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TEATROS MUNICIPAIS PASSAM POR REFORMA EM SÃO PAULO E RECEBEM AUMENTO DE PÚBLICO.

#Teatros e centros culturais reuniram 664 mil espectadores. O número ultrapassa o total de 612 263 registrado durante o ano de 2018. A expectativa é fechar 2019 com um público de 1 milhão de pessoas. A verba anual da Secretaria é de 5, 5 milhões de reais (de um total de 435 milhões de reais do orçamento dessa secretaria).






Uma surpreendente movimentação, com direito a pipoqueiros na porta, vem sendo percebida nos últimos meses diante dos teatros da prefeitura de São Paulo. Espalhadas por Santana, Santo Amaro, Vila Clementino, Lapa, Mooca e Vila Formosa, entre outros bairros, estão dez confortáveis casas de espetáculos, sete delas teatros de rua e outras três situadas em centros culturais. Os ingressos não ultrapassam os 40 reais ou, algumas vezes, são gratuitos. Apesar disso, esses teatros eram rejeitados pelos artistas por ser conhecidos como “cemitérios de público”. Encontrar uma média de dez gatos-pingados por sessão se fazia rotina e de nada adiantava a produção ter equipe técnica disponível e isenção no aluguel. O espectador ignorava as atrações oferecidas.

O cenário começou a mudar com a posse, em abril, do ator e diretor Pedro Granato como coordenador dos centros culturais e teatros do município. Com uma proposta de descentralização na curadoria, programação regular de acordo com o perfil do espaço e divulgação forte nos bairros, Granato alcançou um significativo resultado na ocupação. Também se tornou comum ver nos palcos municipais atores conhecidos como Renato Borghi, Miriam Mehler ou Denise Weinberg. O público da comédia As Atrizes, escrita por Juca de Oliveira, ultrapassou 1 500 pessoas em seis noites de agosto no Teatro João Caetano. Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante, drama com a atriz Débora Falabella, encerra temporada no tradicional Anchieta do Sesc Consolação neste domingo (6) e ocupa a sala da Vila Clementino a partir da quinta (10). “Débora tem grande apelo popular e, no João Caetano, não interessa levar setenta ou oitenta pessoas, queremos casa cheia”, afirma Granato.

Até o fim de agosto, os teatros e centros culturais reuniram 664 000 espectadores. O número ultrapassa o total de 612 263 registrado durante o ano de 2018. A expectativa é fechar 2019 com um público de 1 milhão de pessoas. A verba anual da Secretaria Municipal de Cultura destinada para a contratação de espetáculos e realização de oficinas é de 5, 5 milhões de reais (de um total de 435 milhões de reais do orçamento dessa secretaria).

O Teatro Alfredo Mesquita, em Santana, deu um salto com peças leves e de temática regional, como Di Repente. Na Lapa, o Cacilda Becker recebe atrações mais intelectualizadas, como Ricardo III ou Cenas da Vida de Meierhold, dirigida por Clara Carvalho. O humorista Oscar Filho fez rir o Martins Penna, na Penha. O Décio de Almeida Prado, no Itaim Bibi, prioriza montagens LGBT e, depois do sucesso de Eu Sei Exatamente Como Você Se Sente e Lembro Todo Dia de Você, comandadas por Zé Henrique de Paula, abre pauta para o ator Eduardo Martini com um festival da diversidade. As peças Angel, Depois Daquela Noite e Chorávamos Terra Ontem à Noite estreiam nesta semana. “Existe um grande público para as temáticas LGBT e negra, assim como muitos desejam ver comédias do Juca de Oliveira ou clássicos do Grupo Tapa, então queremos essa abrangência em cena”, declara Granato, que, para 2020, convidou as companhias Clowns de Shakespeare e Dos à Deux para temporadas na cidade.

Teatros de SP passam por reforma

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