AUSTRÁLIA LEGALIZA CASAMENTO LGBT COM 62% DOS VOTOS A FAVOR.
#Votação registrou 62% dos 12,7 milhões de australianos na consulta postal são favoráveis ao casamento homossexual, revelou o Bureau de Estatísticas em coletiva em Canberra.
Segundo os resultados, 62% dos 12,7 milhões de australianos que participaram da consulta postal são favoráveis ao casamento homossexual, revelou o Bureau de Estatísticas em coletiva em Canberra.
Quase 80% dos eleitores participaram da consulta, informou o chefe do Bureau, Davis Kalisch. "Os australianos podem agora confiar que nossas estatísticas refletem o ponto de vista da população".
Para que o casamento gay seja autorizado, o Parlamento - onde os conservadores bloquearam no passado iniciativas neste sentido - deverá adotar uma lei formalizando o resultado da consulta.
Milhares de partidários do casamento gay comemoraram o resultado com festas organizadas em toda a Austrália. "Isto significa tudo, tudo", repetiu Chris entre as lágrimas e o abraço de seu parceiro, Victor, em um ato realizado em Sydney.
O primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, um conservador moderado que defende uma nova lesgislação, considerou que o resultado constitui um apoio "avassalador" ao matrimônio igualitário. "Os australianos se pronunciaram e votaram em massa pela igualdade matrimonial. Votaram sim à igualdade, ao compromisso e ao amor".
O premier reafirmou que seu governo tentará agora obter a aprovação da lei que permitirá o casamento gay antes do Natal.
Turnbull defendeu a legitimidade da consulta e disse que confia em aprovar a medida no Congresso com um "voto de consciência", no qual os legisladores não serão obrigados a acompanhar a orientação partidária.
Mas a iniciativa deverá passar ainda pelos setores mais conservadores da própria coalizão de governo, que exigem salvaguardas para a "liberdade religiosa", incluindo a permissão para que empresas e serviços possam rejeitar a organização de casamentos gays.
Turnbull e o opositor Partido Trabalhista defendem uma lei mais simples, que legaliza o casamento gay mas mantém o direito das instituições religiosas de não oficiar tais uniões. Um projeto de lei deve ser apresentado ao Senado na próxima quinta-feira.
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