RODOVIÁRIA DE BH LIMITA ACESSO DE EMBARQUE.
#Prefeitura de BH, Kalil classificou o projeto como uma “aberração absoluta”. “Se a população de Belo Horizonte não sabe, a saída da rodoviária (do São Gabriel) é no Anel Rodoviário".
A partir de hoje, passageiros que embarcam para viagens na rodoviária do Centro de Belo Horizonte encontram mudanças na hora de se dirigir aos ônibus. Agora, apenas quem tem passagem comprada vai poder acessar a área de embarque pelas oito plataformas a partir do saguão principal por meio de leitura eletrônica dos bilhetes de passagem, como ocorre nos aeroportos. Apesar da nova barreira, o acesso de idosos, crianças e pessoas com dificuldade de locomoção ainda poderá ter apoio de quem não vai viajar, principalmente para ajudar com as malas. Quanto àqueles que não pertencem a esse grupo, mas, ainda assim, precisam de ajuda, o terminal informa que disponibilizará carregadores profissionais, além dos quatro elevadores – a maior parte dos passageiros chega à área de embarque por escadas íngremes. Apesar da mudança, que busca mais segurança e comodidade, conforme a administração, usuários da estrutura do Centro – inaugurada na década de 1970 e a única em uma capital de 2,5 milhões de habitantes – cobram um terminal mais moderno e espaçoso.
O problema é que os dois lugares que poderiam representar melhoria para esse tipo de transporte não têm nenhuma perspectiva de avanço. Na área da nova rodoviária, que já deveria estar pronta no Bairro São Gabriel, Nordeste da cidade, nem sinal de obras, que chegaram a ser anunciadas na gestão municipal anterior ao prefeito Alexandre Kalil, mas não tiveram início. No Terminal José Cândido da Silveira, que funcionou como apoio à rodoviária do Centro entre 2012 e 2017, a situação é de abandono desde que a área foi fechada, em abril do ano passado.
Quando Márcio Lacerda ainda era prefeito de Belo Horizonte, em agosto de 2016, a administração municipal entregou o terreno onde está prevista a construção da nova rodoviária, com lotes cortados pela Rua Jacuí, no São Gabriel. No local chegou a ser montado um canteiro de obras e muitas máquinas atuaram fazendo terraplanagem dos terrenos, dando a impressão de que a construção finalmente começaria. Mas gradativamente as máquinas foram saindo e ficou apenas uma pequena parte do canteiro de obras, protegida por um segurança.
Nem um metro quadrado foi construído no terminal previsto para receber 80 mil pessoas por dia, com possibilidade de aumentar as vagas para embarque de ônibus nos picos de saída da capital e aumento do desembarque no maior movimento de chegada. A nova rodoviária custaria R$ 60 milhões à empresa que venceu a outorga para operar o terminal, com a contrapartida de poder explorar o espaço por 30 anos. O contrato com o Consórcio SPE Terminal está em vigor, de acordo com o município. A empresa está fazendo a segurança da área e estão sendo reavaliados com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes os acessos ao terminal.
Após assumir a Prefeitura de BH, Kalil classificou o projeto como uma “aberração absoluta”. “Se a população de Belo Horizonte não sabe, a saída da rodoviária (do São Gabriel) é no Anel Rodoviário. Então como é que eu vou fazer uma rodoviária que vai trazer um tráfego para onde eu quero tirar?”, disse o prefeito, no início deste ano, em referência às tentativas dele próprio de reduzir o movimento na perigosa rodovia que corta a capital.
Outro espaço em que não há perspectiva de mudança no que diz respeito ao transporte coletivo rodoviário é o Terminal José Cândido da Silveira, anexo à estação homônima do metrô, na Região Leste de BH. Entre 2012 e 2017, o espaço funcionou como apoio à rodoviária do Centro da capital, chegando a receber 8% do movimento da unidade central. Eram até 2,8 mil pessoas diariamente em feriados, entre embarques e desembarques para viagens interestaduais rumo ao Espírito Santo, Belém, Brasília, Campos dos Goytacazes (RJ) e São João da Barra (RJ).
