GIRO DA NOTÍCIA

APÓS CRIMINALIZAÇÃO - HOMENS SÃO PRESOS POR HOMOFOBIA EM GOIÂNIA.

#Crime aconteceu no último dia 6 de julho, no Setor Bueno, na capital goiana. Imagens de câmeras de segurança mostraram quando os autores correm atrás e batem no rapaz.




A Polícia Civil de Goiás prendeu dois estudantes de 20 anos suspeitos de agredir um jovem, de 24 anos em Goiânia. Segundo a denúncia, a vítima teria sido agredida por ser homossexual.

O crime aconteceu no último dia 6 de julho, no Setor Bueno, na capital goiana. Imagens de câmeras de segurança mostraram quando os autores correm atrás e batem no rapaz.

De acordo com informações preliminares, este pode ser o primeiro caso de prisão após a criminalização da homofobia no Brasil. A discriminação se tornou crime em junho, após intenso debate realizado ao longo de três meses no STF.

Segundo o delegado que investiga o caso, Carlos Caetano, um deles disse ter sido provocado pela vítima e por isso a agrediu com socos. O segundo nega qualquer agressão ao jovem. Ambos negaram que tudo ocorreu por homofobia.

A vítima afirmou aos policiais que foi xingado e agredido por três rapazes, dos quais dois correram atrás dele na rua.

Imagens de câmeras de segurança mostram o jovem caminhando e sendo abordado por dois homens. Um deles dá vários murros no rosto da vítima. Para tentar fugir das agressões, o rapaz corre.

Antes dos murros, o jovem disse que um terceiro homem, que não foi filmado pela câmera de segurança, jogou um copo de vidro no rosto dele. O rapaz contou que não conhecia os agressores.

Segundo o jovem, o homem que jogou o copo o xingou e disse que a vítima merecia morrer.

"Me xingando de 'viado', de 'bicha', falando que minha roupa era roupa de 'bicha', que eu tinha que morrer porque não é certo ser 'viado'. Que eu era 'viado' porque eu não apanhei o suficiente quando eu era criança. Que eles iam me ensinar a ser homem na porrada", contou.

O jovem fez exame de corpo de delito e registrou um boletim de ocorrências no 4º Distrito Policial de Goiânia. A polícia registrou inicialmente o caso como injúria e lesão corporal, mas será mudado para se enquadrar na Lei de Racismo.

De acordo coma decisão do STF, os casos de homofobia se enquadram nas mesma Lei de Racismo, que é um crime inafiançável e pode ser punido com um a cinco anos de prisão e, em alguns casos, pagamento de multa.

Investigação: O delegado Carlos Caetano, que apura o caso, disse que o registro inicial foi só uma direção para começar a investigar o caso.

"Ouvimos formalmente a vítima [terça-feira] e o meu entendimento leva a crer que foi um crime dentro da Lei de Racismo, de acordo como definiu o STF. [...] Estamos aguardando o resultado do exame de corpo de delito, mas as declarações da vítima e as imagens deixam claro que houve o crime", afirmou.

Defesa: Advogado que representa os dois suspeitos, Eduardo Brown disse que os seus clientes não são homofóbicos e que "são pessoas ilibadas e de boa índole, que convivem em sociedade em perfeita harmonia". Portanto, a defesa "refuta qualquer afirmação de crime motivado por descriminação sexual".

Polícia prende homofobicos em Goiânia

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