GIRO DA NOTÍCIA

EMPRESA AMERICANA QUER AMPLIAR À VENDA DE MACONHA MEDICINAL NO BRASIL.

#Empresa vem ganhando expansão e entrou para a bolsa de valores dos EUA.


A empresa norte-americana, Medical Marijuana, foi à primeira companhia a voltar seus olhos para a região onde países latinos possui a maconha legalizada para uso cientifico e medicinal. A empresa, que surgiu em 2005 no Estado do Oregon, (Estados Unidos), aproveita as novas leis sobre a cannabis para entrar num mercado polêmico. Sua primeira incursão na América Latina foi no Brasil, onde em 2014 o Governo da então presidenta Dilma Rousseff autorizou a importação e prescrição de substâncias à base de canabidiol e tetrahidrocannabinol (THC) para uso medicinal.

Com exceção da Jamaica, onde a maconha é legalizada para uso próprio, Brasil, México e Paraguai, já começaram a explorar erva, mesmo de forma não oficial, como acontece no país, onde órgãos competentes sobre pesquisa em laboratório esperam uma posição federal para aprofundar os estudos na área.

Em Novembro de 2016, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (Anvisa), incluiu derivados da canabidiol na lista de substâncias psicotrópicas vendidas no Brasil com receita do tipo A, específica para entorpecentes. Neste ano o órgão regulador registrou o primeiro remédio à base de Cannabis sativa no Brasil, o Mevatyl, indicado para o tratamento de espasticidade (rigidez excessiva dos músculos), relacionada à esclerose múltipla. Mas a regulação só vale para produtos cultivados fora do país, uma vez que o cultivo e venda de maconha no Brasil ainda é proibido e passa por analise.

Os medicamentos com canabidiol em sua composição já podem ser receitados pelos médicos brasileiros para tratar de pelo menos 10 enfermidades, entre elas Parkinson, epilepsia e dores crônicas. "Nos Estados Unidos é muito difícil que um produto de origem natural seja aceito como medicamento. Mas na América Latina isso é parte da sua história, alguns remédios que misturam diferentes substâncias naturais são remédios", diz Stuart Titus, diretor-executivo da Medical Marijuana. A empresa está fazendo sucesso no Brasil, onde já tem um mercado de 1,2 bilhão de dólares (3,8 bilhões de reais) por ano. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem custeado alguns dos tratamentos que a empresa oferece, tornando-se o seu maior cliente.

Após a conquista do Brasil, a Medical Marijuana saiu em busca de oportunidades no México. Além do mercado americano, no qual a Medical Marijuana domina os estados da Califórnia e do Colorado, a empresa tem autorização, desde 2014, para vender seus produtos em Porto Rico para pessoas maiores de 21 anos, com a autorização de seus médicos. A companhia é otimista diante do seu crescimento na América Latina. Registrou receitas de 6,13 milhões de dólares (19 milhões de reais) no segundo semestre deste ano, 1,66 milhão de dólares (5,3 milhões de reais) a mais que no mesmo período de 2016. Entre anos, a subida das vendas foi de 203%. As esperanças para o crescimento no futuro estão nos investimentos no Brasil e no México.

A Medical Marijuana foi a primeira empresa de cannabis a entrar na Bolsa nos Estados Unidos. Tem sua sede na Califórnia, onde a legalização da maconha afetou diferentes setores. A empresa tem pelo menos oito empresas dependentes que, além de comercializar xaropes com conteúdo cannábico, também oferece produtos cosméticos e suplementos alimentícios.

O grupo reconhece que, diante da sua expansão nos EUA e na América Latina, está preparado para entrar no setor recreativo quando as leis permitirem. "Não é um negócio que vende ou distribui maconha para uso recreativo, até agora a maconha é uma substância controlada pelas autoridades federais, no entanto, consideramos que a empresa está bem posicionada para uma eventual legalização do cannabis", afirma o último relatório da empresa.
Empresa estuda invetir no Brasil através de estudos sobre a maconha

Nenhum comentário