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COMER FORA DE CASA PODE FAZER MAL À SAÚDE DIZ PESQUISA ESTADUNIDENSE.

#Pesquisadores investigaram os níveis de ftalatos no corpo humano, que têm sido relacionados à asma, ao câncer de mama, ao diabetes tipo 2 e a problemas de fertilidade.


Comer em restaurantes e cadeias de fast food pode representar uma exposição involuntária a substâncias químicas prejudiciais aos nossos hormônios. São compostos usados para aumentar a flexibilidade e a durabilidade do plástico. A informação alarmante faz parte de um estudo recente realizado pela Universidade George Washington e pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, ambas nos Estados Unidos.

Pesquisadores investigaram os níveis de ftalatos (compostos químicos derivados do ácido ftálico) no corpo humano, que têm sido relacionados à asma, ao câncer de mama, ao diabetes tipo 2 e a problemas de fertilidade. Eles encontraram um nível de ftalato 35% mais alto nos participantes que haviam comido em restaurantes e redes de fast food, no dia anterior, em comparação com os que se alimentaram em casa.

Esses compostos químicos são agentes ligantes frequentemente usados em embalagens de alimentos, bem como em inúmeros outros produtos, incluindo pisos, adesivos, sabões e xampus. No estudo americano, certos alimentos, incluindo hambúrgueres e sanduíches, foram relacionados a níveis mais altos de ftalato, mas apenas os que foram comprados em lanchonetes, restaurantes ou cafés.

A associação entre o consumo desses produtos e o excesso da substância tóxica no corpo foi maior entre os adolescentes, afirmam os pesquisadores. Os jovens que comeram com frequência em lanchonetes na companhia de amigos tinham 55% mais níveis de ftalatos no corpo do que os adoelscentes que se alimentaram em casa.

"O estudo sugere que alimentos preparados em casa são menos propensos a conter altos níveis de ftalatos, produtos químicos ligados a problemas de fertilidade, complicações na gravidez e outros problemas de saúde. Nossas descobertas sugerem que o jantar fora pode ser uma fonte importante e até então desconhecida de exposição aos ftalatos", comenta o pesquisador Ami Zota, da Universidade George Washington, no artigo publicado na revista científica Environment International.

Para a feitura da pesquisa, os cientistas analisaram dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES, na sigla em inglês), realizada nos Estados Unidos entre 2005 e 2014. Um total de 10.253 pessoas foram entrevistadas e questionadas sobre a alimentação do dia anterior, incluindo onde a refeição foi feita. Os níveis de ftalato foram medidos na urina de cada participante.

Do total de voluntários, 61% relataram jantar fora no dia anterior. A associação entre a exposição ao ftalato e o jantar fora de casa foi significativa em todas as faixas etárias, mas, especialmente mais forte entre os jovens, alertam os pesquisadores.

"Mulheres grávidas, crianças e adolescentes são mais vulneráveis aos efeitos tóxicos de substâncias químicas que destroem hormônios, por isso é importante encontrar maneiras de limitar a exposição. Estudos futuros devem investigar as intervenções mais eficazes para remover os ftalatos do suprimento de alimentos", diz Julia Varshavsky, da Universidade da Califórnia em Berkeley, co-autora da pesquisa.

Comer fora de casa pode fazer mal à saúde

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