GIRO DA NOTÍCIA

MULHER DIZ QUE FOI IMPEDIDA DE AMAMENTAR CRIANÇA EM EXPOSIÇÃO DO MICKEY NO SHOPPING JK.

#Mulher diz ter visitado o espaço no Domingo e que observava o filho brincando na praça temática em quando amamentava a filha caçula e que neste momento aconteceu a agressão verbal da funcionária do shopping.



A médica obstetra Michelle Chechter relatou, por meio de suas redes sociais, que foi impedida de amamentar durante uma visita à exposição “Mickey 90 anos”, que acontece no Shopping JK Iguatemi, na Zona Sul de São Paulo. A ONG Orientavida, responsável pela organização da mostra, nega que tenha havido proibição.

Ao G1, Michelle afirmou que visitou a exposição no último domingo (17) acompanhada de sua mãe e os dois filhos, um menino de três anos e uma menina de quatro meses. Quando se sentou para amamentar a filha em um dos espaços, ela disse que foi abordada de forma grosseira por uma funcionária.

“Fui percorrendo a exposição, que é dividida em stands. Em um dos espaços há um escorregador com uma área infantil, onde meu filho foi brincar. Então me sentei para amamentar minha filha. Foi quando a funcionária me abordou e disse que não era permitido amamentar dentro da exposição, que eu teria que sair dali e me dirigir ao fraldário, que era o local correto para amamentar”, conta a médica.

O direito ao aleitamento materno nos estabelecimentos de uso coletivo (públicos ou privados) é garantido por lei em São Paulo, sob pena de multa para quem desrespeitar. Segundo a regra, "independentemente da existência de áreas segregadas para o aleitamento, a amamentação é o ato livre entre mãe e filho."

Procurada pelo G1, a ONG Orientavida afirmou que não houve proibição e disse que a mulher foi apenas orientada a usar outro espaço, pois a poltrona na qual estava sentada era uma peça do cenário.

“Ao parar dentro da mostra para amamentar o filho ela utilizou, literalmente, a poltrona do Mickey, peça que compõe o cenário. A organização da exposição entendendo a necessidade da mãe e do bebê, sugeriu a ela duas possibilidades: uma poltrona dentro da loja, ao final da exposição, ou o fraldário do shopping”, diz o texto (leia a íntegra no fim desta reportagem).

Michelle, no entanto, nega que tenha recebido esta orientação sobre a peça e diz que nenhuma alternativa foi oferecida além do fraldário.

“Eu não estava atrapalhando ninguém. Não havia nenhuma sinalização ou funcionário que indicasse que a cadeira não poderia ser usada. Eu só soube que era parte do cenário quando se manifestaram pela nota. Mesmo assim, era só terem me informado na hora que eu trocava de local. Mas não me ofereceram nada, a funcionária só disse que era proibido e que tinha que me dirigir ao fraldário”, diz.

Após registrar uma reclamação no Serviço de Atendimento ao Cliente do Shopping JK Iguatemi, Michelle diz que a administração entrou em contato com ela para pedir desculpas pelo episódio.

“Eu sempre oriento minhas pacientes quanto à importância da amamentação. Inclusive concilio o aleitamento com meu trabalho e isso jamais me aconteceu. Eu sou uma pessoa muito discreta, nunca me expus dessa forma. Mas como mãe, médica e mulher eu me senti na obrigação de me manifestar para que isso não ocorra com outras pessoas”, afirmou.

Polêmica: A mesma exposição sobre o personagem da Disney no shopping de luxo de São Paulo já havia sido alvo de polêmica na semana passada. No dia 20, uma excursão de alunos de escolas públicas da zona rural de Guaratinguetá foi barrada por uma funcionária que afirmou que o local "é um espaço de elite". A diretora de uma das escolas afirmou que houve discriminação.

A ONG Orientavida, responsável pela exposição, classificou o fato como isolado e pontual. Afirmou que tem recebido gratuitamente crianças de escolas públicas e comunidades carentes e esse foi o único incidente.

O shopping JK Iguatemi informou que “não compactua com a atitude tomada pela colaboradora da mostra e ressalta que trabalha continuamente para que todos os clientes sempre se sintam acolhidos e bem-vindos".

Após a repercussão, a funcionária foi demitida e os alunos foram convidados a um novo passeio na exposição.

Posicionamento da ONG
Veja a íntegra da nota: "Sobre a mãe que alega ter sido impedida de amamentar, a exposição informa que ao parar dentro da mostra para amamentar o filho ela utilizou, literalmente, a poltrona do Mickey, peça que compõe o cenário. A organização da exposição entendendo a necessidade da mãe e do bebê, sugeriu a ela duas possibilidades: uma poltrona dentro da loja, ao final da exposição, ou o fraldário do shopping, localizado há pouco mais de 10 metros do local da exposição. Assim, lamenta que o sentimento dela tenha sido esse, não reforça que não é verdade que ela tenha sido proibida ou convidada a se retirar da exposição, mas apenas orientada a não utilizar um elemento do cenário que, assim como em museus em todo o mundo, não pode ser utilizado para nenhum outro fim que não a exposição ao público".

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