A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), que é a atual administradora da rodoviária do Centro e também gerenciava o terminal alternativo da José Cândido quando foi desativado, informou em abril do ano passado que o fechamento se deu devido a reclamações dos usuários e pela falta de possibilidades de investimentos no local, já que o imóvel pertence à União. Hoje, o abandono toma conta do espaço. Os equipamentos da antiga lanchonete improvisada ficaram expostos ao tempo, se deteriorando. Os guichês de venda de passagens estão bloqueados por pedaços de madeira e as cadeiras acumulam poeira. “Isso aqui é um grande desperdício. Se funcionasse oferecendo conforto aos passageiros, poderia desafogar o trânsito da rodoviária do Centro”, afirma o aposentado Antônio Francisco Rodrigues, de 62 anos.
O problema é que os dois lugares que poderiam representar melhoria para esse tipo de transporte não têm nenhuma perspectiva de avanço. Na área da nova rodoviária, que já deveria estar pronta no Bairro São Gabriel, Nordeste da cidade, nem sinal de obras, que chegaram a ser anunciadas na gestão municipal anterior ao prefeito Alexandre Kalil, mas não tiveram início. No Terminal José Cândido da Silveira, que funcionou como apoio à rodoviária do Centro entre 2012 e 2017, a situação é de abandono desde que a área foi fechada, em abril do ano passado.
Quando Márcio Lacerda ainda era prefeito de Belo Horizonte, em agosto de 2016, a administração municipal entregou o terreno onde está prevista a construção da nova rodoviária, com lotes cortados pela Rua Jacuí, no São Gabriel. No local chegou a ser montado um canteiro de obras e muitas máquinas atuaram fazendo terraplanagem dos terrenos, dando a impressão de que a construção finalmente começaria. Mas gradativamente as máquinas foram saindo e ficou apenas uma pequena parte do canteiro de obras, protegida por um segurança.
Nem um metro quadrado foi construído no terminal previsto para receber 80 mil pessoas por dia, com possibilidade de aumentar as vagas para embarque de ônibus nos picos de saída da capital e aumento do desembarque no maior movimento de chegada. A nova rodoviária custaria R$ 60 milhões à empresa que venceu a outorga para operar o terminal, com a contrapartida de poder explorar o espaço por 30 anos. O contrato com o Consórcio SPE Terminal está em vigor, de acordo com o município. A empresa está fazendo a segurança da área e estão sendo reavaliados com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes os acessos ao terminal.
Após assumir a Prefeitura de BH, Kalil classificou o projeto como uma “aberração absoluta”. “Se a população de Belo Horizonte não sabe, a saída da rodoviária (do São Gabriel) é no Anel Rodoviário. Então como é que eu vou fazer uma rodoviária que vai trazer um tráfego para onde eu quero tirar?”, disse o prefeito, no início deste ano, em referência às tentativas dele próprio de reduzir o movimento na perigosa rodovia que corta a capital.
Outro espaço em que não há perspectiva de mudança no que diz respeito ao transporte coletivo rodoviário é o Terminal José Cândido da Silveira, anexo à estação homônima do metrô, na Região Leste de BH. Entre 2012 e 2017, o espaço funcionou como apoio à rodoviária do Centro da capital, chegando a receber 8% do movimento da unidade central. Eram até 2,8 mil pessoas diariamente em feriados, entre embarques e desembarques para viagens interestaduais rumo ao Espírito Santo, Belém, Brasília, Campos dos Goytacazes (RJ) e São João da Barra (RJ).
A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), que é a atual administradora da rodoviária do Centro e também gerenciava o terminal alternativo da José Cândido quando foi desativado, informou em abril do ano passado que o fechamento se deu devido a reclamações dos usuários e pela falta de possibilidades de investimentos no local, já que o imóvel pertence à União. Hoje, o abandono toma conta do espaço. Os equipamentos da antiga lanchonete improvisada ficaram expostos ao tempo, se deteriorando. Os guichês de venda de passagens estão bloqueados por pedaços de madeira e as cadeiras acumulam poeira. “Isso aqui é um grande desperdício. Se funcionasse oferecendo conforto aos passageiros, poderia desafogar o trânsito da rodoviária do Centro”, afirma o aposentado Antônio Francisco Rodrigues, de 62 anos.
Rodoviária de BH tem limite de passageiros do embarque |
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