetado - instrumento que separa os ativos e passivos das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) do restante do grupo empresarial.

"O patrimônio de afetação não pode perder recursos até que o projeto seja construído. Muita gente achou subterfúgios legais para esse tipo de brecha. Queremos que se fechem as portas para esse tipo de argumento", apontou, referindo-se aos casos de empresas que buscaram flexibilizar o fluxo de caixa e o pagamento de credores desses tipos de SPEs, o que criou litígios com bancos.

Vendas de imóveis cresce 17.3% no segundo trimestre

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