GIRO DA NOTÍCIA

MIAMI É EVACUADA DEVIDO A FORÇA DO FURACÃO IRMA.

#Irma deve chegar a Florida na madurgada de Domingo com força categoria 5.


A Flórida se prepara para uma catástrofe de dimensões incalculáveis. Irma, o maior furacão da história do Atlântico, atravessa desde quarta-feira o Caribedevastando as ilhas que estão em seu caminho e segue sua trajetória para a península dos EUA, onde sua chegada é esperada no fim de semana com Miami no olho da tempestade.

Irma deixou até agora ao menos 19 mortos e mais de 23 feridos e nem sequer impactou em cheio sobre nenhum grande território. Em Porto Rico, onde apenas encostou, deixou 75% do território sem eletricidade e pelo menos três mortos. Santo Domingo e Haiti foram afetados, mas o Irma passou ainda mais longe deles. Cuba e Bahamas poderiam ser os primeiros a receber, na sexta-feira, o soco direto do aterrorizante vórtice do Irma, com ventos de até 295 quilômetros por hora e descargas de chuvas torrenciais.

Mas os modelos de previsão sugerem que a Flórida será o destino do impacto total do furacão, a terra contra a qual avançará de frente na tarde de sábado entrando pelas Keys (ilhas ao sul do Estado) – evacuadas na quarta-feira – e envolvendo, no domingo, toda a costa leste do sul da península, colocando em extremo perigo os seis milhões de habitantes da área metropolitana de Miami, paralela ao oceano.

O condado de Miami-Dade ordenou na quinta-feira a evacuação obrigatória de 100.000 moradores dos bairros à beira-mar e planejava a de outras áreas mais para o interior, também expostas ao mar e que somariam quase meio milhão de pessoas. O diretor da Agência de Gestão de Emergências, Brock Long, disse que a costa da Flórida “nunca experimentou um furacão como este” e previu que será “realmente devastador”. O presidente Donald Trump se mostrou “muito preocupado” na quinta-feira e disse que os EUA “estão o mais preparado possível”. Apenas uma semana atrás o furacão Harvey devastou o Texas com inundações catastróficas.

Na Flórida, especificamente em Miami, o grande medo também é a água. É uma área ao nível do mar e a cada ano que passa, com o nível do oceano subindo de forma lenta, mas constante, é mais propensa a inundações. Ninguém é capaz de prever o que pode acontecer em locais como a famosa ilha de Miami Beach ou Key Biscayne, áreas residenciais e com um valor patrimonial e econômico elevado, se o vórtice do Irma se chocar contra elas com sua atual categoria de força cinco – grau máximo ciclônico – ou com nível quarto, o máximo que pode diminuir antes de chegar.

As autoridades estão usando um conjunto impressionante de recursos federais, estaduais e locais para ajudar a população, de abrigos preparados do sul ao norte da Flórida a até 7.000 reservistas da Guarda Nacional convocados para agir a partir de sexta-feira e uma centena de helicópteros de resgate.

De acordo com estimativas de analistas de desastres, os custos do Irma na Flórida poderiam passar de 200 bilhões de dólares, mais do que o furacão Katrina. A água e os ventos poderiam arrasar áreas com grande concentração de riqueza como Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach, onde está a mansão Mar-a-Lago de Trump.

O exemplo mais palpável do que pode fazer o Irma são as pequenas ilhas orientais do Caribe. Em Barbuda, atingida pelo olho do tufão, 95% da ilha foi devastada. “Dá vontade de chorar”, disse o primeiro-ministro Gaston Brown. Ali foi registrada apenas uma morte. Em São Martinho e São Bartolomeu, também demolidas pelo vento e inundações, houve pelo menos quatro mortes. Nestas três ilhas ainda continuam os trabalhos de busca de cadáveres.

O caso de Porto Rico também ilustra a força descomunal do Irma, mas de forma indireta. O centro do furacão passou a 80 quilômetros da costa e isso foi suficiente para causar pelo menos três mortes, forçando 7.000 porto-riquenhos a se refugiar em abrigos e deixando um milhão de pessoas sem eletricidade e 220.000 sem água corrente em um país que, ainda por cima, passa pela pior crise de sua história: está em bancarrota e com uma dívida superior a 120 bilhões de dólares.

República Dominicana e Haiti sofreram menos a passagem do furacão na quinta de manhã. Na República Dominicana quase todo o país estava em alerta vermelho e milhares de turistas foram levados para regiões mais seguras da ilha. No Haiti, onde morreram mais de 500 pessoas em 2016 na passagem do furacão Matthew, 793 abrigos foram abertos.

Cuba, que espera o Irma na sexta-feira, ativou seus mecanismos de proteção civil no leste e centro da ilha e permanece em estado de alerta máximo já que o centro do furacão poderia atingir diretamente seu território. De lá, o Irma subirá para a Flórida, a península que parece ser o destino de seu monstruoso poder.
Miami está em alerta máximo

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