MANAUS REGISTRA DEFICIT DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE POR CAUSA DA PANDEMIA GENERALIZADA.
#Amazonas é o quinto Estado com mais notificações, tem 2.044 casos registrados e 182 mortes, segundo o Ministério da Saúde. A secretária estadual da Saúde, Simone Papaiz, não reconhece colapso do sistema, mas admite sobrecarga.
No Serviço de Pronto Atendimento da Alvorada, na zona oeste de Manaus, os profissionais de saúde do local também se somam à lista de doentes: em uma semana, 52 testaram positivo para o novo coronavírus; no Amazonas, são 376 afastados. Houve ainda nove mortes – três médicos, quatro técnicos de enfermagem, um gestor e um profissional de outra categoria.
O Amazonas, quinto Estado com mais notificações, tem 2.044 casos registrados e 182 mortes, segundo o Ministério da Saúde. A secretária estadual da Saúde, Simone Papaiz, não reconhece colapso do sistema, mas admite sobrecarga. “Todas as unidades estão no seu limite máximo de capacidade operacional”, disse. “Isso impacta no atendimento.”
Do lado de fora, Anderson Rocha, de 37 anos, e o irmão André da Silva, de 39, aguardam a liberação da mãe, Elzanira, de 58 anos, e observam a a movimentação no necrotério. De acordo com ambos, foram dez mortes no período de espera. “Tem uma mulher lá que está esperando a mãe há dez dias. Daí de dentro, só está saindo morto”, afirmou André.
Eles moram no bairro Tancredo Neves, na zona leste de Manaus, mas foram para o outro lado da cidade buscar atendimento à mãe, que reclamava de dores no corpo e no peito. Chegaram ao local na sexta-feira (17) e, de acordo com eles, os enfermeiros não queriam liberar a mãe por falta de teste para covid-19.
Além do hospital público de referência, o Delphina Aziz, Manaus tem os hospitais 28 de Agosto, Platão Araújo e João Lúcio, além do Nilton Lins, aberto no fim de semana, com 32 vagas de UTI e 100 leitos regulares, para tentar desafogar o atendimento das outras unidades.
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