UBER INICIA 2018 COM EXPANSÃO NO BRASIL E EXTERIOR.
#Uber deve permanecer na Ásia e expandir os serviços para cidades do interior.
Com mais de 500 funcionários e presente em 100 cidades brasileiras, o serviço de transporte por aplicativo, Uber, entrou 2018 com expansão em diversas modalidades tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo a assessoria de imprensa do serviço, a companhia iniciou um programa de testes de aluguel de bicicletas elétricas que são desbloqueadas pelo aplicativo da empresa. Com a trava, elas não precisam ficar estacionadas em locais específicos, como acontece, por exemplo, com as bikes do Itaú em São Paulo.
O teste acontece somente em São Francisco, onde 250 bicicletas estão espalhadas pela cidade–com autorização da prefeitura local. O serviço é chamado “Uber Bike” e foi criado a partir de uma parceria com a Jump, uma startup do Vale do Silício, proprietária das bikes elétricas e da tecnologia de desbloqueio, que se dá pelo smartphone.
Se vingar, a nova iniciativa da companhia permitirá o compartilhamento de bicicletas que podem ser estacionadas em qualquer ponto da cidade. A Jump diz que cobrará 2 dólares por 30 minutos de aluguel da bicicleta e 7 centavos de dólar por minuto após esse período inicial.
A Uber e a Jump devem trabalhar por 18 meses juntas nesse projeto, que marca a primeira vez que a empresa de transportes urbanos oferece bicicletas aos usuários do seu aplicativo. Antes, a companhia tinha trabalhado com bikes somente no seu serviço de entregas de comida, o UberEats.
O Uber Bike ainda não tem previsão para ser lançado no Brasil. O mesmo serviço será expandido pela Ásia. A companhia com sede em São Francisco pretende se expandir no Japão e está oferecendo reservas mais rápidas e viagens mais baratas em Cingapura para conquistar participação no mercado, disse Entwistle em uma entrevista. Apesar das recentes versões de que a Uber se retiraria da região após o investimento da SoftBank Group na empresa, ele disse que isso não está em seus planos.
"Recebi instruções claras para administrar e desenvolver os negócios", disse Entwistle, de 50 anos, que foi presidente do Goldman Sachs Group para o Sudeste Asiático. "É o que estou fazendo e é o que vou fazer."
O Japão será um objetivo importante da Uber em 2018, disse ele. É um dos maiores mercados de táxi do mundo e um lugar onde a Uber até agora não conseguiu entrar. Entwistle disse que a Uber está iniciando negociações com várias empresas de táxi do país e que espera estabelecer mais de uma parceria. A empresa americana também está em discussões com companhias de pagamentos em toda a Ásia para criar parcerias similares à sua união com a empresa vietnamita de carteira móvel MoMo.
Essas medidas podem criar tensão com a SoftBank. A empresa japonesa acaba de adquirir uma participação de 15 por cento na Uber e quer que ela se retire de alguns mercados asiáticos, de acordo com pessoas a par do assunto. No Sudeste Asiático, por exemplo, a Uber compete com a Grab, cujo maior acionista é nada menos que a SoftBank. A saída da Uber economizaria dinheiro para ambas as startups e melhoraria a rentabilidade da empresa americana antes de sua abertura de capital, prevista para 2019.
A Grab, liderada pelo cofundador e CEO Anthony Tan, já iniciou negociações preliminares para adquirir operações da Uber e quer um acordo, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque o assunto é privado.
Uma situação similar ocorre na Índia. A Uber compete no país com a Ola, que é o principal nome local e também é financiada pela SoftBank. A Uber e a Ola também iniciaram negociações sobre um acordo, segundo uma das pessoas. No entanto, uma fusão na Índia poderia enfrentar a oposição de órgãos reguladores devido à ausência de rivais viáveis no setor.
Um porta-voz da Uber preferiu não comentar as versões sobre negociações com a Grab ou a Ola. Entwistle disse que não está a par de nenhuma negociação.
Para a Uber, o trade-off é a escala. Se sair de mercados como a Índia e a Indonésia a rentabilidade melhoraria imediatamente, mas sacrificaria o crescimento a longo prazo. O CEO Dara Khosrowshahi disse recentemente que a empresa continuaria agressiva em relação à expansão em 2018, pois ele vê a Uber "em todos os lugares para todos".
"A SoftBank é um acionista muito importante e muitos de nossos acionistas têm opiniões sobre o caminho certo a seguir", disse Khosrowshahi em Davos. "Vamos discutir no conselho, definir uma estratégia a longo prazo e executá-lo."
