GIRO DA NOTÍCIA

"TENHO TRANQUILIDADE" - DIZ LULA ANTES DE SER JULGADO EM PORTO ALEGRE.

#Lula diz que: "qualquer que seja o resultado do julgamento, seguirei na luta pela dignidade do povo desse país".


As eleições presidenciais de 2018 no Brasil começam nesta quarta-feira (24), com o julgamento em segunda instância de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no "caso tríplex".

Se a sentença condenatória for mantida pelos desembargadores do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, o ex-presidente deverá ficar impossibilitado de concorrer a um terceiro mandato no Planalto por causa da Lei da Ficha Limpa.

Líder nas pesquisas, Lula tenta imprimir um caráter político ao julgamento, como ficou evidente no protesto-comício realizado nesta terça, na Esquina Democrática, na capital gaúcha. Para um público de algumas dezenas de milhares de pessoas, expoentes do PT e da esquerda subiram no palanque para denunciar a suposta tentativa de impedir a candidatura do ex-presidente.

"Só existe um plano, e esse plano é Lula candidato, hoje e amanhã. Nosso caminho até [as eleições de] 2018 tem esse nome: Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou a ex-mandatária Dilma Rousseff. "A verdadeira decisão não será amanhã, mas será em 7 de outubro, quando elegeremos Lula como presidente do Brasil", bradou o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.

Já o ex-mandatário adotou um tom de campanha. Mencionou - e cobrou - brevemente os desembargadores do TRF-4, pedindo que eles se atenham aos autos do processo, e não às convicções políticas de cada um, mas logo trocou o papel de réu pelo de candidato.

"Eu vim aqui para falar do Brasil, da soberania nacional, da integração latino-americana. Eu vim aqui falar de esperança, de sonhos. Vim falar da soberania nacional. Das pessoas que querem ter um emprego e viver com dignidade", afirmou Lula no início de seu discurso.

O ex-presidente se disse vítima de uma "elite perversa" e declarou que sente a "tranquilidade dos inocentes". "Eles têm medo que eu volte? Eles têm medo pelas coisas boas que fizemos. Por uma empregada doméstica ver sua filha estudando medicina", salientou Lula, prometendo que só uma coisa vai tirá-lo das ruas: "O dia em que eu morrer". "Qualquer que seja o resultado do julgamento, seguirei na luta pela dignidade do povo desse país", acrescentou.

Durante todo o dia, dezenas de manifestações, pró e contra Lula, foram realizadas por todo o país, em uma prévia do clima que tomará o Brasil nesta quarta.

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