GIRO DA NOTÍCIA

ESTADO GAÚCHO PASSA USAR BANDEIRA PRETA PARA COVID-19 A PARTIR DESTA SEGUNDA-FEIRA.

#Sul do estado vem registrando surto de Covid-19 e cidade de Rio Grande assinou um decreto que deixa a região em alerta máximo para proliferação descontrolada da doença.



O prefeito Alexandre Lindenmeyer vai assinar, neste domingo (5), um novo decreto municipal em que vai estar definida a adoção da bandeira preta para o município do Rio Grande, que passa a vigorar a partir de segunda-feira (6). A divulgação da nova bandeira e da assinatura do decreto foi realizada em transmissão pela página da Prefeitura no Facebook, neste sábado (3) pela manhã, um dia após o Governo do Estado ter definido a bandeira de cor vermelha para a Região Sul.

Essa bandeira preta no município só incide sobre as atividades não-essenciais. As atividades essenciais são reguladas por decreto estadual. Portanto, a extensa maioria dos serviços não-essenciais, conforme detalhado na nota metodológica do sistema municipal de distanciamento controlado, passam a não funcionar pelo prazo de uma semana.

Participaram da transmissão com o prefeito o vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo e os secretários municipais de governo, Roque Werlang (Coordenação e Planejamento – SMCP) e Cláudio Dutra (Desenvolvimento, Inovação e Turismo – SMDIT).

Ao anunciar a bandeira preta, o prefeito informou que a decisão foi tomada após uma reunião extraordinária do Comitê Técnico Municipal em Saúde, também, na manhã deste sábado. Para definir a cor preta, o Comitê tomou como base o Modelo Papareia de Distanciamento Social Controlado, o crescente aumento de casos da Covid-19 no Rio Grande (51 apenas na sexta-feira) e óbitos (7), além da dificuldade de abastecimento de medicamentos nos leitos de UTI para a Covid-19, não só no município, mas no estado e no país, e a situação regional da pandemia no sul do estado.

Alexandre esclareceu que não é preciso a população se preocupar com desabastecimento de mercadorias e outros produtos, pois supermercados, restaurantes, farmácias e afins são serviços essenciais e vão funcionar normalmente, dentro das regras pré-estabelecidas em outros decretos. Disse que o Executivo não tem gerenciamento sobre atividades consideradas essenciais. “Indústria de alimentos, insumos e área portuária não tem gerência da administração municipal.”

Antes de encerrar sua participação na transmissão, o prefeito conclamou, mais uma vez a população para acatar as definições estabelecidas em todos os decretos municipais. Reforçou que é necessária a conscientização da população, preservar o distanciamento social, a menor circulação de pessoas, para que se consiga diminuir a propagação do vírus na cidade.

Modelo Rio-grandino: O Modelo Papareia de Distanciamento Social é uma proposta criada especificamente para o município, pela FURG em parceria com a Prefeitura, e que teve como base o modelo implantado pelo governo estadual. Como o governo estadual abriu a possibilidade para cada município definir suas bandeiras, Rio Grande adotou esse modelo baseado em suas características específicas.

Durante a transmissão na manhã deste sábado, o vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo reforçou as considerações apontadas pelo prefeito para a adoção da bandeira preta na cidade do Rio Grande. Explicou que o Comitê Municipal observou a bandeira vermelha anunciada pelo governo estadual para a Região Sul e aplicou os critérios de distanciamento propostos no Modelo Papareia. “A cor vermelha para Rio Grande ficou num quantitativo mais grave do que o definido para a região pelo governo estadual. Percebemos um agravamento de todos os indicadores locais, associados à capacidade de atendimento aos casos da Covid-19, bem como à propagação da do vírus. Dentro dos critérios qualitativos, avaliando o cenário de crescimento muito rápido de todos os indicadores da doença, o Comitê definiu pela adoção da bandeira preta.”

Cláudio Dutra (SMDIT) afirmou que a intenção do Comitê é dar um freio na propagação do vírus. Lembrou que a Prefeitura está aumentando o número de testes, monitorando, cada vez mais o contágio e buscando alternativas para a aquisição de medicamentos, inclusive no Uruguai, pois estão em falta no país. Já o secretário Roque Werlang (SMCP) afirmou que é necessária a compreensão das pessoas quanto às medidas e suas consequências, mas, principalmente, o compromisso de cada um com a coletividade. “É um momento de tomada de consciência. É preciso que todos e todas entendam o sentido da bandeira preta, que mostra o agravamento da situação e a necessidade maior de se evitar aglomerações e saídas desnecessárias de casa. Ainda estamos longe do distanciamento social necessário”, disse o secretário que acompanha, diariamente, os índices no país, no estado e no município do Rio Grande.

Fonte/: Porto Alegre 24 Horas
Texto/: Porto Alegre 24 horas
produção/: Porto Alegre 24 Horas
Replica/: Porto Alegre 24  Horas
Foto/: Portal CNI


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