GIRO DA NOTÍCIA

MANIFESTANTES PROTESTAM CONTRA DITADURA DE 1964 EM BRASÍLIA E EM VÁRIAS PARTES DO PAÍS.

#Ato manifestou repúdio ao golpe de 64 onde iniciou uma ditadura militar descontrolada no Brasil.



Centenas de manifestantes se reuniram em Brasília neste domingo (31) para manifestar contra a ditadura militar, na data em que completa 55 anos do golpe de 31 de março de 1964. Os organizadores afirmam que cerca de 600 pessoas participam do manifesto. A Polícia Militar diz que a estimativa é de 450 pessoas no local.

Como destaca o G1, o golpe de estado que iniciou em 1964 deu início a um período de ditadura militar no Brasil. De acordo com a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram – somente 33 corpos foram localizados.

Os manifestantes se reuniram na altura da quadra 108 do Eixão Norte por volta das 9h e caminharam em direção à Rodoviária do Plano Piloto.

O ato teve cartazes em memória das pessoas torturadas e mortas durante o período e faixas com críticas ao presidente Jair Bolsonaro.

No início do protesto, por volta das 9h30, havia cerca de 50 pessoas, na altura da quadra 108 Norte, vestindo branco em sua maioria e criticando a decisão do presidente Jair Bolsonaro de comemorar o golpe e, consequentemente, a ditadura militar que foi instaurada em 1º de abril de 1964 e durou até 15 de março de 1985.

Segundo relatório da Comissão Nacional da Verdade, houve em 434 mortes e desaparecidos no período, dos quais 210 ainda não foram localizados.

“Nós não podemos deixar uma manifestação desse tipo [decisão presidencial]passar sem nos manifestarmos. Nós vamos às ruas dizer ‘ditadura nunca mais’, ‘golpe nunca mais’ e que nós não reconhecemos essa comemoração que o governo apresenta”, discursou Yuri Soares, organizador do evento e integrante da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Assista:

Ele afirmou ao Poder360 que costuma participar de protestos que lembram a data, mas que nos outros anos foram debates. Em 2019, em virtude da determinação do presidente, optou por organizar 1 ato aberto.

A professora aposentada Salette Aquino disse ter participado por acreditar que “não se deve cultivar nenhum tipo de violência. Sabemos que a tortura é uma das piores coisas que 1 ser humano pode fazer ao outro”.

Parte dos protestantes aproveitaram para pedir a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Cantaram o jingle de campanha “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”. Os gritos “Lula livre” e “Fora, Bolsonaro” marcam presença.

Os gritos de ordem incluem “ditadura nunca mais”, “Bolsonaro é miliciano”, “se o povo se unir, o fascismo vai cair”, “fora, milícia”, “tortura nunca mais” e “aqui está o povo sem medo de lutar”.


Houve manifestação contrario em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Salvador, Fortaleza, e Recife.

Manifestantes protestam contra a ditadura de 64

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