ROCK IN RIO TINHA TRABALHADORES EM ESTADO DE ESCRAVIDÃO.
Trabalhadores tinham que pagar para trabalhar.
Ao menos 17 trabalhadores foram resgatados em situação precária de trabalho, no último Domingo 27, em um dos maiores eventos destinado a música, o Rock In Rio. Segundo informações, a ação realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), fiscalizou principalmente vendedores de babata, que vendiam o produto em meio a multidão.
A empresa responsável pelos trabalhadores é Rock Word, “A responsabilidade da empresa promotora, por força da Súmula 331 do TST [Tribunal Superior do Trabalho], é objetiva e solidária. Certamente o Ministério Público do Trabalho, com base em nossas autuações, deve firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ou mover uma ação civil pública”, relatou a auditora-fiscal do trabalho Márcia Albernaz de Miranda.
De acordo com à Coordenadora do projeto Trabalho Escravo Urbano no Rio de Janeiro, Márcia Miranda, muitos desses trabalhadores eram de outros estados e permaneciam em favelas vizinha ao Rock In Rio. Segundo ela, muitos não tinha onde dormir e tinham que pagar R$ 200 reais por semana a Rock Word "Eles ficaram alojados em uma favela vizinha ao Rock in Rio. Alguns dormiam no chão, sem condições sanitárias e asseio. Foi cobrado de cada um R$ 200 por semana. Um dos trabalhadores ganhou cerca de R$ 1 mil, mas, no fim, fazendo as contas do que ele gastou com passagem de ônibus, alojamento, alimentação, água potável e atestado de saúde ocupacional, saiu devendo R$ 1.580", salientou Márcia.
Nessa Segunda-Feira 28, foram realizadas excisão de contratos e o pagamento de verbas indenizatórias, além da entrega das guias de seguro desemprego aos trabalhadores resgatados.
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