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NETFLIX BRASIL ANUNCIA 30 PRODUÇÕES NACIONAIS PARA SEREM LANÇADOS ATÉ O PRÓXIMO ANO.

#Netflix Brasil anunciou que as produções estão sendo gravadas em locações variadas como os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Paraná, Tocantins e Pernambuco, além de pontos como Inhotim e Pantanal.



Nesta quarta-feira (24), durante o evento Rio2C, no Rio de Janeiro, a Netflix divulgou planos de lançar trinta produções originais brasileiras, entre filmes e séries, até o final de 2020. As novidades foram anunciadas pelo diretor de conteúdo da plataforma Ted Sarandos em conversa com o ator e diretor Wagner Moura.

Entre as produções estão quatro filmes: “Modo Avião“, dirigido por César Rodrigues (Vai que Cola – O Filme), trará a atriz Larissa Manoela no papel da protagonista Ana, uma influenciadora digital que, ao bater o carro antigo e clássico do avô, precisa consertá-lo, mas sem a ajuda do celular. “Ricos de Amor“, dirigido por Bruno Garotti (Cinderela Pop), terá Danilo Mesquita (Valentim, da novela “Segundo Sol” da TV Globo) como um jovem rico que, para tentar conquistar a centrada Paula (Giovanna Lancellotti), fingirá que é pobre. Já “Carnaval“, dirigido por Leandro Neri (A Padroeira),contará a história de Nina, que decide curtir o Carnaval com três amigas como se não houvesse o amanhã depois de ser traída pelo namorado – e ver o vídeo da traição viralizar na internet. Wagner Moura, que já trabalhou com a Netflix na série “Narcos“, repete a parceria no longa “Sérgio“, produzido e estrelado por ele. A obra será uma cinebiografia de Sérgio Vieira de Mello, diplomata brasileiro que foi vítima de um atentado em 2003 no Iraque.

Outra aposta do streaming será uma versão animada de Menino Maluquinho, obra clássica infantil criada pelo cartunista Ziraldo. A produção será feita pela Chatrone, que levou aos cinemas o longa Festa no Céu em 2014. “Este será um novo capítulo na vida do Menino Maluquinho, e a parceria com a Netflix dará aos fãs do mundo inteiro a oportunidade de conhecer suas histórias”, declarou Ziraldo, indicando apoio à adaptação.

Thalita Rebouças, autora de Ela Disse, Ele Disse e Fala Sério, Mãe, estreia na plataforma de streaming com o longa Quem Nunca?, sobre três adolescentes que prometem umas às outras que continuarão solteiras, mas veem seus planos mudarem quando chegam a um acampamento escolar.

As produções estão sendo gravadas em locações variadas como os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Paraná, Tocantins e Pernambuco, além de pontos como Inhotim e Pantanal. A Netflix promete títulos de gêneros diversos: distopia, drama futurístico, thriller sobrenatural, terror, drama, comédia e policial, entre outros.

"O Brasil tem talentos extraordinários e uma longa tradição em contar grandes histórias. É por este motivo que estamos animados em aumentar nosso investimento na comunidade criativa brasileira", disse Sarandos.

A fala do executivo é verdadeira, mas não explica tudo. Uma reportagem publicada nesta quarta-feira no "The Wall Street Journal", um dos principais jornais de economia do mundo, resumiu muito bem qual é o atual problema da Netflix. A empresa acredita que séries novas e originais impulsionam as assinaturas. Mas dados obtidos pelo jornal mostram que não impactam a audiência.

Com base em dados do Nielsen, a principal empresa medidora de audiência nos Estados Unidos, o "Wall Street Journal" informa que dos 10 programas que os assinantes da Netflix passaram a maior parte do tempo assistindo em 2018, apenas dois eram originais ("Ozark" e "Orange Is the New Black"). Os oito demais foram reprises de programas licenciados pelo serviço de streaming, a saber: "The Office", "Friends", "Grey´s Anatomy", "Shameless", "Criminal Minds", "NCIS", "Supernatural" e "Parks and Recreation".

As séries novas costumam gerar picos de visualização sempre que são lançadas, como ocorreu em outubro de 2017 com a segunda temporada de "Stranger Things", mas as reprises de velhos sucessos têm audiência mais constante, ao longo do tempo, mostram os dados.

A Netflix contesta a análise destes números. Segundo a empresa, olhar apenas para o tempo gasto assistindo exagera a importância das reprises, que têm muito mais episódios do que os originais do serviço de streaming.

"Concentrar-se nas séries e filmes que os assinantes escolhem e assistem é mais valioso do que quanto tempo eles gastam em uma série comparada a outra", disse ao jornal o porta-voz da empresa.

O problema da Netflix é que as séries de sucesso reprisadas pertencem a grandes conglomerados de mídia que estão se preparando para lançar os seus próprios serviços de streaming, como Disney, Warner e NBC. Estas empresas tendem a não renovar os contratos de licenciamento que mantêm hoje com a Netflix.

Netflix Brasil anuncia 30 produções nacionais

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