SETE PAÍSES EMITEM "CUIDADOS ESPECÍFICOS" PARA TURISTAS QUE VIAJAM A BRASÍLIA.
#Alerta serve para viajantes que tem como destino as cidades satélites de Brasília no Distrito Federal.
Entre os locais citados pelo governo dos Estados Unidos estão as regiões de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. A recomendação inclui, ainda, o alerta para “bairros de favela” em cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Recife.
O texto não é muito diferente das recomendações adotadas por outros países desenvolvidos. Após a repercussão do guia norte-americano, a reportagem compilou orientações de sete governos sobre as viagens ao Distrito Federal.
Em todos, há menções a crimes como assalto, sequestro relâmpago e tráfico de drogas. Algumas nações também recomendam cuidado extra, em Brasília, com possíveis manifestações e protestos ligados à política nacional.
Dos sites visitados, seis mostram que as informações foram atualizadas no segundo semestre de 2017, e ainda eram consideradas válidas nesta quinta.Confira, abaixo, as recomendações desses países aos cidadãos com viagem marcada para o DF:
Itália: No informativo disponível na web, o Ministérios dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da Itália fala sobre a possibilidade de “agitações repentinas” em conexão com a “atual situação política do Brasil”. O recado, dizem, vale em particular para as cidades maiores, como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
O texto afirma que é necessário cautela nas capitais “devido à ampla delinquência em ruas e praias (furtos e roubos), mesmo à luz do dia”.
E faz uma menção direta à capital federal: “Mesmo a capital, Brasília, não está isenta desses problemas. Sequestros relâmpago podem ocorrer, com pedido de resgate.”
França: A carta elaborada pelo governo francês aponta a área central do DF como “relativamente segura, beneficiada por prédios públicos, embaixadas e forças de segurança”. Apesar disso, recomenda cautela na proximidade de caixas eletrônicos e guichês de banco.
“Vários assaltos à mão armada foram relatados no transporte público”, diz o texto. Fora do Plano Piloto, a diplomacia francesa recomenda cuidado extra em “cidades-satélites” – nominalmente, Brazlândia, Ceilândia, Sobradinho, Planaltina e Taguatinga.
Alemanha: O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha não dedica seção específica do seu “guia para alemães no Brasil” para os riscos de uma viagem ao DF. A capital federal é citada, junto a São Paulo e Rio, em um trecho que fala sobre a possibilidade de manifestações violentas.
“Devido à atual situação política no Brasil, ainda são esperadas manifestações – até mesmo sem aviso prévio – em que, às vezes, os distúrbios violentos não podem ser descartados”, diz o texto, em tradução livre. A recomendação é para que os turistas evitem multidões, se informem pela mídia e evitem visitas a favelas.
Japão: Curiosamente, o Ministério de Relações Exteriores do Japão faz uma das descrições mais detalhadas sobre a violência do Distrito Federal. O texto cita uma “tendência decrescente de assassinatos”, mas pontua a ocorrência de 242 mortes violentas e 31,4 mil roubos no primeiro semestre de 2017, com dados da Secretaria de Segurança Pública do DF.
O relatório também aponta o risco de sequestros relâmpago e assaltos no Plano Piloto – em particular, nas imediações da rodoviária e dos setores hoteleiros. “Nos últimos anos, houve assaltos a residências em regiões habitadas por muitos japoneses”, diz o comunicado, sem especificar quais seriam essas regiões.
Espanha: O governo espanhol aponta o Distrito Federal como uma região de “risco médio” para turistas. No detalhamento, diz que os setores hoteleiros registram maior incidência de crimes, e cita alta nos roubos a pedestres e a residências.
“Nas áreas de fronteira do Distrito Federal, a violência está mais relacionada ao narcotráfico. Pode haver ataques e bloqueio de estradas. O turismo esportivo ou ecológico deve ser feito com cuidado”, detalha o ministério da Espanha.
Canadá: A mensagem do governo canadense começa com a afirmação de que “a criminalidade é um problema sério em todo o Brasil”. O texto não cita particularidades de cada região, mas afirma que a violência é mais frequente em São Paulo, Rio, Brasília, Recife e Salvador – “particularmente em áreas adjacentes aos bairros desfavorecidos”.
Países emitem "cuidados" aos viajates que tem Brasília como destino |
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