GIRO DA NOTÍCIA

TRUMP E BIDEN SE ENFRENTAM EM ÚLTIMO DEBATE ANTES DAS ELEIÇÕES.

#Debate em Nashville será, para Trump, uma das últimas oportunidades de alto nível para tentar mudar os rumos da campanha, assim como sua posição de desvantagem nas pesquisas.

 

 

Donald Trump enfrenta seu adversário democrata na corrida pela Casa Branca, Joe Biden, nesta quinta-feira (22), para um último debate transmitido pela televisão de Nashville a 12 dias da eleição presidencial nos Estados Unidos.

O primeiro encontro realizado no final de setembro, em Cleveland (Ohio), foi marcado pelo caos, por insultos e pelas constantes interrupções.

Nele, o candidato democrata de 77 anos se referiu ao presidente como "mentiroso", "racista" e "palhaço". Trump, três anos mais novo, rebateu: "Não há nada de inteligente em você".

Nada indica que o tom de hoje será mais cortês.

Temendo se tornar presidente de um único mandato, Trump acentuou, nos últimos dias, seus ataques pessoais a Biden, questionando sua integridade e afirmando que sua família é uma "empresa criminosa".

Para evitar o caos do primeiro encontro, o microfone do candidato que não estiver falando ficará desligado.

"Me parece muito injusto", afirmou Trump ontem.

Ele reiterou suas críticas à moderadora da rede NBC, Kristen Welker, acusando-a de ser uma "esquerdista democrata". Seu principal argumento é que os pais dessa jornalista de 44 anos são democratas ferrenhos.

O debate previsto para 15 de outubro - transferido para um formato virtual depois do contágio do presidente por covid-19 - foi rejeitado por Trump e acabou não acontecendo.

- "Incompetência" -

O debate em Nashville será, para Trump, uma das últimas oportunidades de alto nível para tentar mudar os rumos da campanha, assim como sua posição de desvantagem nas pesquisas.

Segundo a média de enquetes do site RealClearPolitics, Biden tem uma vantagem de 7,5 pontos percentuais em nível nacional sobre Trump - uma tendência decrescente - e mantém uma distância, ainda que menor, nos estados pendulares. Neles, as preferências dos eleitores oscilam entre republicanos e democratas.

O presidente minimiza as pesquisas e diz confiar em sua capacidade de mobilizar multidões. Fiel a sua estratégia, concentrada em estar sempre em campanha, Trump participou, ontem à noite, de um comício na Carolina do Norte.

Já Biden ficou em sua casa de Delaware, marcando o terceiro dia consecutivo sem eventos na agenda.

E, ontem, depois de meses de uma campanha reduzida à mínima expressão e a eventos virtuais, por causa da pandemia, o ex-presidente dos EUA Barack Obama entrou em ação.

"Não podemos confiar. Não me importam as pesquisas", frisou, em um comício na Filadélfia, no estado-chave da Pensilvânia.

Em 2016, as sondagens eram favoráveis à democrata Hillary Clinton e, ainda assim, Trump acabou ganhando a eleição de forma inesperada.

"Muita gente ficou em casa, com preguiça e confiante", advertiu Obama, convocando os eleitores pra que isso não se repita em 2020.

Em uma incomum crítica a seu sucessor, Obama afirmou que Trump é "incapaz de levar o trabalho a sério", durante um comício no qual o público acompanhou seu discurso de dentro de seus carros.

Obama admitiu que a pandemia teria sido "difícil" para "qualquer presidente", mas criticou o nível de "incompetência e de desinformação" proveniente da equipe de Trump

De Gastonia, na Carolina do Norte, Trump comemorou a entrada em cena de seu predecessor. Segundo ele, é uma boa notícia, já que ninguém fez tanta campanha quanto Obama, a favor de Hillary, em 2016.

Fonte/: Estado de Minas (EM)

Texto/: Agência France Press (AFP)

Produção/: Agência France Press (AFP)

Replica/: CNI

Imagem/: Internet

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