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MORTE DE TIM MAIA COMPLETA 20 ANOS NESTA QUINTA-FEIRA.

#Tim Maia, faleceu no dia 15 de março de 1998, depois de dias internados após se sentir mal durante a gravação.


Há vinte anos a música brasileira perdia uma de suas grandes estrelas. Dono de uma voz inconfundível e um estilo único, Sebastião Rodrigues Maia, ou apenas Tim Maia, faleceu no dia 15 de março de 1998, depois de dias internados após se sentir mal durante a gravação de um show para o canal Multishow no Teatro Municipal de Niterói.

Tim, que morreu aos 55 anos, deixou um legado que nunca será esquecido. Seus grandes sucessos, como “Sossego”, “Gostava Tanto de Você”, “Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)” e “Primavera”, continuam se perpetuando para as gerações seguintes, mesmo após duas décadas de sua ausência.

“Acho Tim Maia importante porque ele trouxe o ‘know how’ da música negra americana para o Brasil e acabou influenciando muita gente. Ele gerou todo um movimento em torno nisso”, destaca o capixaba Thiago Arruda, guitarrista de Ed Motta (sobrinho de Tim Maia), e que tocou no especial sobre os 20 anos sem Tim Maia do programa “Fantástico”, exibido no último dia 4 de março.

O envolvimento com a música começou nos anos 1950. Em 1957, Tim integrou a The Sputniks, com Roberto Carlos. Algum tempo depois foi para os Estados Unidos, onde mergulhou na soul music. “Tim Maia”, o primeiro disco de Tim, foi lançado apenas em 1970 – a fase preferida de Thiago Arruda –, quando o músico misturou o soul com a música popular brasileira e revolucionou a música com seu estilo e sua voz rouca. O álbum ficou 20 semanas entre os mais vendidos. “Na década de 70 a coisa ainda estava mais ligada às raízes da soul music. ‘Tim Maia’ (1976) é o álbum mais legal para mim. A década de 80 deixou tudo mais pop, não que seja um problema”, diz Arruda.

Ao longo da carreira, foram mais de 30 álbuns, inúmeros sucessos mas também muitas polêmicas. Tim era conhecido também por sua personalidade forte e suas excentricidades. Uma delas foi vivenciada pela cantora e coach vocal Alza Alves. Alza foi backing vocal do DVD “Tim Maia In Concert”, gravado em 1989, no Hotel Nacional do Rio de Janeiro.

“Nós ensaiamos com a banda, mas não ensaiamos nem uma vez com ele. Nosso primeiro ensaio juntos foi já na hora da passagem do som. Os ensaios eram na casa dele, na Barra da Tijuca, mas ele nunca apareceu. Durante os ensaios achava estranho que a funcionária da casa andava sem parar, subia e descia. Depois, lendo a biografia, vi que Tim Maia estava em casa, e a funcionária subia e descia para levar os recados dele”, relembra.

Seu humor variava entre momentos de doçura, quando mandava beijos no palco para as backing vocals, até momentos tensos. “Não podia fazer aquecimento vocal no camarim. Ele batia na parede, reclamava pedindo pra parar”, conta.

Não importa a idade, o “síndico” da música brasileira conquistou fãs de diferentes gerações e influenciou músicos de todos os estilos. “Eu o conheci quando era mais novo, na década de 80. Tinha o disco de Elis Regina em que ela gravou um duo com Tim na música ‘These Are the Songs’. A partir daí fui pesquisar quem era o Tim“, relembra Alessandro Rodrigues, vocalista da banda capixaba Xá da Índia. Nos shows do grupo, não faltam clássicos como “Não Vou Ficar”, “Sossego” e “Cristina”.

Para Alza Alves, que é fã de Tim desde a infância, o cantor é único, e sua irreverência faz falta na música. “Tim é cantado por todos. Ele tinha uma obra solidificada. Boas músicas com bons arranjos e uma voz ímpar. E não era só qualidade vocal, ele tinha a pegada. Não tem ninguém igual a ele”, opina.

Morte de Tim Maia completa 20 anos nesta Quinta-Feira

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