SALVADOR GASTA R$ 19 MILHÕES POR MÊS COM COLETA DE LIXO - APENAS 1% DO MATERIAL É RECICLADO.
#Prefeitura de Salvador R$ 19 milhões por mês, mais de R$ 200 milhões por ano. Todos os dias são recolhidos 2.930 toneladas de resíduos sólidos domiciliares e 2.638 toneladas de resíduos de construção e demolição em Salvador.
Todos os dias são recolhidos 2.930 toneladas de resíduos sólidos domiciliares e 2.638 toneladas de resíduos de construção e demolição em Salvador, segundo a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
Mesmo assim, baianos e turistas reclamam do mau cheiro e sujeira que tomam conta da cidade e disputam a atenção com os pontos turísticos na capital.
A publicitária Adriana Ribeiro, 35 anos, diz que a situação é perceptível principalmente no Centro de Salvador. A deficiência na coleta de lixo na localidade apontada pela baiana fica a cargo da empresa de engenharia Revita, que também é responsável por 60% da coleta de lixo na cidade.
As outras regiões são divididas entre as empresas Torre (15%), Jotagê (15%) e Viva (10%).
O negócio é bastante rentável e custa à Prefeitura de Salvador R$ 19 milhões por mês, mais de R$ 200 milhões por ano. O contrato com as empresas foi firmado em 2010, quando João Henrique administrava a cidade, e tem validade de um ano, renovável por mais seis anos.
Os depósitos de lixo a céu aberto são bem democráticos, vão desde o Campo Grande, passando pela Graça, Vitória, entre outros bairros nobres de Salvador, até chegar ao Centro da cidade, onde é possível encontrar farto material descartado pela população.
Em um bairro da capital baiana, moradores tiveram uma ideia bem humorada e colocaram uma placa em um poste com a súplica: “leve logo”, para tentar garantir a coleta de lixo na rua 11 de Agosto, no bairro da Federação. Mas o pedido foi em vão, pois, mesmo assim, a concentração de resíduos domésticos ‘ornamenta’ a via.
Segundo a Limpurb, o recolhimento dos resíduos leva em consideração fatores como urbanização e manutenção do logradouro (acessibilidade, pavimentação, fluxo de veículos, inclinação da via, uso e ocupação do solo, iluminação, entre outros), como também, a segurança da localidade.
Apesar do cenário, a Limpurb afirma que “as empresas estão atendendo a demanda”, mas não é muito difícil se deparar com lixo em algumas regiões da cidade, tirando o sossego da população e irritando o olfato alheio.
As quatro empresas responsáveis pela coleta de lixo em Salvador foram procuradas pela reportagem do R7 Bahia, mas apenas a Revita falou sobre o assunto.
A empresa afirmou que conta com 1.731 funcionários em horários fixos e 150 profissionais terceirizados para realizar a coleta. Mesmo assim, é possível encontrar lixo em regiões onde a coleta deveria ser realizada diariamente ou em dias alternados pela Revita, a exemplo do bairro da Federação e na Orla.
A Jotagê engenharia também foi procurada, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o problema. A Torres engenharia disse que responderia as questões por e-mail, mas até o publicação da matéria ninguém se pronunciou. A Viva não foi procurada porque representa apenas 10% da coleta.
Em uma cidade que vive do turismo, administrar a sujeira deixada pelas empresas que não fazem a coleta corretamente, acabada ficando uma conta muita cara para baianos e visitantes.
Turista: O japonês Hideki Hayashi, 37 anos, que chegou a Salvador há quase um mês, concorda que a cidade cheira mal, principalmente nos pontos turísticos. A capital japonesa é uma das cidades mais limpas do mundo.
Um dos principais atrativos para os turistas, a Orla da capital também não foi poupada e serve de depósito para o lixo produzido pela população. Em algumas localidades como Rio Vermelho e Amaralina é possível encontrar lixo acumulado nos passeios, disputando espaços com os pedestres e a paisagem local.
Hayashi é contra projetos de leis que multam quem joga lixo nas ruas, como acontece no Rio De Janeiro. Apesar de a medida ter reduzido o número de resíduo recolhido do chão, o japonês diz que essa não seria a solução.
Projeto de Lei: A poluição visual e do meio ambiente deixada pelo lixo que é jogado nas ruas chamou a atenção do vereador Marcell Moraes (PV), que criou uma proposta do projeto de Lei sobre a proibição de jogar lixo nos logradouros públicos de Salvador, inspirada no Rio de Janeiro.
O vereador afirma que a ideia não é multar as pessoas, mas contribuir para a conscientização da população.
- A punição para as pessoas que jogam lixo nos espaços públicos não necessariamente é uma multa, ela a principio vem em forma de ação. Em um primeiro momento o infrator receberia uma advertência verbal, assim como, seria encaminhado para atividades socioeducativas ligadas a questões socioambientais, somente no caso de reincidência que haveria a punição através de multa.
Apesar de muitas pessoas reclamarem da falta de lixeiras na cidade, o vereador diz que o problema não é somente esse. Para Marcell Moraes é preciso investir em ações educativas, de coleta seletiva, gestão dos resíduos sólidos etc..
- É necessário que se invista em programas de economia criativa ligados a materiais recicláveis e que fomentem a ação de cooperativas e organizações não governamentais que atuam com esses materiais chamados de “lixo”, é necessário que seja quebrado esse paradigma do lixo como problema, é necessário conscientizar os cidadãos da potencialidade econômica do lixo e dos malefícios ao meio ambiente ao serem despejados em qualquer lugar e/ou em quaisquer condições.
