MAIORIA DOS BRASILEIROS DEFENDEM EDUCAÇÃO GRATUITA DESDE A CRECHE AO ENSINO SUPERIOR.
#Oferta de educação universal gratuita é majoritário por 70% no caso das creches, 79% no do ensino fundamental e médio e 67% no do ensino superior.
A maior parte da população brasileira considera que o governo deve oferecer educação a todos, e não apenas aos que não podem pagar, da creche à universidade, mostra pesquisa Datafolha. A opinião é compartilhada por 70% no caso das creches, 79% no do ensino fundamental e médio e 67% no do ensino superior.
A proporção dos que consideram que o Estado só deve oferecer educação a quem não pode pagar varia de 18% no caso do nível fundamental e médio a 28% e 29% no caso das creches e do superior.
Foram realizadas para a pesquisa 2.948 entrevistas em todo o Brasil nos dias 5 e 6 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O apoio à oferta de educação universal gratuita é majoritário para todos os níveis de ensino e aparece em todos os recortes do levantamento: por cor, gênero, escolaridade, idade, ocupação, região, religião, renda, porte do município, partido de preferência, avaliação do governo Jair Bolsonaro, confiança no presidente e autoclassificação política.
Em alguns segmentos, porém, a defesa da gratuidade apenas para os que não podem pagar é maior do que a média, ainda que minoritária. Entre eles estão o dos menos escolarizados, o dos mais pobres, o dos mais velhos e o dos que se dizem à direita no espectro ideológico.
A Constituição brasileira prevê que o ensino deve ser gratuito em estabelecimentos oficiais. Em 2017, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que a definição não vale para cursos de especialização lato sensu oferecidos por universidades públicas, que podem ser pagos.
Alguns projetos no Congresso tentam mudar a lei para possibilitar a cobrança em todo o ensino superior. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já declarou que é contrário ao pagamento da graduação em universidades públicas, mas defendeu que isso ocorra em alguns cursos de pós-graduação.
Como ele, a pesquisa Datafolha mostrou que a maioria dos entrevistados que aprovam a gestão Bolsonaro concorda que o governo deve oferecer ensino superior a todos e não só a quem pode pagar.
O mesmo se dá entre os que se classificam à direita do espectro político: 61% compartilham dessa opinião.
O percentual é menor do que o de 67% dos que se situam à esquerda. As pessoas que se autodefinem como de centro-esquerda e de centro são as que expressam maior apoio à gratuidade universal (73%).
Considerando-se a idade, entre os mais velhos há uma fatia maior de pessoas que defendem que o governo só ofereça ensino superior a quem não pode pagar. Essa é a opinião de 36% dos entrevistados com 60 anos ou mais. O índice cai para 23% na faixa de 16 a 24 anos.
Os mais pobres e menos escolarizados também tendem a defender mais do que a média a gratuidade apenas para quem precisa.
É a avaliação de 34% das pessoas com até o ensino fundamental, contra 25% das que têm nível superior; e de 31% dos que ganham até dois salários mínimos, ante 22% dos que recebem mais de dez salários mínimos.
Entre os argumentos de quem é a favor da cobrança no ensino superior estão o de que a gratuidade é regressiva, pois pobres acabam por pagar faculdade para pessoas com melhores condições, e o de que o dinheiro poderia contribuir para o caixa das universidades.
Já quem é contra pondera que o recurso arrecadado não chegaria perto de cobrir as altas despesas do setor, que incluem gastos com pesquisa e extensão, e que a justiça fiscal se resolve não com mensalidade mas com um sistema tributário que cobre mais daqueles mais ricos.
Outros países
Estudo anual da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), com dados de 2017 e 2018, mostra que cerca de um terço dos países da entidade não cobram nada de seus estudantes no ensino superior público, como Dinamarca, Eslovênia e Noruega.
Outros dois, França e Alemanha, cobram um valor médio menor, a título de taxa de administração –US$ 237 e US$ 133 pelo ano todo, respectivamente, em valores convertidos para igualar o poder de compra em cada local.
Os sistemas francês e alemão estão incluídos na parcela de um terço dos países que a OCDE considera cobrar valores de baixos a moderados (média de até US$ 2.600 ao ano, também considerando o poder de compra).
O outro terço demanda pagamentos classificados como altos, que vão a uma média de até US$ 11.896 ao ano no caso da instituições de ensino mantidas pelo governo na Inglaterra, levando-se em conta a mesma conversão. Também estão no grupo Austrália e Estados Unidos.
O patamar de bolsas e auxílios públicos para os alunos varia de acordo com o país.
Entre as nações que oferecem crédito estudantil, há dois sistemas: os que exigem pagamento em um período predeterminado e os que permitem o reembolso de acordo com a renda, incluindo o perdão da dívida depois de algum tempo.
