APENAS 19% PRETENDEM TER FILHO NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS.
#Brasileiros que não pretendem terem filhos até 2020 é de 79%.
Nos próximos dois anos, apenas 19% dos brasileiros pretendem ter filhos, 17% por gravidez e 2% por adoção. É o que mostra uma pesquisa sobre natalidade realizada pelo Ibope. Do total de entrevistados, 79% não pretendem ter filhos até 2020, e 2% não sabem. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 18 de março com 1.491 pessoas com mais de 16 anos, em 143 municípios de todas as regiões do País.
O Nordeste é a região onde as pessoas estão mais abertas à maternidade/paternidade – 19% pretendem ter filhos biológicos e 3% querem adotar uma criança. Lá, 76% não pretendem ter filhos. Na Região Sul, apenas 11% pretendem ter filhos biológicos, e 87% não pretendem nos próximos dois anos.
No Sudeste, 18% querem filhos biológicos e 2% querem adotar. Setenta e sete por cento não pretendem ter filhos. No período de dois anos, nas regiões Norte e Centro-Oeste, 16% dos entrevistados pretendem ter filhos por meio de gravidez e 1% por adoção. Oitenta e dois por cento não querem filhos.
Parto natural ou cesária: Entre os que pretendem ter filhos, 76% querem o parto normal em uma maternidade ou hospital, e 3% querem o parto em casa. Mesmo no caso de uma gravidez sem complicações, ou seja, quando não há risco nem para a mãe nem para o bebê, 20% pretendem fazer uma cesariana.
Parto de Kate: Kate Middleton deu à luz seu terceiro filho na segunda-feira (23). O menino nasceu às 11h01min por parto normal. Apenas sete horas depois, a duquesa de Cambridge já acenava para a imprensa ao lado do príncipe William com a criança no colo deixando o Hospital St. Mary, em Londres, na Inglaterra.
A rapidez com que Kate voltou para casa chama a atenção das mães brasileiras, mas não é algo incomum no Reino Unido, seja para membros da realeza, seja para plebeias. Quando não há problema na hora parto, a legislação local estipula que as mulheres já podem receber alta seis horas após dar à luz.
No Brasil, uma portaria do Ministério da Saúde diz que o prazo mínimo para liberação após o parto normal sem complicações é de 24 horas. No caso de cesáreas, o tempo mínimo é de 48 horas, mas muitas mulheres acabam ficando por mais tempo no hospital.
Para especialistas, a grande diferença é que no Reino Unido existe a garantia de um serviço de atendimento em casa por um profissional de saúde (médico ou obstetriz) durante 21 dias. “Esse esquema que acontece na Inglaterra e também em outros países como Alemanha, Holanda e Nova Zelândia garante que a mãe e o bebê sejam bem assistidos. No Brasil, ainda não temos condição de fazer isso, porque não temos possibilidades no serviço público de agentes irem à casa dessas mães”, afirmou o médico obstetra Jorge Kuhn.
Segundo Kuhn, as principais complicações responsáveis pela mortalidade materna no pós-parto – hemorragia, pré-eclâmpsia (hipertensão) e infecção – já podem ser descartadas nas primeiras horas. “Com seis horas, tranquilamente é possível dar alta para a mãe”, disse.
No entanto, o médico ressaltou a importância do retorno para o acompanhamento. “Não tem por que segurar uma mulher no hospital por 48 horas só para garantir o exame do pezinho no bebê. A questão é: como fazer essa mulher voltar? Há um medo muito grande, principalmente por parte dos pediatras, em relação à saúde da criança”.
Para a diretora da Clínica de Obstetrícia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Maria Rita Bortolotto, é importante levar em conta não só o quadro clínico, mas também o contexto social e psicológico das mães.
“A realidade das minhas pacientes é outra. Uma coisa é a Kate sair do hospital, outra bem diferente é quem vai ter que subir quatro lances de escada do conjunto habitacional, chegar em casa e ainda ter que fazer comida para o marido e cuidar dos outros filhos”, afirmou. “Para algumas, um descanso maior no pós-parto é realmente necessário.”
