GIRO DA NOTÍCIA

MAIS DE 700 LOCALIDADES FORAM AFETADAS PELO ÓLEO PRETO NA COSTA DO PAÍS.

leo já afetou 141 animais na costa, de acordo com outro balanço do Ibama, publicado na quarta (20). Desses, 100 foram localizados mortos e apenas 41 sobreviveram. As tartarugas marinhas são as mais atingidas: 96 tartarugas, de diferentes espécies, foram contaminadas.





As manchas de óleo que contaminam o litoral brasileiro desde o final de agosto chegaram a 720 localidades. O dado é do último levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), divulgado nesta quinta-feira (21).

Ao todo, 72% dos municípios do litoral nordestino foram contaminados desde o início do desastre ambiental. Das 117 cidades afetadas, 112 estão no Nordeste e 5 no Espírito Santo, primeiro estado do Sudeste atingido pelas manchas. Segundo o IBGE, existem 156 municípios no litoral nordestino.

O óleo já afetou 141 animais na costa, de acordo com outro balanço do Ibama, publicado na quarta (20). Desses, 100 foram localizados mortos e apenas 41 sobreviveram. As tartarugas marinhas são as mais atingidas: 96 tartarugas, de diferentes espécies, foram contaminadas.

A investigação para determinar a origem do óleo que contamina as praias brasileiras ainda não foi concluída. Até o momento, ninguém foi indiciado pela Polícia Federal, que acompanha o caso.

Investigação federal: A busca pela origem do material que contamina a costa foi alvo de críticas de ambientalistas, que avaliam que o governo demorou a agir. As primeiras manchas de óleo foram localizadas na Paraíba no dia 30 de agosto.

Segundo órgãos federais, a substância é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impactos nas cidades litorâneas.

Uma investigação da Polícia Federal aponta que o navio grego Bouboulina é o principal suspeito pelo vazamento. A embarcação carregou 1 milhão de barris de petróleo Merey 16 cru no Porto José, na Venezuela, no dia 15 de julho e zarpou em direção à Malásia, passando pelo litoral da Paraíba no dia 28 de julho.

A empresa Delta Tankers, responsável pelo navio, afirma ter provas de que o Bouboulina não tem relação com o incidente. A Delta foi notificada pela Marinha brasileira junto com responsáveis por outras quatro embarcações de bandeira grega.

Na última sexta-feira (15) a consultoria americana SkyTruth publicou um artigo dizendo que não concorda com a análise que chegou ao Bouboulina. A organização, especializada em monitorar os oceanos por meio de imagens de satélite, disse que não viu "nenhuma evidência convincente de manchas ou fontes de óleo nas imagens" e que "não concorda" com as análises publicadas "por outras pessoas que alegam ter resolvido o mistério."


Dentre os cinco navios gregos notificados pela Marinha do Brasil na investigação sobre o vazamento de óleo, dois não transportaram petróleo da Venezuela no período de julho até setembro. A Petrobras disse, no último dia 25, que o material encontrado nas praias nordestinas é petróleo bruto originário de três diferentes campos da Venezuela.

Mais de 700 localidades foram afetadas pelo óleo

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