GIRO DA NOTÍCIA

4 ESTADOS DO NORTE RECEBEM AJUDA DAS FORÇAS ARMADAS COM 44 MIL HOMENS PARA COMBATER AS QUEIMADAS.

#Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará pediram ajuda do Executivo federal para combater incêndios florestais. Ao todo cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.




O governo federal confirmou neste sábado (24) que os estados de Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará pediram ajuda do Executivo federal para combater incêndios florestais. Segundo o Ministério da Defesa, cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.

A confirmação foi feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante entrevista à imprensa. Salles participou de uma reunião na manhã deste sábado com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

Na sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou o decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

Segundo o ministro da Defesa, a adesão dos governos locais é importante para que o trabalho de combate a crimes ambientais e a incêndios não se limitem às áreas federais.

"É importante a adesão dos governos senão nós vamos ficar limitados às áreas federais, que são as unidades de conservação e as terras indígenas. Já é alguma coisa, mas não é o suficiente. Tem que ser uma união de todos. Todo mundo ajudando é melhor", disse o ministro.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que os estados terão apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos que pertencem à pasta, para o combate aos incêndios.

"Não é possível desenvolver atividades de fiscalização sem o apoio estadual. Com a GLO Ambiental tenho certeza que, com envolvimento do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, teremos muita efetividade naquilo que já vínhamos tentando fazer com muita força desde o início do ano", afirmou.

Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas, que coordena as operações, as primeiras medidas foram tomadas neste sábado. Um helicóptero do Ibama e dois aviões de combate a incêndios serão enviados para Porto Velho.

Um centro de operações instalado no ministério coordena as ações.

Trabalho iniciado: Aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) começaram a ser utilizados hoje no combate às queimadas na Amazônia, informou o governo federal.

Segundo comunicado oficial, dois aviões C-130 Hércules já estão sendo usados para conter as chamas, partindo de Porto Velho, capital de Rondônia.

As aeronaves têm capacidade para carregar até 12.000 litros d'água, segundo a Aeronáutica. O lançamento dura sete segundos, e a água se espalha por uma linha de 500 metros.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou decreto para autorizar a atuação de militares das Forças Armadas no combate às queimadas na Amazônia por pelo menos um mês. De início, o governo mobilizará tropas em quatro estados: Rondônia, Roraima, Tocantins e Pará.

Hoje de manhã, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou que negocia com o Ministério da Fazenda a liberação de R$ 28 milhõespara o combate ao fogo.
Queimadas dispararam em agosto

As queimadas na Amazônia dispararam em agosto, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que faz monitoramento de focos de incêndio via satélite.

Até ontem, houve 31.375 focos de incêndio registrados em agosto nos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) -- mais de três vezes o número de julho (8.876).

O avanço das queimadas na Amazônia atraiu a atenção de políticos e celebridades, principalmente no exterior, colocando o governo Bolsonaro sob uma pressão externa inédita nestes primeiros oito meses de mandato.

Hoje, na reunião do G7, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu a "mobilização de todas as potências" contra as queimadas na Amazônia. Ele defendeu também o bloqueio do recente acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que demorou duas décadas para ser finalizado -- Reino Unido, Alemanha e Espanha discordaram da posição francesa.

O governo brasileiro, por sua vez, espera que os EUA barrem qualquer conversa sobre a Amazônia no G7, defendendo que só aceitarão dialogar sobre o tema com a presença do Brasil.

Em pronunciamento feito ontem em rede nacional, Bolsonaro afirmou que incêndios florestais acontecem em todo o mundo e não podem "servir de pretexto para sanções internacionais".

4 estados do Norte recebem ajuda das forças armadas

Nenhum comentário