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MUDANÇAS NO BILHETE ÚNICO DE SÃO PAULO CAUSAM CONFUSÃO ENTRE USUÁRIOS.

#Bilhete único do tipo vale transporte deu direito somente a duas integrações (ou seja: uma passagem permite pegar dois ônibus pagando uma tarifa). Todas as outras permitem até quatro viagens, em três horas, pelo valor de R$ 4,30.



As mudanças nas regras do bilhete único municipal de São Paulo oficializadas no útimo sábado (23) pela gestão Bruno Covas (PSDB) criaram uma situação curiosa: a categoria mais cara é a que dá menos vantagens.

A partir de 1º de março, o bilhete único do tipo vale transporte deu direito somente a duas integrações (ou seja: uma passagem permite pegar dois ônibus pagando uma tarifa). Todas as outras permitem até quatro viagens, em três horas, pelo valor de R$ 4,30.

Neste ano, o VT passou a custar R$ 4,57 para os empregadores. Embora a maior parte desse valor seja pago pelas empresas, o que faria as pessoas escolherem a opção que dá menos vantagens? Por enquanto, a lei, que exige que o benefício seja oferecido aos funcionários CLT.

A redução nas integrações se soma a outro corte. Nos últimos anos, a prefeitura avançou na política de fatiar e eliminar linhas: onde apenas um ônibus era suficiente para ir do ponto A ao B, passou a ser preciso descer no meio do caminho e trocar de veículo. Assim, o usuário tem de passar o bilhete duas vezes, em vez de uma só, e esperar longos minutos pelo segundo coletivo.

Com o aumento de baldeações e a redução de integrações, as possibilidades de destino são reduzidas. Um exemplo: quem mora na Vila Mirante, na zona norte, só conta com duas linhas de lotação que vão até o terminal Pirituba. Para ir além dele, é preciso gastar a segunda integração.

Do terminal Pirituba, partem veículos para lugares como o centro, Itaim Bibi e Vila Mariana. Porém, não há linhas rumo a lugares não muito distantes, como a Casa Verde ou a USP. Sem a terceira integração, não será possível chegar até esses destinos sem pagar uma passagem a mais. Ou incluir uma longa caminhada no trajeto.

Antes da criação do bilhete único, em 2004, cada morador praticamente só podia contar com as linhas que saíam do seu bairro. Pagar uma segunda passagem limitava os horizontes. A chegada do cartão tornou possível ir a praticamente qualquer ponto da cidade atendido pelos ônibus gastando o valor de uma passagem, mesmo que a viagem envolva várias baldeações. Foi um ganho enorme para os passageiros, que agora veem as facilidades e o direito de circular serem restringidos pouco a pouco.

Mudanças no bilhete único causa confusão em SP

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