Uber Brasil: O Uber chegou ao Brasil em 2014. De lá pra cá, bastante coisa mudou. Com o uberX, a Uber cresceu e passou a fazer parte do dia a dia de todas as capitais do Brasil, oferecendo mais opções de mobilidade tanto para os moradores dos centros como também das periferias.
Hoje, de Rio Branco ao Recife, de Macapá a Porto Alegre, um total de 17 milhões de brasileiros se deslocam com a Uber de maneira permanente. Desde 2014, mais de 530 milhões de viagens foram feitas no Brasil, um número que elevou São Paulo e Rio de Janeiro ao topo do ranking das maiores cidades em número de viagens para a Uber no mundo.
Em 2017, a Uber pagou, até o momento, R$ 495.612.997,12 em tributos, tanto federais (como PIS, Cofins e Imposto de Renda) quanto municipais (como o ISS e contribuições municipais devido a regulações locais).
No ano de 2017 está sendo um ano no mínimo singular para a Uber. A empresa de transporte por aplicativo foi acusada de roubar documentos secretos pela Waymo, companhia de carros autônomos da Alphabet – uma holding do Google. A companhia também sofreu uma mudança de governança quando o fundador Travis Kalanick renunciou ao cargo de CEO, que agora pertence à Dara Khosrowshahi. Recentemente, a empresa foi hackeada e acusada de ter um departamento para roubo de segredos comerciais por um ex-funcionário.
No começo, as finanças da empresa continuavam a ser um ponto positivo em 2017. Mas algo mudou: apesar de sua receita continuar crescendo, se comparado ao ano passado, suas perdas cresceram muito mais. Apenas nos últimos três meses, a empresa perdeu US$ 1,5 bilhão. Esse é um cenário perigoso para a empresa, principalmente porque a Uber pretende realizar uma oferta inicial pública (um IPO, ou seja, abrir o capital, tornando-se pública) ainda em 2019.
Além disso, seus concorrentes vêm crescendo de tamanho ao longo deste ano – é o caso da Lyft, que lucrou três vezes mais do que em 2016. A empresa também expandirá seu serviço para o Canadá em dezembro, tornando-se concorrente também neste país (até então, a empresa só atua nos Estados Unidos).
Com mais de 500 funcionários e presente em 100 cidades brasileiras, o serviço de transporte por aplicativo, Uber, entrou 2018 com expansão em diversas modalidades tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo a assessoria de imprensa do serviço, a companhia iniciou um programa de testes de aluguel de bicicletas elétricas que são desbloqueadas pelo aplicativo da empresa. Com a trava, elas não precisam ficar estacionadas em locais específicos, como acontece, por exemplo, com as bikes do Itaú em São Paulo.
O teste acontece somente em São Francisco, onde 250 bicicletas estão espalhadas pela cidade–com autorização da prefeitura local. O serviço é chamado “Uber Bike” e foi criado a partir de uma parceria com a Jump, uma startup do Vale do Silício, proprietária das bikes elétricas e da tecnologia de desbloqueio, que se dá pelo smartphone.
Se vingar, a nova iniciativa da companhia permitirá o compartilhamento de bicicletas que podem ser estacionadas em qualquer ponto da cidade. A Jump diz que cobrará 2 dólares por 30 minutos de aluguel da bicicleta e 7 centavos de dólar por minuto após esse período inicial.
A Uber e a Jump devem trabalhar por 18 meses juntas nesse projeto, que marca a primeira vez que a empresa de transportes urbanos oferece bicicletas aos usuários do seu aplicativo. Antes, a companhia tinha trabalhado com bikes somente no seu serviço de entregas de comida, o UberEats.
O Uber Bike ainda não tem previsão para ser lançado no Brasil. O mesmo serviço será expandido pela Ásia. A companhia com sede em São Francisco pretende se expandir no Japão e está oferecendo reservas mais rápidas e viagens mais baratas em Cingapura para conquistar participação no mercado, disse Entwistle em uma entrevista. Apesar das recentes versões de que a Uber se retiraria da região após o investimento da SoftBank Group na empresa, ele disse que isso não está em seus planos.
"Recebi instruções claras para administrar e desenvolver os negócios", disse Entwistle, de 50 anos, que foi presidente do Goldman Sachs Group para o Sudeste Asiático. "É o que estou fazendo e é o que vou fazer."
