COVID-19 SE ESPALHOU MAIS DEVAGAR QUE H1N1.
#H1N1, responsável pela gripe A, teve 55.867 casos entre 24 de abril e 24 de junho de 2009, contra mais 88.948 pessoas doentes pelo 2019 n-CoV desde 31 de dezembro deste ano até 2 de março.
A comparação entre o total de países afetados na atual epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e na pandemia causada pelo H1N1 mostra que a Covid-19 teve número 41,8% inferior de territórios afetados. O cálculo considera igual período de dois meses no começo da circulação de cada vírus.
Por outro lado, se o novo coronavírus alcançou mais países do que a pandemia de H1N1, ele infectou mais pessoas, concentradas principalmente na China nos últimos dois meses.
O H1N1, responsável pela gripe A, teve 55.867 casos entre 24 de abril e 24 de junho de 2009, contra mais 88.948 pessoas doentes pelo 2019 n-CoV desde 31 de dezembro deste ano até 2 de março.
A epidemia do H1N1 começou no interior do México, tendo o primeiro boletim da OMS (Organização Mundial da Saúde) em 24 de abril de 2009. Sessenta dias depois, o Brasil tinha 334 casos e nenhuma morte. O primeiro registro no País ocorreu em 8 de abril daquele ano, 15 dias depois do início do monitoramento do órgão de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas).
No caso do coronavírus, 62 dias depois do alerta que apontou o surto na China, o Brasil tinha 2 casos confirmados. Levantamento feito pelo site G1 e publicado na segunda-feira (02) mostra que, até então, 41 dos 64 países tiveram casos importados. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o momento ainda é de trabalhar na contenção do vírus.
“Mais de 130 países não reportaram nenhum caso. Eu deixo a pergunta para vocês: isso não pode ser contido? Para nós, eu espero que fique claro, se render não é uma opção. Nós temos que fazer o melhor com uma estratégia de contenção”, declarou.
Diferença entre circulação do H1N1 e do coronavírus
A infectologista Nancy Bellei estuda a família coronavírus e, além disso, também acompanha a circulação do H1N1 no Brasil. Para Bellei, fatores geográficos, políticos e tecnológicos contribuíram para a disseminação do H1N1 em mais países, além das características particulares do vírus. Um deles é que ocorria uma demora maior da OMS para os testes diagnósticos há 10 anos – hoje, a tecnologia e o mapeamento genético baratearam e agilizaram o processo.
“Agora, a gente não tem problema em identificar um gene novo, a genética dos seres vivos está na nossa mão”. Outro ponto apontado pela pesquisadora é que, apesar da declaração de pandemia da OMS em 11 de junho de 2009, as barreiras internacionais contra a gripe A não foram estabelecidas como deveriam.
“Talvez porque era um vírus influenza. Havia uma preocupação da comunidade internacional de que fosse uma gripe aviária como a espanhola. Todo mundo achava que seria um H5N1. Mas rapidamente foi visto que tinham muitos casos em mais jovens e adultos, mas não havia a mortalidade da gripe espanhola”, disse Bellei.
Coronavírus: Apesar das barreiras implementadas pelo governo chinês ainda no primeiro mês de epidemia do 2019 n-CoV, o número de casos continuou a crescer. Porém, de fato, o maior número de registros está centralizado no país asiático e na província de Hubei – 5% das infecções estão em outros países do mundo.
Bellei avalia que o confinamento dos pacientes na China pode ter contribuído. Mesmo assim, de acordo com a médica, prever exatamente como será a disseminação nos próximos meses ainda depende de novos dados públicos sobre o novo vírus.
A comparação entre o total de países afetados na atual epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e na pandemia causada pelo H1N1 mostra que a Covid-19 teve número 41,8% inferior de territórios afetados. O cálculo considera igual período de dois meses no começo da circulação de cada vírus.
Por outro lado, se o novo coronavírus alcançou mais países do que a pandemia de H1N1, ele infectou mais pessoas, concentradas principalmente na China nos últimos dois meses.
O H1N1, responsável pela gripe A, teve 55.867 casos entre 24 de abril e 24 de junho de 2009, contra mais 88.948 pessoas doentes pelo 2019 n-CoV desde 31 de dezembro deste ano até 2 de março.
A epidemia do H1N1 começou no interior do México, tendo o primeiro boletim da OMS (Organização Mundial da Saúde) em 24 de abril de 2009. Sessenta dias depois, o Brasil tinha 334 casos e nenhuma morte. O primeiro registro no País ocorreu em 8 de abril daquele ano, 15 dias depois do início do monitoramento do órgão de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas).
No caso do coronavírus, 62 dias depois do alerta que apontou o surto na China, o Brasil tinha 2 casos confirmados. Levantamento feito pelo site G1 e publicado na segunda-feira (02) mostra que, até então, 41 dos 64 países tiveram casos importados. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o momento ainda é de trabalhar na contenção do vírus.
“Mais de 130 países não reportaram nenhum caso. Eu deixo a pergunta para vocês: isso não pode ser contido? Para nós, eu espero que fique claro, se render não é uma opção. Nós temos que fazer o melhor com uma estratégia de contenção”, declarou.
Diferença entre circulação do H1N1 e do coronavírus
A infectologista Nancy Bellei estuda a família coronavírus e, além disso, também acompanha a circulação do H1N1 no Brasil. Para Bellei, fatores geográficos, políticos e tecnológicos contribuíram para a disseminação do H1N1 em mais países, além das características particulares do vírus. Um deles é que ocorria uma demora maior da OMS para os testes diagnósticos há 10 anos – hoje, a tecnologia e o mapeamento genético baratearam e agilizaram o processo.
“Agora, a gente não tem problema em identificar um gene novo, a genética dos seres vivos está na nossa mão”. Outro ponto apontado pela pesquisadora é que, apesar da declaração de pandemia da OMS em 11 de junho de 2009, as barreiras internacionais contra a gripe A não foram estabelecidas como deveriam.
“Talvez porque era um vírus influenza. Havia uma preocupação da comunidade internacional de que fosse uma gripe aviária como a espanhola. Todo mundo achava que seria um H5N1. Mas rapidamente foi visto que tinham muitos casos em mais jovens e adultos, mas não havia a mortalidade da gripe espanhola”, disse Bellei.
Coronavírus: Apesar das barreiras implementadas pelo governo chinês ainda no primeiro mês de epidemia do 2019 n-CoV, o número de casos continuou a crescer. Porém, de fato, o maior número de registros está centralizado no país asiático e na província de Hubei – 5% das infecções estão em outros países do mundo.
Bellei avalia que o confinamento dos pacientes na China pode ter contribuído. Mesmo assim, de acordo com a médica, prever exatamente como será a disseminação nos próximos meses ainda depende de novos dados públicos sobre o novo vírus.
Covid-19 se espalhou de vagar em relação ao H1N1 |
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