GIRO DA NOTÍCIA

MINISTÉRIO PÚBLICO RECOMENDA QUE POPULAÇÃO DO SUL AMAZÔNICO SEJA ATENDINDO NA CAPITAL DO ACRE.

#MP alega que o Acre tem mais condições de acolher os pacientes, porque o número de casos confirmados é menor, com 50 infectados e uma morte. Em 2019, o estado de Rondônia encaminhou 386 pacientes para serem atendidos no Hospital Juruá. O município de Pauini chegou a fazer o mesmo com o envio de 85 pacientes ao Acre.





O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) recomendou ao
Governo do Amazonas que tente um acordo com o Acre ou uma parceria com a Associação Nossa Senhora da Saúde, entidade social que administra o Hospital Juruá, em Cruzeiro do Sul, naquele estado, para que os pacientes do interior no Sul do Amazonas possam ser atendidos em hospitais do Acre. Em troca, o Amazonas disponibilizaria medicamentos, e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

O MP alega que o Acre tem mais condições de acolher os pacientes, porque o número de casos confirmados é menor, com 50 infectados e uma morte. Em 2019, o estado de Rondônia encaminhou 386 pacientes para serem atendidos no Hospital Juruá. O município de Pauini chegou a fazer o mesmo com o envio de 85 pacientes ao Acre. O MP sugere a mesma medida para pacientes com sintomas de síndrome respiratória aguda e suspeitos de coronavírus.

O MP também diz que os hospitais de referência do interior do Amazonas não têm estrutura para atendimento. Segundo o órgão, a unidade de saúde em Eirunepé, que deve receber pacientes de Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Carurari e Juruá, tem apenas dois respiradores e “mostra-se inviável pela falta de transporte”.

A transferência dos pacientes por via aérea também é um problema, segundo o órgão. Além dos custos serem altos, os pilotos e profissionais da saúde que devem acompanhar o paciente correm risco de infecção. “O frete de aeronaves pelos municípios de Boca do Acre, Guajará, Envira, Ipixuna e Pauni se mostra inadequado, seja pelo alto custo desse serviço, seja pelas condições da aeronave, sem estrutura de UTI, que além de não garantir as condições adequadas ao paciente, também pode ensejar a contaminação de piloto e profissionais de saúde que estejam acompanhando o paciente”, diz o órgão de controle na recomendação.

O documento tem assinatura da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça), das Promotorias de Justiça das Comarcas de Boca do Acre, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini. O estado tem até cinco dias para informar as medidas adotadas.

No último boletim divulgado na tarde dessa quinta-feira, 16, a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) informou que 21 municípios do interior têm ocorrência do coronavírus, e 17 pessoas morreram. Manacapuru é o que tem maior incidência, com 149 casos confirmados e seis mortes.
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