O Japão será um objetivo importante da Uber em 2018, disse ele. É um dos maiores mercados de táxi do mundo e um lugar onde a Uber até agora não conseguiu entrar. Entwistle disse que a Uber está iniciando negociações com várias empresas de táxi do país e que espera estabelecer mais de uma parceria. A empresa americana também está em discussões com companhias de pagamentos em toda a Ásia para criar parcerias similares à sua união com a empresa vietnamita de carteira móvel MoMo.
Essas medidas podem criar tensão com a SoftBank. A empresa japonesa acaba de adquirir uma participação de 15 por cento na Uber e quer que ela se retire de alguns mercados asiáticos, de acordo com pessoas a par do assunto. No Sudeste Asiático, por exemplo, a Uber compete com a Grab, cujo maior acionista é nada menos que a SoftBank. A saída da Uber economizaria dinheiro para ambas as startups e melhoraria a rentabilidade da empresa americana antes de sua abertura de capital, prevista para 2019.
A Grab, liderada pelo cofundador e CEO Anthony Tan, já iniciou negociações preliminares para adquirir operações da Uber e quer um acordo, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque o assunto é privado.
Uma situação similar ocorre na Índia. A Uber compete no país com a Ola, que é o principal nome local e também é financiada pela SoftBank. A Uber e a Ola também iniciaram negociações sobre um acordo, segundo uma das pessoas. No entanto, uma fusão na Índia poderia enfrentar a oposição de órgãos reguladores devido à ausência de rivais viáveis no setor.
Um porta-voz da Uber preferiu não comentar as versões sobre negociações com a Grab ou a Ola. Entwistle disse que não está a par de nenhuma negociação.
Para a Uber, o trade-off é a escala. Se sair de mercados como a Índia e a Indonésia a rentabilidade melhoraria imediatamente, mas sacrificaria o crescimento a longo prazo. O CEO Dara Khosrowshahi disse recentemente que a empresa continuaria agressiva em relação à expansão em 2018, pois ele vê a Uber "em todos os lugares para todos".
"A SoftBank é um acionista muito importante e muitos de nossos acionistas têm opiniões sobre o caminho certo a seguir", disse Khosrowshahi em Davos. "Vamos discutir no conselho, definir uma estratégia a longo prazo e executá-lo."
Uber Brasil: O Uber chegou ao Brasil em 2014. De lá pra cá, bastante coisa mudou. Com o uberX, a Uber cresceu e passou a fazer parte do dia a dia de todas as capitais do Brasil, oferecendo mais opções de mobilidade tanto para os moradores dos centros como também das periferias.
Hoje, de Rio Branco ao Recife, de Macapá a Porto Alegre, um total de 17 milhões de brasileiros se deslocam com a Uber de maneira permanente. Desde 2014, mais de 530 milhões de viagens foram feitas no Brasil, um número que elevou São Paulo e Rio de Janeiro ao topo do ranking das maiores cidades em número de viagens para a Uber no mundo.
Em 2017, a Uber pagou, até o momento, R$ 495.612.997,12 em tributos, tanto federais (como PIS, Cofins e Imposto de Renda) quanto municipais (como o ISS e contribuições municipais devido a regulações locais).
No ano de 2017 está sendo um ano no mínimo singular para a Uber. A empresa de transporte por aplicativo foi acusada de roubar documentos secretos pela Waymo, companhia de carros autônomos da Alphabet – uma holding do Google. A companhia também sofreu uma mudança de governança quando o fundador Travis Kalanick renunciou ao cargo de CEO, que agora pertence à Dara Khosrowshahi. Recentemente, a empresa foi hackeada e acusada de ter um departamento para roubo de segredos comerciais por um ex-funcionário.
No começo, as finanças da empresa continuavam a ser um ponto positivo em 2017. Mas algo mudou: apesar de sua receita continuar crescendo, se comparado ao ano passado, suas perdas cresceram muito mais. Apenas nos últimos três meses, a empresa perdeu US$ 1,5 bilhão. Esse é um cenário perigoso para a empresa, principalmente porque a Uber pretende realizar uma oferta inicial pública (um IPO, ou seja, abrir o capital, tornando-se pública) ainda em 2019.
Além disso, seus concorrentes vêm crescendo de tamanho ao longo deste ano – é o caso da Lyft, que lucrou três vezes mais do que em 2016. A empresa também expandirá seu serviço para o Canadá em dezembro, tornando-se concorrente também neste país (até então, a empresa só atua nos Estados Unidos).
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Uber anuncia expansão dos serviços no Brasil e no exterior |
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