TEMPO FAZ GRAFITES DA 23 DE MAIO RESSURGIREM EM SÃO PAULO.
#Tintas de baixa qualidade e mal pintado foram crucial para o retorno dos grafites.
Para o grafiteiro profissional, Mauro Neri, as tintas para apagarem pichações e grafites são feitas de cal, água e cola, possibilitando a volta das artes já expostas. "É o que chamo de grafite reverso, que aparece quando se apaga a tinta, e não quando se pinta” explica. "As empresas de limpeza usam essa mistura porque ela vence em pouco tempo, para ganharem mais dinheiro apagando o grafite de novo" continuou.
O grafiteiro e ativista Mundano, disse ter usado apenas água e esponja para ressuscitar uma obra sua em janeiro, no Largo da Batata (zona oeste), que trazia a frase "São Paulo não é Miami".
O artista fazia referência ao "grafitódromo" no qual deve ser feito em São Paulo inspirado em um bairro da cidade americana. "Quando você apenas limpa a sujeira, ela volta. O [programa] Cidade Linda não está focando em soluções reais, mas só numa maquiagem monocromática, cinza", critica Mundano.
A administração de São Paulo afirma não saber ao certo o valor gasto nas tintas doadas pela iniciativa privada. A relação de todas as doações feitas à administração até agora, divulgada pelo prefeito nesta semana, mostra que, dos R$ 286,8 milhões levantados, R$ 506 mil foram destinados ao projeto “Cidade Linda”.
A prefeitura destaca que os muros não serão pintados devido a colocação de um jardim vertical já inaugurado pelo prefeito. Ao todo 225 mil mudas serão colocadas no local até 05 de Julho.
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Má qualidade das tintas fazem voltar os grafites |
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