Todos os dias são recolhidos 2.930 toneladas de resíduos sólidos domiciliares e 2.638 toneladas de resíduos de construção e demolição em Salvador, segundo a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
Mesmo assim, baianos e turistas reclamam do mau cheiro e sujeira que tomam conta da cidade e disputam a atenção com os pontos turísticos na capital.
A publicitária Adriana Ribeiro, 35 anos, diz que a situação é perceptível principalmente no Centro de Salvador. A deficiência na coleta de lixo na localidade apontada pela baiana fica a cargo da empresa de engenharia Revita, que também é responsável por 60% da coleta de lixo na cidade.
As outras regiões são divididas entre as empresas Torre (15%), Jotagê (15%) e Viva (10%).
O negócio é bastante rentável e custa à Prefeitura de Salvador R$ 19 milhões por mês, mais de R$ 200 milhões por ano. O contrato com as empresas foi firmado em 2010, quando João Henrique administrava a cidade, e tem validade de um ano, renovável por mais seis anos.
Os depósitos de lixo a céu aberto são bem democráticos, vão desde o Campo Grande, passando pela Graça, Vitória, entre outros bairros nobres de Salvador, até chegar ao Centro da cidade, onde é possível encontrar farto material descartado pela população.
Em um bairro da capital baiana, moradores tiveram uma ideia bem humorada e colocaram uma placa em um poste com a súplica: “leve logo”, para tentar garantir a coleta de lixo na rua 11 de Agosto, no bairro da Federação. Mas o pedido foi em vão, pois, mesmo assim, a concentração de resíduos domésticos ‘ornamenta’ a via.
Segundo a Limpurb, o recolhimento dos resíduos leva em consideração fatores como urbanização e manutenção do logradouro (acessibilidade, pavimentação, fluxo de veículos, inclinação da via, uso e ocupação do solo, iluminação, entre outros), como também, a segurança da localidade.
Apesar do cenário, a Limpurb afirma que “as empresas estão atendendo a demanda”, mas não é muito difícil se deparar com lixo em algumas regiões da cidade, tirando o sossego da população e irritando o olfato alheio.
As quatro empresas responsáveis pela coleta de lixo em Salvador foram procuradas pela reportagem do R7 Bahia, mas apenas a Revita falou sobre o assunto.
A empresa afirmou que conta com 1.731 funcionários em horários fixos e 150 profissionais terceirizados para realizar a coleta. Mesmo assim, é possível encontrar lixo em regiões onde a coleta deveria ser realizada diariamente ou em dias alternados pela Revita, a exemplo do bairro da Federação e na Orla.
A Jotagê engenharia também foi procurada, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o problema. A Torres engenharia disse que responderia as questões por e-mail, mas até o publicação da matéria ninguém se pronunciou. A Viva não foi procurada porque representa apenas 10% da coleta.
Em uma cidade que vive do turismo, administrar a sujeira deixada pelas empresas que não fazem a coleta corretamente, acabada ficando uma conta muita cara para baianos e visitantes.
Turista: O japonês Hideki Hayashi, 37 anos, que chegou a Salvador há quase um mês, concorda que a cidade cheira mal, principalmente nos pontos turísticos. A capital japonesa é uma das cidades mais limpas do mundo.
Um dos principais atrativos para os turistas, a Orla da capital também não foi poupada e serve de depósito para o lixo produzido pela população. Em algumas localidades como Rio Vermelho e Amaralina é possível encontrar lixo acumulado nos passeios, disputando espaços com os pedestres e a paisagem local.
Hayashi é contra projetos de leis que multam quem joga lixo nas ruas, como acontece no Rio De Janeiro. Apesar de a medida ter reduzido o número de resíduo recolhido do chão, o japonês diz que essa não seria a solução.
Projeto de Lei: A poluição visual e do meio ambiente deixada pelo lixo que é jogado nas ruas chamou a atenção do vereador Marcell Moraes (PV), que criou uma proposta do projeto de Lei sobre a proibição de jogar lixo nos logradouros públicos de Salvador, inspirada no Rio de Janeiro.
O vereador afirma que a ideia não é multar as pessoas, mas contribuir para a conscientização da população.
- A punição para as pessoas que jogam lixo nos espaços públicos não necessariamente é uma multa, ela a principio vem em forma de ação. Em um primeiro momento o infrator receberia uma advertência verbal, assim como, seria encaminhado para atividades socioeducativas ligadas a questões socioambientais, somente no caso de reincidência que haveria a punição através de multa.
Apesar de muitas pessoas reclamarem da falta de lixeiras na cidade, o vereador diz que o problema não é somente esse. Para Marcell Moraes é preciso investir em ações educativas, de coleta seletiva, gestão dos resíduos sólidos etc..
- É necessário que se invista em programas de economia criativa ligados a materiais recicláveis e que fomentem a ação de cooperativas e organizações não governamentais que atuam com esses materiais chamados de “lixo”, é necessário que seja quebrado esse paradigma do lixo como problema, é necessário conscientizar os cidadãos da potencialidade econômica do lixo e dos malefícios ao meio ambiente ao serem despejados em qualquer lugar e/ou em quaisquer condições.
Salvador gasta R$ 19 milhões com coleta de lixo |
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