VENEZUELA PEDE PARA O BRASIL RESPEITAR REFUGIADOS VENEZUELANOS - 1.500 DEIXARAM O PAÍS APÓS ATAQUE.
#Michel Temer realizou reunião de emergência para discutir o ataque contra imigrantes em Boa Vista.
O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da Venezuela informou neste Domingo, (19), em nota, ter tomado conhecimento de casos de violência envolvendo cidadãos brasileiros e venezuelanos ocorridos nos últimos dias na cidade de Pacaraima, em Roraima, que fica na fronteira entre os dois países.
De acordo com a chancelaria venezuelana, foram solicitadas ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE) "garantias correspondentes aos nacionais venezuelanos e medidas de resguardo e segurança de seus familiares".
Segundo informações, moradores de Pacaraima expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos, inclusive ateando fogo, depois que um comerciante local foi assaltado e espancado. Os incidentes ocorreram entre a noite de sexta-feira (17) e ontem (18), sábado.
Na nota, o governo da Venezuela expressou "preocupação pelas informações que confirmam ataques a imigrantes venezuelanos, bem como desalojamentos massivos de nossos compatriotas, acontecimento que viola normas do direito internacional, além de vulnerar seus direitos humanos".
A escalada de violência na região é tema de uma reunião convocada pelo presidente Michel Temer, no Palácio da Alvorada, na manhã deste domingo (19).
Participam os ministros Joaquim Silva e Luna (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Raul Jungmann (Segurança Pública), Moreira Franco (Minas e Energia) e Rossieli Soares (Educação).
O Itamaraty está sendo representado pelo secretário-geral das Relações Exteriores, Marcos Galvão. O chanceler Aloysio Nunes cumpre agenda na Bolívia.
O Ministério da Segurança Pública confirmou hoje o envio de efetivo extra da Força Nacional para Pacaraima, onde as equipes já desenvolvem operação de apoio à Polícia Federal. A previsão é que o reforço chegue amanhã (20) à cidade.
O governo da Venezuela também ofereceu apoio para coordenar ações com as autoridades brasileiras e criticou o que chamou de "violência alimentada por uma perigosa matriz de opinião xenófoba, multiplicada por governos e meios a serviço dos inconfessáveis objetivos do imperialismo".
Ainda de acordo com a chancelaria venezuelana, funcionários do consulado em Boa Vista foram instruídos a se deslocarem de forma imediata a Pacaraima, a fim de avaliar a situação e garantir a integridade dos venezuelanos.
Venezuelanos deixam o Brasil após ataque: Cerca de 1,2 mil venezuelanos deixaram o Brasil após os ataques de brasileiros ocorridos neste sábado em Pacaraima (RR), disse neste domingo (19) o coronel do Exército Hilel Zanatta, que comanda a operação Acolhida, de atendimento aos estrangeiros.
Segundo Zanatta, parte dos venezuelanos que saíram do Brasil estava no centro de triagem dos imigrantes que chegam ao país. O posto chegou a suspender os atendimentos no sábado. A fronteira, por onde passam cerca de 500 estrangeiros por dia, permanece aberta, mas o fluxo de imigrantes caiu pela metade, afirmou Zanatta.
Pacaraima, a 215 km de Boa Vista, é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. Segundo a prefeitura, cerca de 1,5 mil imigrantes viviam nas ruas da cidade antes do tumulto – o número equivale a 10% da população local.
Neste domingo, o município, que costuma ser movimentado mesmo aos fins de semana, está pacato. As ruas ficaram vazias e o centro comercial, que ficou fechado no sábado, voltou a abrir as portas.
Ataques: O tumulto começou na manhã de sábado após a família do comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, relatar à Polícia Militar que ele havia sido assaltado e violetamente agredido por um grupo de venezuelanos.
Ferido, ele teve que ser tirado da cidade para receber atendimento médico em um carro civil porque não tinham ambulâncias disponíveis no município - a do Hospital de Pacaraima Délio Tupinambá não estava na cidade e a da operação Acolhida não foi cedida.
No caminho até a capital, no entanto, o veículo em que Raimundo estava e a ambulância de Pacaraima se cruzaram, e ele foi socorrido e transportado nela até o Hospital Geral de Roraima, na capital.
Em retaliação ao ocorrido, moradores de Pacaraima se organizaram por redes sociais e atacaram acampamentos de venezuelanos. Os locais foram destruídos e queimados.
