GIRO DA NOTÍCIA

RODOVIAS DE SP SÃO LIBERADAS APÓS PROTESTO DE CAMINHONEIROS.

#Manifestação havia começado por volta de 5h25 no km 274 da via, e veículos de carga eram obrigados a retornar no sentido de São Paulo, provocando aglomeração sobre a pista e com alguns veículos retidos, segundo a polícia. Em Porto Real, a interdição foi no km 290, informou a PRF.


Chegaram ao fim os bloqueios de caminhoneiros em dois trechos da rodovia Presidente Dutra (BR-116), iniciados na manhã desta segunda-feira (10) nos municípios de Barra Mansa e Porto Real, ambos no Rio de Janeiro, foram encerrados, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal.

Em Barra Mansa, a manifestação havia começado por volta de 5h25 no km 274 da via, e veículos de carga eram obrigados a retornar no sentido de São Paulo, provocando aglomeração sobre a pista e com alguns veículos retidos, segundo a polícia. Em Porto Real, a interdição foi no km 290, informou a PRF. Os bloqueios causaram congestionamentos de cerca de 4 quilômetros.

A Dutra é uma das principais e mais movimentadas estradas do país, já que liga as duas maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, atravessando regiões com grande concentração de indústrias.

Também nesta segunda-feira (10), foi realizado um ato no Porto de Santos (SP), o maior do país. Conforme a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), não houve bloqueio das vias, e os motoristas apenas conversavam com outros caminhoneiros, sem impedi-los de continuar percurso.

"A Polícia Militar e a Guarda Portuária compareceram ao local e mantiveram a normalidade no fluxo de caminhões destinados ao Porto de Santos", afirmou a Codesp, em nota.

Mais cedo, foi registrado também protesto em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Segundo a CCR, empresa que administra a rodovia, não há mais foco de protesto desde as 11h.

Os protestos ocorreram após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder na semana passada liminar impedindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar transportadores que não seguirem os fretes rodoviários mínimos.

Ainda na semana passada, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou que poderia ficar mais difícil evitar uma nova paralisação da categoria após a liminar do STF.

Procurada para comentar o assunto, a Abcam disse que mantinha o posicionamento da semana passada.

Decisão de Fux: Fux acatou pedido da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), que argumenta que as multas estavam sendo aplicadas pelo descumprimento de uma tabela que não foi feita conforme manda a lei.

A legislação prevê que os preços serão fixados após uma discussão entre os caminhoneiros, o governo e os usuários dos serviços de transporte. Mas os preços aplicados pela ANTT não foram determinados dessa forma.

Em 30 de maio, a ANTT publicou a primeira tabela, acordada para que os caminhoneiros acabassem com a greve, que durou 11 dias no fim de maio. Ela gerou críticas de transportadoras e até do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Ele argumentou, na ocasião, que os preços haviam dobrado, impactando os custos da indústria e agronegócio.

Com a polêmica, a agência editou uma nova tabela, mas os preços foram criticados pelos caminhoneiros, o que fez a agência voltar a praticar os valores da primeira tabela, que já sofreu mudanças desde então para adotar as variações acima ou abaixo de 10% nos preços do diesel.

Fux decidiu que, até que o plenário do STF avalie se a tabela do frete é legal ou não, as empresas não serão multadas se pagarem preços abaixo dos mínimos previstos na tabela.

*Com agência Reuters

Dutra registra manifestação de caminhoneiros

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