GIRO DA NOTÍCIA

BIOGRAFIA DE GISELE BUNDCHEN ENTRA PARA A LISTA DOS LIVROS MAIS VENDIDOS DOS EUA.

#Modelo gaúcha lançou o livro “Aprendizados: Minha caminhada para uma vida com mais significado”, em 2 de outubro nos Estados Unidos, que já está na lista dos mais vendidos no país.


Gisele Bündchen, a ubermodel brasileira, ícone internacional de beleza e de sucesso, agora também carrega um novo título: a de autora de um best-seller. A top gaúcha lançou o livro “Aprendizados: Minha caminhada para uma vida com mais significado”, em 2 de outubro nos Estados Unidos, que já está na lista dos mais vendidos no país.

Aprendizados tem como um dos pontos altos sua revelação sobre os ataques de pânico que enfrentou no auge da carreira e que a levaram a pensar em suicídio. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo ela fala um pouco da experiência.

1- Você conta que durante os seus 23 anos de carreira acabou sendo uma imagem sem voz. Como se sente agora podendo falar sobre suas experiências?
É libertador. Percebi que quando você consegue se abrir e expor suas vulnerabilidades, isso não só ajuda você trabalhar nas suas feridas e curá-las como também a se sentir útil. Ao dividir suas histórias, muitas pessoas vêm lhe agradecer, pois elas também passam por coisas parecidas e é importante saber que há uma luz no fim do túnel.

2- Você teve dúvidas sobre o quanto se abrir? Fico empolgada em poder dividir algo que acho que pode ajudar as pessoas, como quando falo sobre alimentação saudável, a prática da meditação ou de exercícios, já que tudo isso faz com que eu tenha uma vida mais equilibrada. Eu tive, sim, dúvidas de quanto deveria me abrir, mas acredito que se minhas experiências puderem contribuir de alguma forma positiva para alguém, então já valeu a pena. Umas das partes mais difíceis de contar foi a questão dos meus ataques de pânico, pois foi algo que me marcou muito e é difícil você admitir que chegou no fundo do poço.

3- Vinda de uma família com tantas mulheres, como enxerga os movimentos de empoderamento feminino? Acredito que as mudanças só acontecem quando há uma grande movimentação em torno de um determinado assunto. Foi assim ao longo da história. As mulheres não podiam votar, não podiam usar calças, eram submissas dentro de casa. Acredito que há um novo movimento, que é importante para que as mulheres consigam se livrar de outros estigmas, não sejam assediadas e desrespeitadas, por exemplo. Por outro lado, também entendo que homens e mulheres são biologicamente diferentes e, por isso, têm aspectos diferentes. O que não significa que não devam ter direitos e obrigações iguais. Mas ambos precisam procurar entender e respeitar as diferenças alheias.

4- Você indicaria a profissão de modelo? Ficaria feliz, por exemplo, se sua filha resolvesse seguir a carreira?
Vejo a profissão de modelo como outra profissão qualquer, com seus benefícios e desafios. É uma profissão que acaba mexendo muito com a autoestima, é preciso ter suporte da família, ainda mais porque as meninas iniciam muito novinhas. Quanto a minha filha, ela terá liberdade para seguir o que quiser, assim como meus pais fizeram comigo.

5- Você enfrentou ataques de pânico no auge da sua carreira? Foi um período muito difícil na minha vida. Era algo que fugia totalmente do meu controle. Não tinha domínio sobre meus sentimentos e medos. Já não conseguia mais estar em lugares fechados, era sufocante e desesperador. Estava realmente no fundo do poço, mas estava dedicada a sair dessa. Em momentos como esse, é muito importante buscar ajuda e fazer as transformações necessárias na sua vida para reverter seu quadro. O maior desafio que já passei foi também o mais transformador na minha vida. Proporcionou que eu olhasse para dentro e promovesse uma reviravolta. Aprendi ioga e como a respiração e meditação podiam fazer diferença na forma como eu me sentia. Mudei radicalmente a alimentação. Me livrei de maus hábitos como cigarro, excesso de cafeína e das taças de vinho diárias que achava que me ajudavam a relaxar. Comecei uma nova vida, que me trouxe muito mais alegria e equilíbrio. Sei que fazer mudanças não é fácil, exige disciplina, força de vontade e dedicação.

6- Você abdicou de trabalhos para introduzir hábitos e práticas mais saudáveis na sua rotina? Na época, reduzi o ritmo de trabalho e, com o tempo, também fui ficando mais e mais seletiva. Percebi que não precisava estar sempre frenética trabalhando e atendendo a todos os convites e propostas que recebia, aprendi a dizer não. É importante aprender a conhecer seus limites, ter um tempo para respirar e observar para onde está indo e se as escolhas que fazemos estão nos fazendo bem ou não.

7- Como lidar com as crueldades típicas do universo da moda? Esse eu diria que é um dos lados mais difíceis desta profissão, pois muitas vezes esquecem que você é um ser humano. Você é uma entre os milhares da fila de casting, e não há muita delicadeza na forma de falar o porquê você foi descartada. Mas como gosto de dizer, o que não te derrota, te deixa mais forte. Foi assim que saí de muitas dessas situações. Apesar das “imperfeições”, consegui me destacar. Preferi focar no que tinha de positivo para oferecer.

Livro da modelo Gisele entra para a lista de mais vendidos dos EUA

Nenhum comentário