No tumulto, a BR-174, que liga Boa Vista a cidade ficou bloqueada com pneus e fogo por cinco horas. Estima-se que 1 mil pessoas participaram dos atos. Três brasileiros ficaram levemente feridos, mas não houve prisões, segundo a PM.
O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da Venezuela informou neste Domingo, (19), em nota, ter tomado conhecimento de casos de violência envolvendo cidadãos brasileiros e venezuelanos ocorridos nos últimos dias na cidade de Pacaraima, em Roraima, que fica na fronteira entre os dois países.
De acordo com a chancelaria venezuelana, foram solicitadas ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE) "garantias correspondentes aos nacionais venezuelanos e medidas de resguardo e segurança de seus familiares".
Segundo informações, moradores de Pacaraima expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos, inclusive ateando fogo, depois que um comerciante local foi assaltado e espancado. Os incidentes ocorreram entre a noite de sexta-feira (17) e ontem (18), sábado.
Na nota, o governo da Venezuela expressou "preocupação pelas informações que confirmam ataques a imigrantes venezuelanos, bem como desalojamentos massivos de nossos compatriotas, acontecimento que viola normas do direito internacional, além de vulnerar seus direitos humanos".
A escalada de violência na região é tema de uma reunião convocada pelo presidente Michel Temer, no Palácio da Alvorada, na manhã deste domingo (19).
Participam os ministros Joaquim Silva e Luna (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Raul Jungmann (Segurança Pública), Moreira Franco (Minas e Energia) e Rossieli Soares (Educação).
O Itamaraty está sendo representado pelo secretário-geral das Relações Exteriores, Marcos Galvão. O chanceler Aloysio Nunes cumpre agenda na Bolívia.
O Ministério da Segurança Pública confirmou hoje o envio de efetivo extra da Força Nacional para Pacaraima, onde as equipes já desenvolvem operação de apoio à Polícia Federal. A previsão é que o reforço chegue amanhã (20) à cidade.
O governo da Venezuela também ofereceu apoio para coordenar ações com as autoridades brasileiras e criticou o que chamou de "violência alimentada por uma perigosa matriz de opinião xenófoba, multiplicada por governos e meios a serviço dos inconfessáveis objetivos do imperialismo".
Ainda de acordo com a chancelaria venezuelana, funcionários do consulado em Boa Vista foram instruídos a se deslocarem de forma imediata a Pacaraima, a fim de avaliar a situação e garantir a integridade dos venezuelanos.
Venezuelanos deixam o Brasil após ataque: Cerca de 1,2 mil venezuelanos deixaram o Brasil após os ataques de brasileiros ocorridos neste sábado em Pacaraima (RR), disse neste domingo (19) o coronel do Exército Hilel Zanatta, que comanda a operação Acolhida, de atendimento aos estrangeiros.
Segundo Zanatta, parte dos venezuelanos que saíram do Brasil estava no centro de triagem dos imigrantes que chegam ao país. O posto chegou a suspender os atendimentos no sábado. A fronteira, por onde passam cerca de 500 estrangeiros por dia, permanece aberta, mas o fluxo de imigrantes caiu pela metade, afirmou Zanatta.
Pacaraima, a 215 km de Boa Vista, é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. Segundo a prefeitura, cerca de 1,5 mil imigrantes viviam nas ruas da cidade antes do tumulto – o número equivale a 10% da população local.
Neste domingo, o município, que costuma ser movimentado mesmo aos fins de semana, está pacato. As ruas ficaram vazias e o centro comercial, que ficou fechado no sábado, voltou a abrir as portas.
Ataques: O tumulto começou na manhã de sábado após a família do comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, relatar à Polícia Militar que ele havia sido assaltado e violetamente agredido por um grupo de venezuelanos.
Ferido, ele teve que ser tirado da cidade para receber atendimento médico em um carro civil porque não tinham ambulâncias disponíveis no município - a do Hospital de Pacaraima Délio Tupinambá não estava na cidade e a da operação Acolhida não foi cedida.
No caminho até a capital, no entanto, o veículo em que Raimundo estava e a ambulância de Pacaraima se cruzaram, e ele foi socorrido e transportado nela até o Hospital Geral de Roraima, na capital.
Em retaliação ao ocorrido, moradores de Pacaraima se organizaram por redes sociais e atacaram acampamentos de venezuelanos. Os locais foram destruídos e queimados.
No tumulto, a BR-174, que liga Boa Vista a cidade ficou bloqueada com pneus e fogo por cinco horas. Estima-se que 1 mil pessoas participaram dos atos. Três brasileiros ficaram levemente feridos, mas não houve prisões, segundo a PM.
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