Nos próximos dois anos, apenas 19% dos brasileiros pretendem ter filhos, 17% por gravidez e 2% por adoção. É o que mostra uma pesquisa sobre natalidade realizada pelo Ibope. Do total de entrevistados, 79% não pretendem ter filhos até 2020, e 2% não sabem. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 18 de março com 1.491 pessoas com mais de 16 anos, em 143 municípios de todas as regiões do País.
O Nordeste é a região onde as pessoas estão mais abertas à maternidade/paternidade – 19% pretendem ter filhos biológicos e 3% querem adotar uma criança. Lá, 76% não pretendem ter filhos. Na Região Sul, apenas 11% pretendem ter filhos biológicos, e 87% não pretendem nos próximos dois anos.
No Sudeste, 18% querem filhos biológicos e 2% querem adotar. Setenta e sete por cento não pretendem ter filhos. No período de dois anos, nas regiões Norte e Centro-Oeste, 16% dos entrevistados pretendem ter filhos por meio de gravidez e 1% por adoção. Oitenta e dois por cento não querem filhos.
Parto natural ou cesária: Entre os que pretendem ter filhos, 76% querem o parto normal em uma maternidade ou hospital, e 3% querem o parto em casa. Mesmo no caso de uma gravidez sem complicações, ou seja, quando não há risco nem para a mãe nem para o bebê, 20% pretendem fazer uma cesariana.
Parto de Kate: Kate Middleton deu à luz seu terceiro filho na segunda-feira (23). O menino nasceu às 11h01min por parto normal. Apenas sete horas depois, a duquesa de Cambridge já acenava para a imprensa ao lado do príncipe William com a criança no colo deixando o Hospital St. Mary, em Londres, na Inglaterra.
A rapidez com que Kate voltou para casa chama a atenção das mães brasileiras, mas não é algo incomum no Reino Unido, seja para membros da realeza, seja para plebeias. Quando não há problema na hora parto, a legislação local estipula que as mulheres já podem receber alta seis horas após dar à luz.
No Brasil, uma portaria do Ministério da Saúde diz que o prazo mínimo para liberação após o parto normal sem complicações é de 24 horas. No caso de cesáreas, o tempo mínimo é de 48 horas, mas muitas mulheres acabam ficando por mais tempo no hospital.
Para especialistas, a grande diferença é que no Reino Unido existe a garantia de um serviço de atendimento em casa por um profissional de saúde (médico ou obstetriz) durante 21 dias. “Esse esquema que acontece na Inglaterra e também em outros países como Alemanha, Holanda e Nova Zelândia garante que a mãe e o bebê sejam bem assistidos. No Brasil, ainda não temos condição de fazer isso, porque não temos possibilidades no serviço público de agentes irem à casa dessas mães”, afirmou o médico obstetra Jorge Kuhn.
Segundo Kuhn, as principais complicações responsáveis pela mortalidade materna no pós-parto – hemorragia, pré-eclâmpsia (hipertensão) e infecção – já podem ser descartadas nas primeiras horas. “Com seis horas, tranquilamente é possível dar alta para a mãe”, disse.
No entanto, o médico ressaltou a importância do retorno para o acompanhamento. “Não tem por que segurar uma mulher no hospital por 48 horas só para garantir o exame do pezinho no bebê. A questão é: como fazer essa mulher voltar? Há um medo muito grande, principalmente por parte dos pediatras, em relação à saúde da criança”.
Para a diretora da Clínica de Obstetrícia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Maria Rita Bortolotto, é importante levar em conta não só o quadro clínico, mas também o contexto social e psicológico das mães.
“A realidade das minhas pacientes é outra. Uma coisa é a Kate sair do hospital, outra bem diferente é quem vai ter que subir quatro lances de escada do conjunto habitacional, chegar em casa e ainda ter que fazer comida para o marido e cuidar dos outros filhos”, afirmou. “Para algumas, um descanso maior no pós-parto é realmente necessário.”
Brasileiros não querem ter filhos diz pesquisa |
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