GIRO DA NOTÍCIA

STARTUP BRASILEIRA LANÇA PATINETES URBANOS EM SÃO PAULO.

#Ride, uma startup brasileira que aposta na mobilidade urbana pelos e-scooters, como são conhecidas as patinetes elétricas lá fora.


Quem andou por pontos icônicos na cidade de São Paulo, como a Avenida Paulista e o Parque do Ibirapuera, pode ter se deparado com uma situação curiosa: adultos se divertindo com diversas patinetes elétricas azuis. Essas ações (e outras tantas que virão neste mês) fazem parte da estratégia de lançamento da Ride, uma startup brasileira que aposta na mobilidade urbana pelos e-scooters, como são conhecidas as patinetes elétricas lá fora.

Elas são tão cheias de hype quanto de problemas, inclusive em sua terra natal. Esse histórico gera dúvidas sobre se o modelo pode funcionar nas metrópoles brasileiras. Mas os empreendedores Marcelo Loureiro, Guilherme Freire e Paula Nader são otimistas e estratégicos – além de confiar em uma boa relação dos brasileiros com a marca, os erros das americanas serviram de lição para tentar prever, o máximo possível, o caos.

Percepções de mercado: Loureiro está acostumado a ver patinetes elétricas. Ele se mudou para a Califórnia há dez anos e acompanhou a ascensão de empresas de economia compartilhada. Em 2012, assumiu a direção da Spinlister, empresa que se autoentitula o “Airbnb das bicicletas”. Leia rambém: Uber testa serviço de patinetes elétricos

Em setembro do ano passado, o empreendedor presenciou o nascimento do maior expoente das e-scooters nos Estados Unidos: a Bird. Por meio dela, qualquer maior de idade podem alugar uma patinete elétrica e se locomover de forma divertida, ambientalmente agradável e financeiramente acessível (um dólar de taxa fixa mais 15 centavos de dólar por minuto).

Travis VanderZander, ex-executivo da Lyft e do Uber e atual CEO da Bird, descreveu sua própria empresa como “a maior revolução nos transportes desde a chegada da aviação executiva” – ironicamente, excluindo a transformação na mobilidade urbana trazida pelo próprio Uber.

O sucesso da Bird inspirou a Lime, uma empresa criada no começo do mesmo ano para o compartilhamento de bicicletas, a também entrar para o mercado dos e-scooters. Fundos de investimento renomados, como Sequioa Capital, acreditaram na profecia de VanderZander e transformaram a Bird e a Lime em unicórnios (startups avaliadas em mais de um bilhão de dólares).

A febre motivou Loureiro a fechar as portas da Spinlister em abril deste ano e negociar uma venda, ainda não concretizada. Para ele, o modelo de aluguel não era mais tão atraente, com serviços de compartilhamento deixando bicicletas disponíveis nas ruas.

Loureiro deu uma de Lime e apostou no diferencial confortável e lúdico das patinetes elétricas, o que se reflete na chance de cobrar mais (e obter uma margem de lucro mais saudável). O maior custo logístico – as patinetes precisam ser recarregadas todos os dias – pode ser embutido no preço. “O compartilhamento de bikes é um negócio difícil de parar em pé, o que se percebe em São Paulo. As bicicletas só existem por meio de um patrocinador forte ou vendendo a informação dos clientes”, defende.

Como a concorrência californiana não estava para brincadeira, o empreendedor voltou às origens. Uniu-se aos sócios Guilherme Freire, da empresa de óculos Livo, e Paula Nader, especialista em marketing, para montar uma versão brasileira do compartilhamento de e-scooters. O projeto começou em dezembro de 2017 e, agora, está em pré-lançamento. O aplicativo está só esperando a aprovação nas lojas Android e iOS para operar.

Startup brasileira lança patinetes urbanos em São Paulo

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