REPRESSÃO DE MILITARES NO CHILE DEIXA AO MENOS 26 PESSOAS CEGAS DURANTE PROTESTOS.
#Surtos de violência, incêndios criminosos e saques levaram o presidente Sebastián Piñera a declarar estado de emergência e convocar o exército para as ruas. Até agora, pelo menos 19 pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas.
Dezenas de chilenos ficaram parcialmente cegos após serem atingidos por projéteis de borracha e sprays de gás que policiais e soldados dispararam contra a multidão de manifestantes.
Segundo defensores dos direitos humanos, mais de 140 pessoas sofreram ferimentos nos olhos desde que os protestos começaram em 18 de outubro. Pelo menos 26 perderam completamente a visão em um olho, de acordo com a unidade de oftalmologia do Hospital Salvador, em Santiago, e muitos outros ainda estão sendo tratados.
O número ultrapassa em muito os ferimentos semelhantes causados nos recentes protestos em Hong Kong, Espanha, Líbano e França, e levou a investigações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e grupos de defesa.
"Na segunda-feira passada, recebemos dez pessoas com esses ferimentos em uma hora e depois elas continuaram a aparecer", disse Mauricio Lopez, médico da unidade. "Foi inacreditável. Isso nunca aconteceu na história da medicina oftalmológica no Chile."
As manifestações, motivadas por um aumento de 30 pesos (US$ 0,04) nas tarifas do metrô, rapidamente se transformaram em protestos maciços, exigindo mudanças nos serviços de saúde, educação, aposentadorias e até na Constituição.
Surtos de violência, incêndios criminosos e saques levaram o presidente Sebastián Piñera a declarar estado de emergência e convocar o exército para as ruas. Até agora, pelo menos 19 pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas.
Alegações de tortura e violência sexual podem se tornar um obstáculo insuperável para Piñera, que deveria negociar um acordo de paz com a oposição antes que ele possa continuar seu programa de reformas baseadas no mercado.
A Anistia Internacional e a Human Rights Watch também estão examinando as ações das forças de segurança. "Alegações de violação dos direitos humanos abriram a caixa de Pandora", disse Claudio Fuentes, cientista político e professor da Universidade Diego Portales, em Santiago.
Os protestos, em grande parte pacíficos, atraíram até 1 milhão de pessoas em uma única manifestação. Soldados e policiais têm se esforçado para contê-las e às vezes enfrentam os manifestantes com violência.
Em 20 de outubro, Jose Soto estava entoando frases contra o governo na avenida principal de Santiago quando foi atacado por policiais.
"Vi alguns policiais municiando suas armas", disse o eletricista de 23 anos na terça-feira (29). "De repente, senti um forte golpe no nariz. Foi muito rápido. Não consegui ver nada com o olho direito e, quando o toquei, minha mão estava ensanguentada."
Dezenas de chilenos ficaram parcialmente cegos após serem atingidos por projéteis de borracha e sprays de gás que policiais e soldados dispararam contra a multidão de manifestantes.
Segundo defensores dos direitos humanos, mais de 140 pessoas sofreram ferimentos nos olhos desde que os protestos começaram em 18 de outubro. Pelo menos 26 perderam completamente a visão em um olho, de acordo com a unidade de oftalmologia do Hospital Salvador, em Santiago, e muitos outros ainda estão sendo tratados.
O número ultrapassa em muito os ferimentos semelhantes causados nos recentes protestos em Hong Kong, Espanha, Líbano e França, e levou a investigações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e grupos de defesa.
"Na segunda-feira passada, recebemos dez pessoas com esses ferimentos em uma hora e depois elas continuaram a aparecer", disse Mauricio Lopez, médico da unidade. "Foi inacreditável. Isso nunca aconteceu na história da medicina oftalmológica no Chile."
As manifestações, motivadas por um aumento de 30 pesos (US$ 0,04) nas tarifas do metrô, rapidamente se transformaram em protestos maciços, exigindo mudanças nos serviços de saúde, educação, aposentadorias e até na Constituição.
Surtos de violência, incêndios criminosos e saques levaram o presidente Sebastián Piñera a declarar estado de emergência e convocar o exército para as ruas. Até agora, pelo menos 19 pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas.
Alegações de tortura e violência sexual podem se tornar um obstáculo insuperável para Piñera, que deveria negociar um acordo de paz com a oposição antes que ele possa continuar seu programa de reformas baseadas no mercado.
A Anistia Internacional e a Human Rights Watch também estão examinando as ações das forças de segurança. "Alegações de violação dos direitos humanos abriram a caixa de Pandora", disse Claudio Fuentes, cientista político e professor da Universidade Diego Portales, em Santiago.
Os protestos, em grande parte pacíficos, atraíram até 1 milhão de pessoas em uma única manifestação. Soldados e policiais têm se esforçado para contê-las e às vezes enfrentam os manifestantes com violência.
Em 20 de outubro, Jose Soto estava entoando frases contra o governo na avenida principal de Santiago quando foi atacado por policiais.
"Vi alguns policiais municiando suas armas", disse o eletricista de 23 anos na terça-feira (29). "De repente, senti um forte golpe no nariz. Foi muito rápido. Não consegui ver nada com o olho direito e, quando o toquei, minha mão estava ensanguentada."
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