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BRASIL LIDERA RANKING MUNDIAL DE VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES.

#Pesquisa levou em consideração 34 países com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos). O Brasil é seguido por Estônia (11%) e Austrália (9,7%).





Comemorado na terça-feira (15), o Dia do Professor não deverá ser celebrado por muitos. O motivo é dolorido: o Brasil lidera o ranking mundial de violência contra estes profissionais. Um levantamento realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou que 12,5% dos professores brasileiros ouvidos relataram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos ao menos uma vez por semana.

A pesquisa levou em consideração 34 países com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos). O Brasil é seguido por Estônia (11%) e Austrália (9,7%).

Além das agressões físicas e verbais, as condições de trabalho são muito estressantes em algumas regiões. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, professores convivem com confrontos armados nos arredores das escolas onde trabalham e ameaças recorrentes de estudantes e familiares.

Em 2018, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro concedeu 3.055 licenças por doenças como transtorno ou reação ao estresse, depressão e esquizofrenia – o que equivale a uma licença a cada três horas. O número corresponde a 8% do quadro de professores do município.

Já no Estado de São Paulo, 40% dos professores afirmaram ser comum, em suas escolas, sofrer ameaças ou ter algum bem pessoal danificado por alunos; 62% já foram xingados; 24% foram roubados ou furtados, segundo dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial. O estudo mostra, ainda, que os professores homens (51%) estão mais sujeitos a serem vítimas de violência que as professoras mulheres (35%).

No Distrito Federal, 97% dos professores da rede pública já presenciaram algum tipo de violência. Deste total, mais de 57% foram vítimas. Segundo dados do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), mais de 40% dos agressores são alunos e outros 20% são de pais que também já agrediram os profissionais.

"Nossa profissão é tão desvalorizada que alunos e pais se acham com pleno direito de nos agredir. O governo precisa entender que a violência vem de fora para dentro da escola e isso não muda com militarização", comenta Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF.

Brasil lidera ranking de violência em escolas

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