MOTORISTAS DE APLICATIVOS DEVEM PARALISAR OS SERVIÇOS NESTA QUARTA-FEIRA EM TODO PAÍS.
#Motoristas devem paralisar as atividades no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido em busca de melhores condições de trabalho.
Motoristas cadastrados em aplicativos de transporte estão organizando, para esta quarta-feira (8/5) uma paralisação mundial. Organizado principalmente por condutores de Estados Unidos, Reino Unido e Brasil, o movimento busca pressionar as empresas a melhorar as condições oferecidas aos prestadores de serviço.
A escolha da data se deve ao fato de a Uber, uma das maiores do ramo, lançar neste dia uma oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Valores de Nova York. Com a entrada na Bolsa, a empresa busca um valor de mercado de U$ 90 bilhões — sua principal concorrente nos Estados Unidos, a Lyft, estreou com valor de U$24,3 bilhões.
Nas redes sociais, principalmente no Facebook, Youtube e Whatsapp, os trabalhadores têm se organizado e pedido união e adesão à paralisação, batizada de "Uber Off". No Brasil, os motoristas orientam que seus colegas desliguem os aplicativos por 24 horas.
Em grupos fechados do Facebook, o movimento é tema majoritário nos posts. "Amanhã, milhões de motoristas pelo mundo simplesmente não vão ligar seus aplicativos para mostrar para as gigantes de mobilidade que eles estão cansados da falta de transparência, da exploração e que sem eles essas empresas simplesmente não funcionam! A luta é por dignidade, taxas justas e transparência!” escreve um dos membros.
Risco: Felipe Giunti, 36 anos, é motorista de aplicativo de caronas e vai participar da paralisação amanhã. Ele conta que deixou de trabalhar somente com o aplicativo porque a renda era insuficiente e o risco, grande. "A grana que fazia não me dava segurança de nada, até porque tinha custos do carro como manutenção, seguro e extras. Além de risco de batida, sequestro, assalto e até morte."
Para Felipe, os motoristas sofrem com uma relação injusta com as empresas. "Precisa rodar muito para fazer dinheiro. Acho abusivo demais. Na minha opinião, as empresas deveriam diminuir as taxas recolhidas, o número de carros cadastrados e excluir motoristas que são mal avaliados, mas com ressalvas de critérios pertinentes", avalia.
Em São Paulo, um ato está programado para ocorrer às 8h no Vale do Anganhabaú. De lá, os motoristas pretendem marchar até o prédio da Bolsa de Valores. Em Brasília, a reportagem não identificou nenhum ato marcado.
Reivindicações: Fabrício Tairo Mattos, 28, é advogado de motoristas de aplicativo. Ele explica que a reivindicação dos motoristas se dá pelas taxas, que não são fixas. "Esses aplicativos têm uma taxa que é descontada nas corridas. É uma tarifa dinâmica, que calcula quilômetro corrido e tempo, mas isso acaba surpreendendo quando, por exemplo, em uma corrida mais lucrativa, os descontos são maiores. Quando elas passam de 30, 40 reais, existem tarifas de 40% a 50%. A reclamação é essa, eles desejam a adoção de uma taxa fixa", diz.
Mattos explica, no entanto, que a imposição de uma taxa móvel não é ilegal e que a paralisação dos motoristas é por vontade de maior autonomia no setor. "Não é ilegal. Os motoristas acabam entrando no aplicativo, mas não têm muito poder de discussão. Com essa taxa de desemprego, esse trabalho é a única alternativa para muitos. É raro você não ver motorista trabalhar 12, 14 horas seguidas, enquanto trabalhador comum trabalha geralmente 8 horas. O correto seria pôr uma taxa fixa, mas, atualmente, poucos aplicativos adotam a taxa fixa”, explica. Até o fechamento da matéria, a Uber não se posicionou sobre o assunto.
Motoristas cadastrados em aplicativos de transporte estão organizando, para esta quarta-feira (8/5) uma paralisação mundial. Organizado principalmente por condutores de Estados Unidos, Reino Unido e Brasil, o movimento busca pressionar as empresas a melhorar as condições oferecidas aos prestadores de serviço.
A escolha da data se deve ao fato de a Uber, uma das maiores do ramo, lançar neste dia uma oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Valores de Nova York. Com a entrada na Bolsa, a empresa busca um valor de mercado de U$ 90 bilhões — sua principal concorrente nos Estados Unidos, a Lyft, estreou com valor de U$24,3 bilhões.
Nas redes sociais, principalmente no Facebook, Youtube e Whatsapp, os trabalhadores têm se organizado e pedido união e adesão à paralisação, batizada de "Uber Off". No Brasil, os motoristas orientam que seus colegas desliguem os aplicativos por 24 horas.
Em grupos fechados do Facebook, o movimento é tema majoritário nos posts. "Amanhã, milhões de motoristas pelo mundo simplesmente não vão ligar seus aplicativos para mostrar para as gigantes de mobilidade que eles estão cansados da falta de transparência, da exploração e que sem eles essas empresas simplesmente não funcionam! A luta é por dignidade, taxas justas e transparência!” escreve um dos membros.
Risco: Felipe Giunti, 36 anos, é motorista de aplicativo de caronas e vai participar da paralisação amanhã. Ele conta que deixou de trabalhar somente com o aplicativo porque a renda era insuficiente e o risco, grande. "A grana que fazia não me dava segurança de nada, até porque tinha custos do carro como manutenção, seguro e extras. Além de risco de batida, sequestro, assalto e até morte."
Para Felipe, os motoristas sofrem com uma relação injusta com as empresas. "Precisa rodar muito para fazer dinheiro. Acho abusivo demais. Na minha opinião, as empresas deveriam diminuir as taxas recolhidas, o número de carros cadastrados e excluir motoristas que são mal avaliados, mas com ressalvas de critérios pertinentes", avalia.
Em São Paulo, um ato está programado para ocorrer às 8h no Vale do Anganhabaú. De lá, os motoristas pretendem marchar até o prédio da Bolsa de Valores. Em Brasília, a reportagem não identificou nenhum ato marcado.
Reivindicações: Fabrício Tairo Mattos, 28, é advogado de motoristas de aplicativo. Ele explica que a reivindicação dos motoristas se dá pelas taxas, que não são fixas. "Esses aplicativos têm uma taxa que é descontada nas corridas. É uma tarifa dinâmica, que calcula quilômetro corrido e tempo, mas isso acaba surpreendendo quando, por exemplo, em uma corrida mais lucrativa, os descontos são maiores. Quando elas passam de 30, 40 reais, existem tarifas de 40% a 50%. A reclamação é essa, eles desejam a adoção de uma taxa fixa", diz.
Mattos explica, no entanto, que a imposição de uma taxa móvel não é ilegal e que a paralisação dos motoristas é por vontade de maior autonomia no setor. "Não é ilegal. Os motoristas acabam entrando no aplicativo, mas não têm muito poder de discussão. Com essa taxa de desemprego, esse trabalho é a única alternativa para muitos. É raro você não ver motorista trabalhar 12, 14 horas seguidas, enquanto trabalhador comum trabalha geralmente 8 horas. O correto seria pôr uma taxa fixa, mas, atualmente, poucos aplicativos adotam a taxa fixa”, explica. Até o fechamento da matéria, a Uber não se posicionou sobre o assunto.
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