Diversos países adotaram essa segunda modalidade —considerada, segundo o relatório, mais custosa para o governo, mas menos desigual— nas últimas décadas. Entre eles estão a Austrália e o Reino Unido. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A maior parte da população brasileira considera que o governo deve oferecer educação a todos, e não apenas aos que não podem pagar, da creche à universidade, mostra pesquisa Datafolha. A opinião é compartilhada por 70% no caso das creches, 79% no do ensino fundamental e médio e 67% no do ensino superior.
A proporção dos que consideram que o Estado só deve oferecer educação a quem não pode pagar varia de 18% no caso do nível fundamental e médio a 28% e 29% no caso das creches e do superior.
Foram realizadas para a pesquisa 2.948 entrevistas em todo o Brasil nos dias 5 e 6 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O apoio à oferta de educação universal gratuita é majoritário para todos os níveis de ensino e aparece em todos os recortes do levantamento: por cor, gênero, escolaridade, idade, ocupação, região, religião, renda, porte do município, partido de preferência, avaliação do governo Jair Bolsonaro, confiança no presidente e autoclassificação política.
Em alguns segmentos, porém, a defesa da gratuidade apenas para os que não podem pagar é maior do que a média, ainda que minoritária. Entre eles estão o dos menos escolarizados, o dos mais pobres, o dos mais velhos e o dos que se dizem à direita no espectro ideológico.
A Constituição brasileira prevê que o ensino deve ser gratuito em estabelecimentos oficiais. Em 2017, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que a definição não vale para cursos de especialização lato sensu oferecidos por universidades públicas, que podem ser pagos.
Alguns projetos no Congresso tentam mudar a lei para possibilitar a cobrança em todo o ensino superior. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já declarou que é contrário ao pagamento da graduação em universidades públicas, mas defendeu que isso ocorra em alguns cursos de pós-graduação.
Como ele, a pesquisa Datafolha mostrou que a maioria dos entrevistados que aprovam a gestão Bolsonaro concorda que o governo deve oferecer ensino superior a todos e não só a quem pode pagar.
O mesmo se dá entre os que se classificam à direita do espectro político: 61% compartilham dessa opinião.
O percentual é menor do que o de 67% dos que se situam à esquerda. As pessoas que se autodefinem como de centro-esquerda e de centro são as que expressam maior apoio à gratuidade universal (73%).
Considerando-se a idade, entre os mais velhos há uma fatia maior de pessoas que defendem que o governo só ofereça ensino superior a quem não pode pagar. Essa é a opinião de 36% dos entrevistados com 60 anos ou mais. O índice cai para 23% na faixa de 16 a 24 anos.
Os mais pobres e menos escolarizados também tendem a defender mais do que a média a gratuidade apenas para quem precisa.
É a avaliação de 34% das pessoas com até o ensino fundamental, contra 25% das que têm nível superior; e de 31% dos que ganham até dois salários mínimos, ante 22% dos que recebem mais de dez salários mínimos.
Entre os argumentos de quem é a favor da cobrança no ensino superior estão o de que a gratuidade é regressiva, pois pobres acabam por pagar faculdade para pessoas com melhores condições, e o de que o dinheiro poderia contribuir para o caixa das universidades.
Já quem é contra pondera que o recurso arrecadado não chegaria perto de cobrir as altas despesas do setor, que incluem gastos com pesquisa e extensão, e que a justiça fiscal se resolve não com mensalidade mas com um sistema tributário que cobre mais daqueles mais ricos.
Outros países
Estudo anual da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), com dados de 2017 e 2018, mostra que cerca de um terço dos países da entidade não cobram nada de seus estudantes no ensino superior público, como Dinamarca, Eslovênia e Noruega.
Outros dois, França e Alemanha, cobram um valor médio menor, a título de taxa de administração –US$ 237 e US$ 133 pelo ano todo, respectivamente, em valores convertidos para igualar o poder de compra em cada local.
Os sistemas francês e alemão estão incluídos na parcela de um terço dos países que a OCDE considera cobrar valores de baixos a moderados (média de até US$ 2.600 ao ano, também considerando o poder de compra).
O outro terço demanda pagamentos classificados como altos, que vão a uma média de até US$ 11.896 ao ano no caso da instituições de ensino mantidas pelo governo na Inglaterra, levando-se em conta a mesma conversão. Também estão no grupo Austrália e Estados Unidos.
O patamar de bolsas e auxílios públicos para os alunos varia de acordo com o país.
Entre as nações que oferecem crédito estudantil, há dois sistemas: os que exigem pagamento em um período predeterminado e os que permitem o reembolso de acordo com a renda, incluindo o perdão da dívida depois de algum tempo.
Diversos países adotaram essa segunda modalidade —considerada, segundo o relatório, mais custosa para o governo, mas menos desigual— nas últimas décadas. Entre eles estão a Austrália e o Reino Unido. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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Maioria dos brasileiros são favoráveis a educação grátis |
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